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O Lugar da História na Sociedade Africana

Por:   •  22/7/2021  •  Resenha  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  291 Visualizações

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HAMA, Boubou; KI-ZERBO, Joseph. “Lugar da História na sociedade africana”, História Geral da África. Volume I – Metodologia e Pré-História. (Brasília: UNESCO, [1981] 2010), 23-35.

O tempo mítico e o tempo social

O mito domina o pensamento africano em relação ao desenvolvimento. (24)

‘mito governava a História, encarregando‑se, por outro lado, de justificá-la.' (24)

“Num tal contexto, aparecem duas características surpreendentes do pensamento histórico: sua intemporalidade e sua dimensão essencialmente social.” (24)

“o tempo africano tradicional engloba e integra a eternidade em todos os sentidos” (24)

Interpretação do presente através das gerações passadas. (24)

O passado atua sobre o presente e o presente atua sobre o futuro. (24)

Intérpretes de sonhos. Ministros do futuro. (24)

“Cita-se o caso do rei ruandês Mazimpaka Yuhi III (fim do século XVII) que viu em sonho homens de tez clara vindos do leste. Armou- se então de arcos e flechas mas, antes de lançar as flechas contra eles, guarneceu-as com bananas maduras. A interpretação desta atitude ambígua, ao mesmo tempo agressiva e acolhedora, introduziu uma imagem privilegiada na consciência coletiva dos ruandeses e talvez contribua para explicar a atitude pouco combativa desse povo, tradicionalmente aguerrido, face às colunas alemãs do século XIX, semelhantes aos pálidos rostos avistados durante o sonho real dois séculos antes.” (25)

“E o caso da lenda Gikuyu que explica o advento da técnica de fundição do ferro. Mogai (Deus) havia distribuído os animais entre os homens e as mulheres. Mas estas foram tão cruéis com seus animais que eles escaparam e tornaram-se selvagens. Os homens então intercederam junto a Mogai em favor de suas mulheres, dizendo: “Em tua honra, nós queremos sacrificar um carneiro; mas não pretendemos fazê‑lo com uma faca de madeira, para não incorrer nos mesmos riscos que nossas mulheres”. Mogai felicitou‑os por sua sabedoria e, para dotá‑los de armas mais eficazes, ensinou‑lhes a receita da fundição do ferro” -----> fundição do ferro. (25)

A morte do rei ruptura do tempo. Pausa nas atividades. Interregno parênteses no tempo. Advento de um novo rei recriação do tempo social. (25/26)

A história acumula um poder que é simbolizado em um objeto transmitido pelos chefes do clã. (26)

“Toda história é originalmente uma história sagrada.” (28)

Os africanos têm consciência de ser

os agentes de sua história?

Nas regiões onde predominava a “anarquia” política, invasores e colonizadores tinham dificuldades em adentrá-las, pois havia um apego à liberdade e repúdio à alienação. (29)

Em sociedades africanas estruturadas hierarquicamente, o chefe representa o coletivo. Controle da disseminação da “verdade”. Tradição oral. Ainda há o senso crítico. (29)

Na

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