RESENHA Hoffman, Júlara Maria Lérk
Resenha: RESENHA Hoffman, Júlara Maria Lérk. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thyagocp • 12/8/2014 • Resenha • 862 Palavras (4 Páginas) • 1.024 Visualizações
HOFFMAN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: Mito e desafio: Uma perspectiva construtiva. Porto Alegre: Mediação, 1991. 128p.
Jussara Hoffman é formada em Língua e Literatura de Língua Portuguesa, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestranda em Educação, obtendo o Titulo de Mestre em Avaliação Educacional.
A autora, enfoca que desde os primórdios da educação, os estudiosos em avaliação importam-se, sobretudo, em estabelecer críticas e paralelismo entre ação avaliativa e diferentes manifestações pedagógicas, deixando, entretanto, de apontar perspectivas palpáveis ao educador que deseja exercer a avaliação em beneficio da educação. Assim, confere que a avaliação é um processo seletivo que tem um caráter classificatório e fundamentalmente sentencivo, isto é, prova, nota, conceito, boletim, recuperação, reprovação, atribuindo termos como: análise de desempenho, julgamento de resultados, medida de capacidade, apreciação do “todo” do aluno.
(...) como conjunto de sentenças irrevogáveis de juízes inflexíveis sobre réus, em sua grande maioria, culpados. Definição essa acrescida do personagem de outra professora: São Pedro: o que decide quem entra (ou não) no céu! (HOFFMAN. 1991. p.15).
Deste modo, percebe-se que os educadores diferenciam a ação de educar e a ação de avaliar, ou seja, o mediador acompanha o desenvolvimento dos alunos a partir de seu relacionamento afetivo buscando compreender suas dificuldades, contudo, no momento da avaliação, torna-se um julgamento de resultados, onde, tem como função burocrática, punitiva e obstaculizante.
Exercendo-se a avaliação como uma função classificatória e burocrática, persegue-se um principio claro de descontinuidade, de segmentação, de parcelarização do conhecimento. Registros de resultados bimestrais, trimestrais ou semestrais estabelecem uma rotina de tarefas e provas periódicas desvinculadas de sua razão de ser no processo de construção do conhecimento (HOFFMAN. 1991. p.19).
Sendo assim, Hoffman, diz que o professor cumpre penosamente uma exigência burocrática e o aluno, sofre o processo avaliativo. Descaracterizando a avaliação de seu significado básico de investigação e dinamização do processo de conhecimento, isto é, avaliar é dinamizar, onde exige do professor uma visão ampla e detalhada de sua disciplina, fundamentos teóricos que estabeleceram conexões entre hipóteses formuladas pelo alunos e a própria base cientifica, incitando assim seus educandos novas questões a partir de respostas formuladas.
Questionar-se e questionar é premissa básica de uma perspectiva construtivista de avaliação, deste modo, informações obtidas favorecem tanto o professor quanto o aluno, já que dinamizam a reflexão do professor sobre seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na análise de respostas dos alunos.
Seguindo esse raciocínio, exigirá do educador uma concepção de criança, jovens e adultos, como sujeitos de desenvolvimento inserido no contexto de sua realidade social e política. Assim, avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, com acompanhamento permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas, não num momento terminal do processo educativo, mas uma busca de compreensão das dificuldades do educando.
A avaliação construtivista e libertadora, encaminhar o educador e educando há um diálogo e cooperativo, onde aprendam sobre si no ato próprio da avaliação. Hoje, existem instituições que valorizam o processo de aprendizagem, com adoção de conceitos, e analise de aspectos
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