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NACIONALISMO

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Por:   •  30/9/2013  •  4.108 Palavras (17 Páginas)  •  814 Visualizações

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AMÉRICA LATINA

NACIONALISMO

As nações, para serem internamente unidas, precisam saber quem são: precisam de uma sensação clara e positiva de identidade nacional. Quatro séculos de transculturação latino-americana – o processo criativo de trocas culturais, deram origem a uma profusão de diferenças no discurso, nos costumes, nas atitudes. Entrelaçado ao processo de transculturação, o processo de mistura de raças criara populações nacionais igualmente singulares.

O novo nacionalismo que arrebentou a região no século XX foi outra onda do espírito nativista anterior, agora com uma forte agenda econômica. Os novos nacionalistas eram pessoas urbanas, de classe média e herança emigrante recente ou mista. Eles haviam se beneficiado menos, raramente conseguiam viajar para a Europa ou para os Estados Unidos, raramente dispunham de recursos para importar todo o progresso que desejavam.

Os nacionalistas estourariam as bolhas neocoloniais, respirariam o ar latino americano e se sentiriam orgulhosos quando novas fábricas esfumaçassem, porque a industrialização era o objetivo pratico que mais desejava.

O nacionalismo estimulava o amor próprio coletivo e também declararam a independência psicológica em relação à Europa. Os latinos americanos criaram estilos próprios, especialmente na pintura, musica, dança e literatura.

O nacionalismo obteve o apoio fervoroso de pessoas por todo o espectro social, algo que o liberalismo nunca fizera realmente.

O nacionalismo latino-americano, por outro lado, enfatiza identidades de raça mista, mestiços e celebravam mistura de genes indígenas, europeus e africanos.

Quaisquer que fossem suas desvantagens, o nacionalismo mestiço mostrou-se muito mais democrático e inclusivo do que a supremacia branca.

Em 1911 o México estava cheio de revolucionários. Anos de rebelião se seguiram de 1914 a 1920, promovidas por diferentes forças, seus exércitos cruzando o interior mexicano acompanhados de mulheres e crianças.

Os mexicanos constitucionalistas criaram um sistema de partido único que duraria, em diferentes permutações, até o final do século XX. Esse partido chamou-se primeiro Nacional, depois Mexicano e, enfim, Institucional.

Nas décadas de 1920 e 1930, muitos intelectuais mexicanos como Diego Rivera e Frida Kahlo achavam que o México necessitava de uma revolução social, por isso eles aderiram ao partido comunista.

Durante o século XIX, o Uruguai havia sido mais uma mini-república despedaçada pela guerra e fustigada por vizinhos mais poderosos.

O Uruguai tornou-se o primeiro país autofinanciador da sua assistência social do hemisfério, com salários mínimos, regulamentação das condições de trabalho, seguro-acidente, férias remuneradas e aposentadorias. O Batllismo transformou o Uruguai para sempre...

Os Radicais falavam de nacionalismo econômico, mas o papel do capital estrangeiro na Argentina não diminuiu. O único ato importante do nacionalismo econômico de Yrigoyen foi à criação de um órgão governamental para supervisionar a produção de petróleo.

Em 1920 Víctor Raúl Haya de la Torre, se exilou no Peru por liderar protestos estudantis contra o ditador pró-EUA do país.

O partido internacional (APRA) Aliança Popular Revolucionaria Americana, exerceu um forte impacto no Peru e aterrorizou os conservadores. Em 1932, o APRA revoltou-se após perder uma eleição manipulada. O nacionalismo mostrou sua potência política mesmo fora do poder.

A grande Depressão da década de 1930 terminou a demolição do neocolonialismo e energizou movimentos nacionalistas por toda a América Latina. Com o avanço da década de 1930, ocorreu um importante fenômeno, um efeito colateral positivo do colapso do comércio internacional. O nome deste fenômeno – industrialização por substituição de importações, (ISI).

Os nacionalistas fizeram da industrialização um motivo de orgulho. Para eles, significava sair da sombra neocolonial e controlar o próprio destino nacional. Os governos nacionalistas da década de 1930 e 1940 engajaram-se no ativismo econômico a Batlle: fixação de salários e preços, regulamentação de níveis de produção, manipulação das taxas de câmbio e leis trabalhistas protetoras.

A história da política nacionalista brasileira centraliza-se em um líder individual, de longe o mais conhecido e amado dos presidentes: Getúlio Vargas.

Durante sete anos, Vargas governou como presidente mais ou menos constitucional um país subitamente tomado de novas energias políticas.

Vargas negociou habilmente dentro da confusão política do início da década de 1930, jogando liberais, conservadores, tenentes, integralistas e comunistas uns contra nos outros. Até que, em 1937, apoiado pelo exército, conquistou poderes ditatoriais e anunciou pelo rádio uma reforma institucional nacionalista: o Estado Novo.

O Estado Novo espalhou dezenas de juntas, ministérios e repartições governamentais. Foram criados conselhos e comissões nacionais para supervisionar ferrovias, mineração, imigração, livros escolares, esportes e recreação, energia hidráulica e elétrica etc.

Em 1933, as qualidades positivas da fusão racial e cultural haviam sido promovidas em um importante estudo, Casa-grande e Senzala, de um jovem antropólogo chamado Gilberto Freire.

Em 1922, foi inaugurada uma corrente nacionalista inovadora nas artes brasileiras.

Nas décadas de 1930 e 1940, as políticas de Vargas eram difíceis de enquadrar no aspectro esquerda-direita das ideologias políticas. O Estado Novo fez da industrialização uma prioridade e criou centenas de sindicatos vinculados ao governo, mas não permitia que declarassem graves.

A declaração da independência econômica do México, como se tornou conhecida no país, deu origem a uma empresa petrolífera nacional, a PEMEX. As ferrovias já haviam sido nacionalizadas, com menos alarde, em 1937.

Se a nacionalização da indústria petrolífera mexicana em 1938 foi à prova de fogo da Política da Boa Vizinhança, então ela passou na prova.

Em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, os nacionalistas podiam se orgulhar de conduzir com sucesso os principais países da América Latina por um período turbulento.

Os meados do século XX foram uma época de líderes carismáticos na América Latina. Em geral, eram oradores eletrizantes com uma mensagem nacionalista. Eles se tornaram populistas direcionado sua mensagem aos eleitores pobres

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