Qual A Diferença Entre A Common Law E O Sistema Romanístico De Direito?
Casos: Qual A Diferença Entre A Common Law E O Sistema Romanístico De Direito?. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thabatazevedo • 21/9/2014 • 8.394 Palavras (34 Páginas) • 458 Visualizações
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE E
IMPUTABILIDADE PENAL
1º Ten Al MONICA DIB
RIO DE JANEIRO
2008
M 237P dib, monica
Transtornos de Personalidade e Imputabilidade Penal /. – Mônica Dib.
- Rio de Janeiro, 2008.
44 f. ; 30 cm.
Orientador: Sérgio Luís Neves
Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de Saúde
do Exército, Programa de Pós-Graduação em Aplicações Complementares
às Ciências Militares.)
Referências: f. 24-25.
1. Exército. 2. Serviço de Saúde. I.Sérgio Luís Neves. II. Escola de
Saúde do Exército. III. Título.
CDD 355.345
1 INTRODUÇÃO
Dentre as diversas especialidades médicas, a Psiquiatria é a que mais se depara com problemas
legais e éticos, pois lida com a conduta humana patológica. Na psiquiatria forense, estes problemas
merecem especial destaque, dada a rica interface entre direito e psiquiatria.
A psiquiatria forense no Brasil vem crescendo em interesse. A importancia do conhecimento da
psiquiatria forense no meio militar é de grande importância, uma vez que boa parte das perícias médicas
no exército averiguam casos psiquiáticos.Transtornos de personalidade não são incomuns de serem
encontrados numa situação de Junta de Inspeção de saúde para fins periciais, o que torna importante o
conhecimento do assunto
Primeiramente, abordaremos os Transtornos de Personalidade para, num segundo momento,
abordarmos o Código Penal Brasileiro e suas definições, importantes bem como o Código Penal Militar
para sua compreensão no contexto da psiquiatria forense e em relação com a temática em questão. A
seguir,abordaremos a questão da imputabilidade e sua relação com os Transtornos de
Personalidade,.Não é nosso objetivo chegar a conclusões definitivas, mas sim introduzir uma discussão
sobre tais questões na Psiquiatria Forense., bem como trazer informações adicionais aos médicos
militares sobre o assunto, visto que muitos deles atuam em Juntas de Inspeção de Saúde na avaliação
pericial de oficiais e praças do serviço ativo do Exército.
Um estudo bibliográfico que aborda os aspectos psiquiátricos dos transtornos de personalidade,
tendo como principal referencia bibliográfica a atual Classificação Internacional das Doenças mentais
segundo a Organização Mundial de Saúde e a importância destes transtornos sob uma ótica penal,
mais especificamente dentro dos atuais códigos penais civil e militar.
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1.TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE:ASPECTOS PSIQUIÁTRICOS E FORENSES
O problema dos “transtornos específicos da personalidade” (TEP) está longe de ter alcançado
esclarecimento satisfatório em Psiquiatria, apesar de sua importância, especialmente no domínio forense.
O próprio conceito de “personalidade” abre-se a controvérsias, em todos os campos dedicados à
investigação do comportamento humano. Com efeito, é difícil encontrar acepção precisa e acordo quanto
ao seu significado.
Para alguns autores, o conceito remete à singularidade pessoal, à individualidade concreta, ao
“estilo” ou modo de ser peculiar,inacessível à redução científica. Sendo manifestação idiográfica, toda
generalização de características ou inferências sobre o modo de ser individual apresenta um halo de
imprecisão ou indeterminação.
Na tradição psiquiátrica de língua inglesa, “personalidade” denota o conjunto de disposições da
ordem dos impulsos e sentimentos, correspondendo ao termo “caráter”,derivado do grego, através do
latim, e que significa “cunho”, “marca” ou “qualidade inerente” (LEWIS,1997)
De fato, também “caráter” foi designação do conjunto de tendências afetivo-volitivas, mas em
Psiquiatria, considerou-se que esse termo estava carregado de ressonância moral e que era conveniente
preferir “personalidade”.
Na história da Psiquiatria, o conjunto desses transtornos recebeu os rótulos de “mania sem delírio”,
“insanidade moral”, “inferioridade psicopática”, “personalidade psicopática” ou “psicopatia”, simplesmente.
(LEWIS & WESSELY, 1997) Até hoje, entretanto, o termo “psicopatia” é confundido com “psicose” e
tomado, inclusive, pelo leigo como sinônimo de doença mental. Não obstante, há autores que defendem
acepção definida para “psicopatia”, segundo critérios próprios de operacionalização. (Hare,
1996).Veremos esses aspectos mais adiante.
De modo geral, esses transtornos se apresentam como desvios graves do comportamento que
não se acompanham de delírios, alucinações ou desordens significativas da organização mental e do
pensamento, mas
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