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Manifesto Comunista

Por:   •  1/11/2015  •  Resenha  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  188 Visualizações

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Resenha Crítica Manifesto Comunista – Marx e Engels

“Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, que só podem viver se encontrarem trabalho e que só encontram trabalho na medida em que este aumenta o capital”.

Carl Marx e F. Engels – Manifesto Comunista.

No imaginário do jovem da era digital, do vídeo clip e smartphone não se insere o cenário de 1848 da Europa Ocidental, com seus regimes autocráticos, a população sem qualquer representatividade além de desumanas condições de vida e trabalho do proletariado. Tampouco o jovem nascido no berço das democracias consolidadas de hoje, sob a égide do consumo, individualismo exacerbado e um ambiente de alta competitividade poderia compreender como seria uma sociedade sem a propriedade privada e – naturalmente, exercendo uma simplificação – como seria o regime de trabalho cujos frutos devam ser socializados.

Evidentemente que a consciência sobre a pobreza, sobre as desigualdades sociais e a concentração de renda, perversa e injusta, que têm sido a marca do mundo moderno e contemporâneo, conduz a reflexões que possam ter respostas no Manifesto Comunista, escrito há mais de 160 anos, com todo seu vigor ainda prevalecente, mas cujas práticas redundaram em enormes fracassos.

Sob esta perspectiva, gostaria de resumir a leitura do Manifesto Comunista que foi, sem dúvida alguma, uma das publicações de enorme impacto e influência na história mundial.

Em 1848 houve uma série de revoluções de caráter liberal, democrático, nacionalista e socialista na Europa, motivada por uma crise econômica, mas não é possível relacionar esta convulsão social e revolucionária – também conhecida como a Primavera dos Povos – à influência do Manifesto Comunista. Porém historiadores afirmam que os acontecimentos de 1848, confirmaram o diagnóstico do Manifesto, que por este aspecto, é considerado, consensualmente, como uma arguta previsão histórica. Há ainda historiadores que consideram – e é preciso observar – o equívoco do Manifesto supor que “o capitalismo chegara ao limite de suas possibilidades históricas” .

O célebre Manifesto abre com uma análise da luta de classes e termina convocando os operários do mundo inteiro à união. O ambiente europeu era propício a tal ideário, que apresentou cunho científico às utopias da Liga Comunista. Foi uma crítica efetiva da sociedade capitalista de então e redundou em propostas políticas que preconizavam a necessidade de eliminar a propriedade privada. Apresentou um projeto da apropriação coletiva dos meios de produção e dez medidas deveriam ser postas em prática nos países considerados mais avançados, entre elas a expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda da terra em proveito do Estado. Em prática, essas medidas promoveriam o desaparecimento dos antagonismos de classe entre a burguesia e o proletariado, que caracterizam esse momento histórico e que o Manifesto disseca de forma contundente.

O capitalismo do século XIX foi abominável, com condições de vidas precárias e inaceitáveis ao proletário e pessoas com espírito e sentimento de justiça se revoltaram. O Manifesto Comunista desempenhou papel importante para mudanças na sociedade. Não mais o trabalhador deixou-se explorar passivamente, todos esses movimentos deram-lhe consciência e poder. Movimentos sindicais e conquistas de direitos – inclusive de voto – foram se alterando e melhorando as relações capital-trabalho.

Em vista disto – conservadas as devidas proporções – a precisão da análise de seu tempo, as propostas e convicções

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