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O Marketing E O DIP Na Era Vargas

Artigo: O Marketing E O DIP Na Era Vargas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/3/2015  •  3.126 Palavras (13 Páginas)  •  423 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, abordaremos três capítulos. O primeiro “Populismo e Nacionalismo na Era Vargas” de Octavio Ianni é subdividido em “Getulismo e política de massa”; “Política de massas no campo”; “A esquerda e as massas” e “Contradições do populismo.”

“Burguesia Industrial e Revolução de 30” de Boris Fausto traz a indústria na década de 1920, a fração de classe e sua intervenção no episódio revolucionário, o partido democrático de São Paulo e a indústria, a ideologia da aliança liberal e o estado como representante da burguesia industrial.

Já “O DIP: a propaganda e o marketing cultural” de Carlos dos Anjos aborda os temas: “Nas ondas do DIP: revolução de 30 na arte da propaganda e do marketing cultural”, “Padrões de propaganda do DIP”.

Com essa análise, poderemos dar motivos pelos quais devemos estudar a Era Vargas, época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas, como é o caso da criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

Populismo e nacionalismo na Era Vargas por Octavio lanni

1.1. Getulismo e política de massas

Sabemos que a presença das massas populares na política e a experiência democrática do período 1945-1964 são temas privilegiados da historiografia sobre o Brasil republicano. Sabemos também que entrar nesse terreno implica o desafio de lidar com conceitos como populismo, getulismo, trabalhismo, nacionalismo, e, portanto, de penetrar no coração de questões polêmicas que tanto mobilizam a área das ciências sociais e da história como se enraízam no debate político contemporâneo. Significa ainda, e sobretudo, ingressar em um terreno minado, o da chamada “República Populista”, interpretada por muitos – dentro e fora da academia – como uma experiência liberal-democrática fracassada, já que nela o povo, longe de se transformar em ator político relevante, teria virado massa de manobra a serviço de “interesses externos”, quer dos patrões, dos líderes “populistas” ou do Estado. A política de massas se desenvolve em concomitância com o modelo de desenvolvimento industrial de Vargas. As massas surgem com a consolidação da civilização urbana industrial e com elas as decisões políticas não poderiam ser formuladas a par de seus interesses, por isso a importância da política de massas. O nacionalismo e a participação do Estado são elementos fundamentais para o controle e delimitação das condições de atuação das classes assalariadas. Assim, é neste âmbito que se são criados o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho e o Estatuto do Trabalhador Rural (como conseqüência da chegada do populismo ao campo) como maneiras de apaziguar as classes trabalhadoras e permitir o desenvolvimento industrial, assim a política de massas teve no Brasil uma conotação desenvolvimentista, graças em parte à política de massas, foi possível efetivar determinadas etapas do desenvolvimento industrial e, foi a democracia populista que propiciou a conciliação de interesses em benefício da industrialização e em nome do desenvolvimento nacionalista, controle e utilização da força política das classes assalariadas, desdobrou-se dos acontecimentos políticos resultantes das rupturas entre sociedade urbano-industrial e a sociedade tradicional.

1.2. Política de massas no campo

Política de massas conseguiu chegar ao campo, pois ali as mudanças nas relações de produção também se fizeram sentir, o reflexo disso é a criação do Estatuto do Trabalhador rural e o êxodo rural. Assim, apenas um outro governo pautado no carisma de seu governante conseguiu plantar as sementes do colapso da ideologia getuliana e de seu populismo. A partir de 1930, a indústria passa a ser o setor mais prestigiado da economia, concorrendo para importantes mudanças na estrutura da sociedade. Intensifica-se o fluxo migratório do campo para os centros urbanos mais industrializados, notadamente São Paulo e Rio de Janeiro, que, adicionado ao crescimento vegetativo da população, proporciona uma maior oferta de mão-de-obra e o aumento do consumo.

1.3. a esquerda e as massas

Em 1932 explodiu a revolução constitucionalista em São Paulo, este contou com o apoio de políticos de outros estados como Borges de Medeiros. A Revolução de 32 foi uma revolta patrocinada pela oligarquia paulista a pretexto de exigir do governo federal a reconstitucionalização do país. As oligarquias desejavam com isso porém, reassumir o poder através de eleições controladas pelo coronelismo. O movimento foi derrotado e Medeiros preso. Vargas porém concedeu que realizasse-se as eleições para uma Assembléia Constituinte em 5 de maio de 1933. A Constituição entrou em vigor em 16 de julho de 1934, juntamente a isso o congresso realizou eleições indiretas e Vargas tornou-se presidente. O período é marcado por polarização ideológica, de um lado a ANL (Aliança Nacional Libertadora) de tendências de esquerda e a AIB (Ação Integralista Brasileira), movimento inspirado pelo nazi-fascismo. No início de 1937, as várias correntes políticas iniciam a movimentação para as eleições à presidência. São lançados candidatos: Armando Sales (oligarquias paulistas), José Américo de Almeida (paraibano, apoiado pelos "getulistas") e Plínio Salgado (forças de ultradireita). No entanto, ninguém conta com o apoio concreto de Vargas, e por um motivo simples: ele não queria sair da presidência.

Para tanto, contava com o apoio dos grupos dominantes conservadores (temerosos do comunismo), dos integralistas (defensores de um Estado forte) e de militares, como o Ministro da Guerra (Eurico Gaspar Dutra), o chefe do Estado-Maior (Góes Monteiro) e o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Filinto Muller). Os políticos começaram a desconfiar dos planos continuístas de Vargas logo que ele começou a afastar militares legalistas do comando de áreas estratégicas e, em seus lugares, nomeou oficiais de sua confiança. Para dar mais "veracidade" à necessidade de um golpe, o governo forjou um plano mirabolante, pelo qual os comunistas tomariam o poder: era o Plano Cohen. A fobia ao comunismo decorrente de hábil propaganda propiciou ao governo conseguir a decretação de um "estado de guerra" em plena paz e a adesão de vários governadores. Neutralizadas as oposições de esquerda (desde 35 abatidas), não foi difícil para Vargas esvaziar a resistência liberal.

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