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Plano De Barcelona

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Por:   •  8/8/2014  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  752 Visualizações

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No final dos anos 40, a cidade de Barcelona sofria com a pressão demográfica, em função da revolução industrial. A cidade continuava a ter um urbanismo medieval, rodeado por muralhas e comprimidas pela instalação das indústrias. Isso fez com a cidade organizasse um concurso para saber a opinião da população sobre as vantagens que a cidade poderia ganhar com a destruição das muralhas. O resultado foi à necessidade de expandir a cidade para fora de suas paredes.

Em 1859 iniciou-se um concurso público para escolha do projeto de expansão da cidade. Com isso, realizou-se um estudo topográfico da área considerada para a expansão, idealiza esquema de urbanização com vegetação e leva em consideração o clima da região. E também houve uma grande preocupação de como pensar a cidade e no que pensar primeiro destacando conceitos fundamentais como: homogeneidade, coerência espacial, circulação, convívio social, colocando em primeiro plano a preocupação com quem vai habitar a cidade, diferente da reforma de Paris, onde a questão principal é a estética.

Então, Ildefonso Cerdá i Sunyer (1815-1876) foi um engenheiro urbanista, e político catalão, responsável pela proposta de expansão e construção da nova cidade.

O plano para Barcelona de Cerdá, aprovada em 1859, apresenta um intervenção totalmente diferente, com um objetivo fundamental de aumentar a área total da cidade, permitindo a sua expansão além dos limites da antiga muralha medieval, e fornecer uma alternativa mais ordenada de ruas e quarteirões.

A proposta multiplica a cidade em quase seis vezes, onde foram usados dois traçados urbanísticos, o quadriculado e o radial. No centro, ele cria duas grandes diagonais que cortam toda a cidade com uma avenida seis vezes maior do que o antigo núcleo. Não havia nenhuma preocupação em criar um centro administrativo, pois para Cerdá, o território tem que ser homogêneo e todos os locais devem possuir o mesmo valor. Como não havia uma concentração de prédios públicos e administrativos, ele espalha por toda a cidade os edifícios destinados a essas funções, valorizando todos os bairros por igual.

A cidade medieval fica intacta, só se prolonga a avenida ligando-a aos bairros novos projetados, descartando qualquer tipo de demolição do antigo núcleo, favorecendo a preservação do lugar.

A casa é o ponto de partida do raciocínio de Cerdá. As habitações planejadas por ele tinham características marcantes, como a privacidade do indivíduo no lar, com condições dignas de vida, o higienismo (sol, vento, ar, luz natural), que deveriam estar presentes nas habitações e o custo dessas residências deveria ser acessível para a classe operária.

O plano urbanístico de Cerdá cria um sistema viário, onde pequenas ruas desembocam em ruas maiores que por sua vez desembocam em grandes avenidas desenhando uma grelha de ruas paralelas e perpendiculares e duas avenidas que se cruzam. E a ligação com o centro histórico é feita a partir de conexões que já existiam.

O plano de Cerdá é representado por uma grelha ortogonal, com quarteirões quadrados, de 113m x 113m, com vértices cortados, cada um apontando para um ponto cardeal, e ruas de 20m de largura. Cada conjunto de nove quarteirões inscreve-se num quadrado de 400m de lado. O corte diagonal nas arestas dos quarteirões permite uma maior amplitude visual dos edifícios de esquina e transforma o simples cruzamento de ruas num novo em espaço.

A ocupação do solo é definida a partir da habitação, que deve ocupar no máximo 2/3 da área do quarteirão, o restante do terreno deve ser ocupado apenas por jardins. Define duas formas de ocupação do lote: em forma de L ou de U.

As ruas eram planejadas a partir da orientação solar, largura, perfis transversais, tipo de pavimentação, diferença de cotas entre outros. As paisagens, praças e quadras deveriam interagir entre si, além de serem elementos harmônicos na cidade.

Os serviços como fornecimento de água, rede de esgoto, telégrafo, ferrovia e rede de energia elétrica são planejados de modo que não poluam ou interfiram na paisagem da cidade (cabos, fios, postes e etc.), estes devem ser subterrâneos.

O Plano para Barcelona foi colocado em prática e, essa é a primeira vez que aparece o termo ‘urbanização’. Cerdá cria aspectos relacionados à questão dos aspectos espaciais e físicos, funcionalidade, destacando relações

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