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Resenha João Fragoso e Maria Gouvêa

Por:   •  22/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  305 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 DESENVOLVIMENTO        

4 CONCLUSÃO        6

5 REFERÊNCIAS.........................................................................................................8



  1. INTRODUÇÃO

 De certa forma, são textos inéditos, onde temos alguns pontos em comum, como: o uso do pensamento ou ideia de se autogovernar, da concepção corporativa da sociedade como ferramenta ético-teórica para a compreensão da organização da sociedade como colonial na América lusa: como também o de redes governativas na organização e domínio do império ultramarino. É importante destacar que são fragmentos de textos inacabados, sujeitos a critica, o que acaba gerando debates e conflitos de opiniões.


  1. DESENVOLVIMENTO

Em razão no enorme crescimento populacional ocorrido na América lusitana, partindo de 100.00 para 1.500.000 em praticamente dois séculos deve-se principalmente ao tráfego de negros, que eram trazidos do continente africano, que ao chegar eram submetidos ao trabalho escravo. Por tal crescimento foi comparada à grande “Babilônia”. Desta forma, o que se encontrou foi uma grande costa com milhões de quilômetros, com maior concentração em ilhas povoadas, o chamado Nordeste. O fato é que deu certo. Aquela Babilônia se transformaria numa sociedade organizada segundo o Antigo Regime (monarquia, catolicismo, ideia de autogoverno etc.) e o melhor dotado de uma economia escravista. No entanto, a dita Babilônia não foi engolida pela floresta nem virou comida de feras selvagens, nem foi dizimada por epidemias. Mais sim, teve sua economia voltada para o sustento de uma monarquia pluricontinental e de sua nobreza.

A partir da década de 70, alguns historiadores procuram debater o esquematismo excessivo na história do Brasil colônia. No caso, a sociedade brasileira se resumiria em senhores (monarquia), escravos (força de trabalho), e colônia (terra invadida, conquistada e explorada) seria uma simples temática da expansão mercantilista europeia. Até fins dos anos de 80, os questionamentos concentraram-se basicamente no estudo das estruturas internas da sociedade colonial brasileira.
Buscava a análise para além da relação metrópole-colônia, visando incorporar a esta também à África, o que era sem dúvida essencial para se compreender uma sociedade escravista.

A noção de Absolutismo transforma-se e a monarquia passa a ser compreendida como o topo (dominante) da república, no entanto não confunde com esta, já que nela existiam outros poderes concorrentes. A monarquia era então a “cabeça pensante” capaz de articular todo o sistema que compunham o conjunto do corpo social, seja no reino, seja no ultramar. A ideia de um império ultramarino hierarquizado e rígido passa a ser substituído pela de uma monarquia pluricontinental caracterizada pela presença de um poder central fraco demais para impor-se pela coerção, mas forte o suficiente para negociar seus interesses com os múltiplos poderes existentes no reino e nas conquistas.
“Outro traço da monarquia pluricontinental, já diversas vezes enfatizado, é que nela a Coroa e a nobreza viviam de recursos oriundos não tanto da Europa mas do ultramar, das conquistas do reino, ou seja, do fruto das colônias. Trata-se, portanto, de uma monarquia e nobreza que têm sua economia fincada no colonialismo.
No quesito República e autogoverno deve ressaltar-se que essa reorientação de abordagem, na qual a ideia de república se encontra diretamente relacionada à de autogoverno, constitui-se uma estratégia para um melhor entendimento das formas pelas quais o império era gerido a partir de diversos níveis de interferência cotidiana das várias sociedades ultramarinas que o integravam.

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