Os Conflitos do Oriente Médio
Por: naka__rina • 2/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.481 Palavras (6 Páginas) • 209 Visualizações
Os Conflitos no Oriente Médio
O Oriente Médio se situa entre a Europa, a África e a Ásia, estendendo-se do mar Mediterrâneo até o Golfo Pérsico. Foi nele em que nasceram civilizações como a suméria, fenícia e a hebraica.
A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para isso: a posição geográfica, no contato entre três continentes; a falta de recursos naturais, principalmente a água; a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo.
A maioria dos conflitos são resultantes das diferentes religiões presentes no Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de 92% da população) são muçulmanas. A maioria pertence às seitas sunita e xiita. Mas também existem outras religiões: cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas árabes; também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhões de judeus, quase todos em Israel. Esses, migraram para todas as partes do mundo. Por isso, no Estado judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, orientações políticas e práticas religiosas são bastante diferentes.
Conflitos entre Israel e Palestina
A Palestina situa-se no Oriente Médio, entre o mar Mediterrâneo e o rio Jordão. Os judeus passaram a viver nesse território ao longo da história, porém no ano 70, os romanos destruíram a cidade de Jerusalém, expulsando os judeus. Esse fato fez com que eles se espalhassem pelo mundo. No entanto, no final do século XIX, e principalmente quando surgem os nazistas, eles começam a reivindicar Palestina, área ocupada por cerca de 500 mil árabes até então, alegando que essa era a "Terra Prometida por Deus".
Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1947, a Organização da Nações Unidas (ONU), fica encarregada de resolver esse conflito, que o faz dividindo o Estado entre os judeus, que ficam com 56% do território, e os árabes, com o restante. Os judeus apoiaram a partilha, no entanto, os árabes rejeitaram a resolução, até mesmo porque sua população era duas vezes maior que a população judaica.
Em 14 de maio de 1948, os judeus fundam o Estado de Israel. E em resposta, os árabes declaram guerra à essa nova nação, todavia saem derrotados, fazendo com que Israel aumente 75% das antigas terras palestinas, tomando posse da Faixa de Gaza e a Península do Sinai do Egito, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental da Jordânia e a Cisjordânia, essa foi a Guerra dos Seis Dias.
Em 1973, explodiu a Guerra do Yom Kippur, em que os países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram recuperar os seus territórios. Entretanto, Israel conseguiu uma nova vitória, pois contava com o apoio indireto dos Estados Unidos.
Os conflitos continuam até hoje, sempre com a vantagem de Israel, deixando milhões de árabes refugiados em outras nações. Dificilmente a paz será alcançada, pois mesmo com acordos de paz, basta uma ameaça que outro conflito é causado. E também é difícil a criação do Estado Palestino, pois as disputas territoriais ainda são grandes, embora tal Estado seja internacionalmente reconhecido por vários países, incluindo o governo brasileiro.
Revolução Iraniana
A Revolução Iraniana começou no ano de 1978, quando a população já não aguentava o governo de Mohamed Reza Pahlevi.
O governo do xá (rei) Mohamed Reza Pahlevi foi influenciado pelos norte-americanos, fazendo reformas que não eram aceitas pela população muçulmana, por isso, desde de 1977, o Irã estava numa forte crise interna.
O xá aprovou a entrada de transnacionais no Irã, dando poder ao petróleo, e a adotou hábitos ocidentais, que para ele seria um tipo de modernização, essas ações provocaram um profundo descontentamento do clero iraniano. Por esses motivos, a oposição e as manifestações se fortaleceram.
A população foi às ruas em 1978 e o xá Mohamed Reza Pahlevi foi deposto, tendo que fugir para outro país em janeiro de 1979.
O líder religioso aiatolá, que até então estava exilado em Paris, volta como líder da revolução e declara Irã como Estado Islâmico regido pela sharia (lei corânica) e caracterizando uma das únicas revoluções conservadoras do mundo.
Com a criação do Estado Islâmico, muitos costumes originais e a busca da fidelidade aos textos sagrados voltaram, isso ficou conhecido como fundamentalismo islâmico. Por isso, foram proibidas coisas como: consumo de álcool, os filmes ocidentais; e as mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto em público.
Guerra Irã-Iraque
Existem várias diferenças entre Irã e Iraque, a principal delas é que mesmo ambos seguindo a religião muçulmana, a majoritária no Iraque é sunita e no Irã é xiita. A língua falado em ambos os países é diferente: no Iraque é árabe e no Irã é persa. Além dos regimes políticos se diferirem: no Iraque o governo é inspirado no Ocidente e no Irã, é um regime controlado por líderes religiosos.
Com o retorno do conservador aiatolá Ruholá Khomeini no Irã, o governo mudou várias coisas, ele começou cortando suas relações diplomáticas e econômicas com os Estados Unidos, deixando o governo norte-americano sem um dos maiores exportadores de petróleo ao seu lado. Por esse motivo, os EUA se aliaram ao Iraque, visando começar uma guerra que acabasse com o governo iraniano.
O objetivo era enfraquecer o movimento fundamentalista do Irã, pois temia-se que a recém-proclamada revolução, que derrubou o governo pró-ocidente do Xá Reza Pahlevi viesse a contaminar o regime instalado no Iraque, também pró-ocidente.
Como justificativa do conflito, usou a disputa pelo canal de Chatt-el-Arab (canal que ambos os países usavam para transportar seus produtos). Como o Irã não quis ceder o canal, Saddam Hussein (líder do Iraque) decidiu invadir esse território.
Cada nação tinha uma ajuda clandestina, o Irã, da Síria e Líbia; e o Iraque, dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. Por isso, estando ao lado da nação com o maior poder militar, o Iraque teve vantagem
Na época desse conflito, a minoria curda que vivia no Iraque, aproveitou a instabilidade do país, para guerrear contra o ditador Saddam, na tentativa de criar um governo independente na região. Esse conflito paralelo fez com que o Irã conseguisse aguentar 8 anos, quando, depois da orientação da ONU, eles assinaram um cessar-fogo, terminando o conflito que durou 8 anos (1980-1988).
Guerra do Golfo Pérsico
A guerra do Golfo Pérsico começou quando o Iraque invadiu o Kuwait, dizendo que o país não existia, sendo uma criação da Inglaterra; afirmava que o Kuwait estava vendendo o petróleo a preço muito baixo, causando prejuízos. Além de que existia um impasse territorial, onde o Iraque queria a todo custo que uma determinada faixa de terra do Kuwait fosse devolvida, afirmando que aquele território lhe pertencia no passado. Esses foram os motivos do Iraque para pedir um indenização milionária ao Kuwait, porém logicamente o Kuwait não aceitou e não realizou o pagamento. Isso causou a invasão da nação por 100 mil soldados iraquianos, em agosto de 1990.
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