Plano Cohen
Bibliografia: Plano Cohen. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: anja1801 • 8/4/2014 • Bibliografia • 432 Palavras (2 Páginas) • 266 Visualizações
Plano Cohen
No dia 30 de setembro de 1937, foi descoberto pelo governo e anunciado no programa de rádio “Hora do Brasil”, pelo chefe do Estado-Maior do exército brasileiro, o general Góes Monteiro. O objetivo do plano era o de acusar Getúlio Vargas de tentar tomar o poder de um dos dois candidatos as eleições presidenciais de 1938, José Américo Almeida e Armando de Sales Oliveira. Com isso, a população ficaria assustada e se aproveitando desta fragilidade seria possível tomar o poder e realizar uma revolução comunista no Brasil. Os chefes militares seriam eliminados, operários e estudantes fariam literalmente barulho, os presos seriam libertados e haveria depredação de casas e lojas. Além disso, o plano tinha como intenção o sequestro dos Ministros de Estado, Presidente do Supremo Tribunal e os Presidentes da Câmara e do Senado.
Um dia depois do pronunciamento, mais precisamente no dia primeiro de outubro, o governo entrou com um pedido e foi atendido em menos de 24 horas pelo Congresso Nacional quanto ao decreto de Estado de Guerra no país, com isso ele tinha o direito e também o poder de suspender os direitos constitucionais. Com o aval do Congresso, Getúlio iniciou uma verdadeira caça as bruxas, perseguindo todos os comunistas implicados no Plano Cohen e os seus rivais políticos. Semanas depois, o Congresso Nacional do Rio de Janeiro foi cercado.
No dia 10 de novembro, o então presidente deu um golpe de estado, implementando uma nova Constituição, o chamado “Estado Novo”, que seria o marco do final da Era Vargas. As eleições à presidência foram canceladas, passou a vigorar a Constituição de 1937 (que concentrava o poder nas mãos do chefe do Executivo), os partidos políticos foram suprimidos, a pena de morte foi instaurada e com o estado de emergência o presidente podia invadir qualquer residencia, ou seja, o Plano Cohen deu força a Getúlio.
Em 1945, o general Goés revelou que o plano todo tratava-se de uma farsa já que Getúlio Vargas queria continuar no poder, suprimir as eleições de 1938 e também acabar com as ameaças comunistas. O nome do plano foi dado pelos militares que como queriam que não houvesse nenhuma suspeita, colocaram de Cohen, devido ao líder comunista húngaro Bela Cohen. A partir daí, todos os envolvidos tentaram jogar a batata quente para outro. Goés disse que o documento havia sido entregue por Mourão Filho, que por sua vez afirmou que escreveu o texto para ser utilizado pelo AIB. Plínio Salgado alegou que sabia da farsa mas não disse nada em público para não deixar o exército mal visto pela população.
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