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Povos do Mediterrâneo ao Planalto Asiático

Por:   •  15/6/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.395 Palavras (18 Páginas)  •  819 Visualizações

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Povos do Mediterrâneo ao Planalto Asiático

Na Antiguidade os agrupamentos humanos foram se expandindo e formando sociedade nas regiões das planícies e vales fluviais. Áreas montanhosas e regiões litorâneas que compõem a Península Arábica em direção ao Golfo Pérsico, foram ocupadas por vários povos como os Persas, Hebreus e fenícios.

Pérsia, um império no planalto

O território do Irã, era ocupada por medos e persas, povos de origem indo-europeia. No século XII a.C, os dois povos se uniram, sob a liderança de um único chefe persa, Ciro I, que foi o primeiro rei Persa, iniciou a expansão do império no século V a.C, ocupando a Mesopotâmia.

Os sucessores Cambises e Dario I, continuaram a política expansionista dos Persas, conquistando o Egito, a Índia, a Ásia Menor e algumas colônias na Europa.

No início da formação do império, os persas procuraram manter a autonomia cultural e religiosas dos povos conquistados, para controlá-los. Dário criou uma organização administrativa com independência das províncias, as satrápias, governadas pelos sátrapas. Havia também um regime de cobrança de impostos e obrigatoriedade de prestação de serviço militar.

Para manter o controle político e administrativo, deste império dividido em províncias, os reis persas mandaram construir uma longa estrada, com mais de 2 mil quilômetros que se tornou a principal rota comercial entre o Oriente e a Europa mediterrânea.

Dário e seu sucessor, Xerxes, tentaram manter o projeto expansionista, ao invadir a Grécia, mas Alexandre o Grande, rei da Macedônia, derrotou e conquistou o Império Persa em 330 a.C.

A formação do Império Persa, composto de diversos povos, foi responsável pelo cenário cultural onde ocorreram diversos intercâmbios, decorrentes da mistura das culturas egípcia, mesopotâmica e grega, influenciando suas religiões. A religião popular persa é o zoroastrismo, acrescentado a crença a luta entre o bem e o mal, dever de praticar a justiça, para ser acolhido no paraíso e a ideia do juízo final.

Entre o Crescente Fértil e as montanhas

Hebreus e fenícios, ocupam uma região de extensão do Crescente Fértil, eles organizaram suas sociedades de maneira distinta das populações que dependiam do controle das cheias dos grandes rios, como mesopotâmicos e egípcios. Esses povos sobreviviam da pequena agricultura, do pastoreio e do comércio.

Hebreus

Nômades, os hebreus viveram por muito tempo perto da cidade de Ur, na mesopotâmia, onde tornaram-se sedentários por volta de 2000 a.C, região da Palestina. A tradição narrada na Bíblia, o líder Abraão teria sido incumbido por Deus de levar seu povo dessa região para Canaã, ou Terra Prometida.

Abraão, casou-se com Sara e teve um filho, Isaac e dois netos Esaú e Jacó, conhecido no Israel da onde surgiu a denominação israelita. A terra cortada pelo Rio Jordão, com volume de água insuficiente para irrigações, era pouco fértil, isso tornava difícil a vida dos Hebreus, sendo a principal atividade econômica a criação de gado, depois a agricultura ocupou o lugar do pastoreio.

Conflitos políticos

Do ponto de vista político econômico entre os hebreus, vigoravam cidades sem grande força política, eles experimentaram a centralização do poder, que estabeleceu a monarquia hebraica. A situação política era de indefinição, em uma região cheia de conflitos entre os povos e as cidades.

Em 1800 a.C, as tribos hebraicas, vitimadas pela fome em razão de uma grande seca, migraram para o Egito, onde foram reduzidas a servidão. Só voltaram a ser livre de acordo com a tradição bíblica, quando Moises liderou a retirada seu povo do Egito em direção à Palestina por volta de 1300 a.C. Foi nesta travessia que Moises recebeu os Dez Mandamentos no monte Sinai por Deus.

Centralização do poder

A forma da organização política e social dos hebreus baseava-se nas tribos, lideradas pelos juízes ou patriarcas que era conhecido por chefe religiosos. Ele deveria manter a comunidade unida na crença de um Deus e militar, mostrando ser um bom guerreiro. O juiz mais conhecido foi Sansão pela sua força física.

No retorno do Egito, as numerosas lutas contra cananeus e filisteus, para se fixar novamente na Palestina, foi sucedido pelo guerreiro rei Davi, que derrotou o povo inimigo e o gigante filisteu Golias. Davi conquistou a Palestina e a capital hebraica foi estabelecida em Jerusalém, ele conseguiu unificar as tribos e submetê-las a um poder centralizado.

O apogeu da monarquia ocorreu no século X a.C com o filho do rei Davi, Salomão, onde a sociedade alcançou certo desenvolvimento econômico, o regime monárquico implicou a organização da burocracia e a sedimentação das diferenças sociais, com definição de uma aristocracia de uma pequena elite proprietária.

Para sustentar as estruturas do Estado, como manter o luxo da corte e as guerras, foi preciso aumentar os impostos, explorar da mão de obra de camponeses livres e escravos, isso gerou descontentamento e numerosas revoltas sociais.

Fragmentação da sociedade

Com essas revoltas, Roboão o filho e sucessor do rei Salomão não conseguiu manter o Estado unificado, o que ocorreu a divisão das tribos hebraicas do norte e do sul. As tribos do norte não aceitavam Roboão como rei, então eles fundaram o Reino de Israel cujo seu rei era Jeroboão e sua capital era em Samaria. Já o Sul liderou o Reino de Judá com o seu rei mesmo e sua capital em Jerusalém.

Com as revoltas e a divisão do reino, os hebreus foram conquistados pelos assírios e babilônicos em 586 a.C liderados por Nabucodonosor que escravizou-os.

Com a conquista da mesopotâmia pelos persas, os hebreus conquistaram a sua independência em 539 a.C, mas em 300 a.C foram dominados pelos macedônios e foram esmagados pela força do Império Romano, onde foram obrigados a deixar a região e se dispersaram pelo mundo.

Monoteísmo hebraico

A religião monoteísta do povo hebraico foi determinante na formulação da história cultural da sociedade ocidental. O processo cultural da religião entre os hebreus não envolvia adoração a vários deuses, antropozoomorfismo, magia, astrologia, oferendas, mas apenas a um único Deus. Em VIII a.C a religião se consolidou com a ajuda dos profetas.

A religião monoteísta contribuiu para formação de três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Fenícios

A

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