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O Povo De Luzia

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Por:   •  13/1/2015  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  1.205 Visualizações

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NEVES, Walter Alves; PILÓ, Luís Beethoven. O povo de Luzia: em busca dos primeiros americanos/ Walter Alves Neves, Luís Beethoven Piló. – São Paulo: Globo, 2008.

O texto de Neves e Piló, fala sobre o processo de hominização do homem, como o homem surgiu na terra. No primeiro momento do texto os autores afirmam que assim como as outras espécies, o homem foi gerado por um processo natural, de longo prazo, chamado de evolução biológica e seleção natural, teorias Darwinianas. O processo de evolução não tem projeto, nem mesmo a do homem. Ela é puramente resultado do acaso, sendo assim impossível prever o futuro evolutivo das espécies, por causa das variabilidades genéticas e mudanças ambientais. A variação genética é resultado de mutações no genoma das criaturas, erros que ocorrem quando a cadeia de DNA é duplicada no processo de formação das células reprodutivas. O autor cita como prova que esse processo se dá ao acaso, a extinção de várias espécies no passado. Sendo assim, o acaso não garante a necessidade, e nem a necessidade manipula o acaso. As mutações que estão sempre ocorrendo no genoma não podem prever o futuro ambiental, se assim o fosse, não existiria extinção.

Evoluir na biologia é diferente de tornar-se melhor quanto tornar-se mais complexo, evoluir é apenas mudar, mantendo-se adaptado. Sendo assim, não existem espécies melhores ou piores, existem espécies mais ou menos adaptadas a uma situação ambiental específica. A seleção natural não fixa alternativas perfeitas, acreditar na perfeição desta é um equívoco. A seleção natural elege a melhor entre as alternativas disponíveis. Os autores citam como exemplo de incapacidade de produzir estruturas perfeitas um besouro, que caído de costas tenta se desvirar freneticamente e muitas vezes não consegue e morre. Os autores chegam a ironizar a dificuldade que a evolução tem em gerar coisas novas e revolucionárias, visto o elevado tempo que uma espécie demora a se adaptar num determinado ambiente, e a prova disso esta nos vestígios fósseis. Os autores finalizam essa ideia afirmando que:

A evolução biológica é extremamente conservadora, limitada e imperfeita, o que por si só afasta qualquer possibilidade de ser o produto de um processo preconcebido de forma inteligente.

Adiante os autores fazem uma revisão geral do surgimento da vida na Terra, as bactérias surgem há cerca de 3,5 bilhões de anos, criaturas multicelulares há 1,8 bilhões de anos, há 575 milhões de anos os primeiros animais, há 530 milhões de anos aproximadamente surgem os animais hoje existentes. Afirmam que 9/10 da evolução da vida ocorreu embaixo da água. Plantas terrestres há 500 milhões de anos, primeiros invertebrados e vertebrados terrestres há 450 e 360 milhões de anos respectivamente, mamíferos há 250 milhões de anos, primatas surgem aos 55 milhões de anos e enfim homens e seus ancestrais diretos, os hominídeos, surgem há sete milhões de anos.

Os autores fazem uma análise do fenótipo e comportamento dos primatas. Fazendo uma análise evolutiva dos antropóides, mostra que dentro dessa classificação existem subgrupos, os dos macacos propriamente ditos e os hominóides. Dentro do grupo dos hominóides encontram-se os pongíneos, os gorilíneos e os hominíeos, sendo este último onde nos classificamos e os nossos ancestrais diretos. Esse grupo a qual pertencemos, o dos hominíneos, tem como característica o andar bípede vertical, o bípede mais antigo conhecido foi encontrado em 2001 e possui uma idade estimada em 7 milhões de anos. Afirmam que diferente do Darwin pesava, a bipedia pela seleção natural se deu nas florestas, e não nas savanas.

Por volta dos 2,5 milhões de anos a paisagem da África começou a se tornar o que ela é hoje. A mudança nos recursos florestais modificou a vida dos hominíneos dessa época, a extinção de alguns por não realizar a transição adaptativa era inevitável. Nesse contexto uma linha de hominíneos adotou uma dieta essencialmente carnívora, os Australopithecus. Por conta dessa nova dieta, esse grupo desenvolveu o lascamento da pedra, por exemplo, para remover pedaços de carne. Acredita-se que a atividade de caça deveria envolver vários indivíduos em cooperação.

Por volta de 2 mil anos surgiu o gênero, Homo, também nas savanas africanas. Tendo como origem os australopitecos carnívoros. Os primeiros representantes do nosso gênero foram os Homo erectus. Ocorreu uma grande inovação entre os Homo erectus, por volta de 1,6 milhões de anos, o surgimento de ferramentas de pedra lascada que demandavam uma preconcepção formal do objeto desejado. Essa indústria lítica é conhecida como Acheulense e acredita-se que apenas depois dessa indústria o homem tenha saído da África.

Por volta de 800 mil anos os primeiros grandes cérebros começaram a surgir. O autor sugere que poderiam ser todos reunidos em uma única espécie chamada: Homo heidelbergensis, a

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