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O Ensino da História Durante o Regime Militar

Por:   •  11/7/2023  •  Relatório de pesquisa  •  2.039 Palavras (9 Páginas)  •  67 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE HUMANIDADES - CH

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA: ENSINO DA HISTÓRIA: FUNDAMENTOS E MÉTODOS

Aluno (a): Emerson Robert Andrade da Silva                                             Turno: Noite

YOUTUBE

Palestra: O golpe de 1964: ontem e hoje - Carlos Fico, Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=uczeXwSFBf4>, Acesso em 17/04/2023 as 14:00.

Disciplina “1964: 50 anos depois” – oferecida pelo programa de Pós-Graduação em História Social – PPGHIS/UFRJ , 2014. disponível em: <>,  Acesso em 17/04/2023, as 13:50.

Canal Youtube: História da Ditadura. Debate do grupo de Estudos de História na Ditadura (NEC/UFF), 2022, Disponível em: <> Acesso em 17/04/2023, as 13:45.

Discurso do Caetano Veloso durante o Festival de 1968 (Proibido Proibir) – Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=75csUry_FI8>, Acesso em 18/04/2023 as 09:00.

INSTAGRAM

@historiadaditadura

MÚSICAS

Bendito seja o Mobral – Tonico e Tinoco. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1HdGtxc3NXg> Acesso em 17/04/2023 as 14:05.

É Proibido Proibir – Caetano Veloso (1968). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=afwWdtUl0kY>, Acesso em 17/04/2023 as 14:10.

IMAGENS

[pic 1]

Fonte: Brasil de Fato, Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2019/10/31/entenda-o-que-foi-o-ai-5-ato-ditatorial-defendido-por-eduardo-bolsonaro> Acesso em: 19/04/2023 as 09:30.

[pic 2]

Fonte: Memorial da Democracia, Disponível em: <http://memorialdademocracia.com.br/card/movimento-estudantil>, Acesso em 19/04/2023 as 09:35.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Tendo em vista a vasta produção de conteúdo acerca do regime militar e impossibilidade de abordar todos eles (pelo fato que demandaria muito tempo), o presente trabalho tem como objetivo apenas o compartilhamento de possíveis fontes para pesquisas posteriores. Conforme já dito, por ser um tema que oferece uma infinidade de possibilidades para o pesquisador será abordado apenas alguns trabalhos pesquisados de forma sucinta.

Bezerra (2016) aborda a forma como o regime militar é trabalhado nos livros didáticos e manuais de ensino de 1976 e 2016, cujos os títulos são História do Brasil (1976) e História Global. No qual a autora dar ênfase a um caráter ideológico que é atribuído ao contexto no qual é produzido.

A autora (Bezerra, 2016) também destaca que nas últimas décadas do século XX, houve um fenômeno histórico que as bibliografias denominam como “boom da memória” ou globalização da memoria que consiste no resgate de memorias de eventos cujo lembranças são de grandes impactos (ou até mesmo traumáticas) como: holocausto, queda do muro de Berlim, Apartheid (África do Sul), Ditaduras na américa latina, etc. que tem impulsionado um aprofundamento de tais temáticas, mesmo que de forma seletiva. Em outras palavras, mesmo que com aprofundamento das temáticas, muitas lacunas ainda precisam ser preenchidas sobre tais acontecimentos.

Com relação as bibliografias, Bezerra (2016) começa abordando a obra História do Brasil de 1976 autores Francisco Assis Silva e Pedro Ivo Bastos, onde o regime militar é tratado como “Republica Contemporânea” sem dar ênfase ao processo de interrupção da democracia abordando o “golpe de março de 1964” como “O Movimento de março de 1964”. Na bibliografia em questão a autora destaca também a forma com os movimentos de resistência são abordados (e as vezes ignorados na história), usando como referencia A marcha dos 100 mil em 1968, que ocorreu em protesto contra a morte do estudante Edson Luís, e que é um fato ignorado na bibliografia da época. Outro caso que a autora destaca é o caso das guerrilhas, que por se tratar de movimentos de resistência ao regime, era abordado na bibliografia como atos de terrorismo.

Já o segundo livro intitulado de História Global de Gilberto Cotrim do ano de 2016, o contexto da, ditadura é exposto no capitulo 52 em uma unidade intitulada de “Governos Militares” onde é dado maior ênfase a aspecto como: liberdade de expressão, censura, autoritarismo, violações dos direitos humanos, musicas que tinham como finalidade a critica do regime, outras que legalizavam, etc. De forma resumida, tentava expor a face real do que foi o período de ditadura militar, enquanto que o anteriormente mencionado abordava o período com um caráter mais negacionista (BEZERRA, 2016).

Em um outro trabalho realizado por Costa, Nascimento e Costa (2014) é feito um comparativo entre as propostas pedagógicas do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e a do Paulo Freire, onde o primeiro era um modelo educacional cujo a formação era voltada para o mercado de trabalho (tecnicista) além de inibidor da capacidade crítica do sujeito. Enquanto que o método do Paulo Freire tinha um caráter humanizador e dotado de senso crítico (o que não era bem visto no contexto da época do regime militar). Com relação ao MOBRAL os autores ainda destacam que:

O MOBRAL surgiu como uma continuidade das campanhas de alfabetização de jovens e adultos. Esse programa propunha a alfabetização funcional dos mesmos, visando “conduzir a pessoa humana (sic) a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”. (...) Nessa concepção, a educação era concebida como um fator de produção e de consumo, isto é, um investimento no qual visava à qualificação de mão-de-obra para o desenvolvimento econômico, assim como uma alfabetização funcional, visando uma aprendizagem de técnicas de leitura, escrita e cálculo (COSTA; NASCIMENTO; COSTA, 2014, p.4).

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