O Visível E O Invisível Na Conquista Hispânica Da América
Casos: O Visível E O Invisível Na Conquista Hispânica Da América. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: izacael • 20/3/2015 • 512 Palavras (3 Páginas) • 2.015 Visualizações
O texto se inicia citando o que seriam os processos visível, como a derrota militar dos povos americanos, a derrubada dos impérios indígenas, o massacre dos índios, o processo de evangelização do índio e a procura de metais como ouro e prata. Pontos importantes da conquista hispânica, mas que não são os únicos fatos para auxiliar no entendimento da conquista. Conquista essa que resultou em um dos maiores genocídios na historia da humanidade. Ainda na introdução, Héctor H. Bruit cita alguns mitos, como o mito da inferioridade e o mito de que poucos soldados brancos teriam subjugado os povos indígenas. Mitos defendidos por vários cronistas.
Os processos invisíveis se dão em maior parte no que podemos chamar de resistência não-militar. Atitudes como a preguiça que era vista por muitos como algo inerente aos índios, para Las Casas era uma forma de enfraquecer os conquistadores através da escassez de alimentos. Outra forma de atingir os inimigos eram através do silencio, que no texto é retratado como a primeira arma usada para resistir e da mentira, ou simulação, que veio a se mostrar como a forma mais eficaz de resistir a presença do espanhol.
A mentira chama bastante atenção dos cronistas. Pois segundo eles, o índios mentiam com tamanha facilidade que pareciam ser treinados para aquilo e ainda se gabavam das mentiras, que era contadas tanto aos espanhóis com quem mantinham tratos, quanto ao padres que os doutrinavam. Para Las Casas, a mentira era um fruto do medo que encobria todo o rancor gerado pela destruição dos conquistadores. Já para outros cronistas, a simulação era um meio de preservação da cultura deles. Seja qual for a visão, fica claro que em ambas, a mentira era usada como uma forma de defesa, para perpetuar não só a existência física da população indígena, mas também a existência cultural e religiosa. Com isso, o índios passaram a imitar os espanhóis, tanto nas vestimentas, quanto nas linguagens e nos gestos cristãos. Gestos estes que o autor deixa claro que não foram difíceis de se identificar, pois os índios logo perceberam a importância que os cristãos davam às rezas, à cruz, a Jesus e à Virgem Maria.
É de extrema importância notar a grande falha na estratégia dos conquistadores espanhóis, falha esta que fica bastante clara no texto, que é justamente a falta de interesse dos espanhóis nas linguagens e nas tradições culturais americanas. O que dava uma enorme vantagem para os índios em suas simulações, levando em conta que os conquistadores muitas vezes não entendiam o comportamento dos índios, o que facilitava o trabalho do índio em encobrir seus rituais e ídolos.
Para completar a falha dos espanhóis, não bastava a falta de conhecimento sobre os índios que grande parte dos conquistadores possuía. Mas em contra mão, os índios eram evangelizados e ainda aprendiam sobre a língua castelhana. Por conta disto, muitos índios sabiam ler e escrever em castelhano, alguns sabiam latim e até mesmo a fazer petições, reclamando seus direitos e privilégios usando as próprias leis para confrontar os espanhóis, o que deixava corregedores, encomenderos e padres bastante irritados.
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