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Relatório de estágio - resumo Historia e memoria em livros didáticos

Por:   •  11/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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1- ESTUDO DE ARTIGO

O artigo Memória e História em livros didáticos de história: PNLD em perspectiva, da mestre em Educação Fabiana Rodrigues de Almeida e da doutora Sônia Regina Miranda, nos mostra o papel da memória na construção da história, bem como as potencialidades e os riscos de usar a memória como fonte histórica. Outros autores como por exemplo Paolo Jedlowski, Paul Ricour, Andreas Huyssen, Beatriz Sarlo e Walter Benjamin, discutiram a presença da memória como fenômeno político e social na atualidade. Cada autor discutiu a memória como eixo central, porém dentro de temáticas diferentes.

A memória está presente no nosso cotidiano em diversas situações. As sociedades ocidentais em especial, se interessam em eternizar as lembranças, “manter vivido na memória, fatos, datas e lugares”. Não é de admirar que a “memória” se tornou uma mercadoria em nossos dias, não são poucas as empresas de marketing que trabalham em prol de eternizar as lembranças, ou realizar eventos que remetem a décadas passadas.

De acordo com Andreas Huyssen a busca pela preservação das lembranças está relacionado com processos de aceleração do tempo e da história a partir da Segunda Guerra Mundial, se antes se falava de uma história universal, linear, um tempo cronologicamente instrumentado, após as experiências traumáticas das guerras, ocorreu a aceleração tecnológica e a globalização, que assim transformou a forma da sociedade compreender e temporizar os acontecimentos.

Segundo Paul Ricoeur as práticas de Memória fortalecem as condições necessárias para a formação de uma orientação básica do tempo, “essa habilidade” está vinculada com a nossa capacidade de estabelecer diálogos com o passado e com o futuro, sendo o tempo presente o lugar de construção dessa inteligibilidade. De modo que por meio de recursos da memória, as lembranças e esquecimentos é possível voltar no tempo anterior a nossa existência e projetar ações para o futuro.

Diante de tantos dilemas envolvendo a memória, está a Escola, que é profundamente afetada pelos efeitos dessa discussão. A Escola dispõe de diversas maneiras de ver o mundo, produzidas pela comunidade na qual está inserida, alunos, pais, professores e moradores da localidade, onde a escola está estabelecida. Além da escola conviver com a reprodução das práticas da memória, comuns a sociedade e que conduzem a permanência, no censo comum, de uma dada lógica de representação do passado.

Especialmente o ensino de História é afetado pelos desafios colocados pelo uso da memória no tempo presente, uma memória que reivindica lugares, que aquece o mercado consumidor, que estabelece o que deve ou não ser preservado, que luta contra a avalanche de esquecimento. De modo que a Educação para o entendimento da História também tem o desafio de lidar com os procedimentos advindos das operações da memória que estão presentes no dia a dia dos sujeitos e que interferem na interpretação que fazem do passado, direcionando suas ações no presente e projetando suas ações futuras. Sendo assim podemos afirmar que as ações da memória são necessárias para a formação da consciência histórica.

História e Memória são campos de estudos diferentes, e não são sinônimos. Quando falamos de memória, falamos de certezas, já quando falamos de história falamos de algo aberto as dúvidas e criticas. No entanto a junção desses campos de saber na construção do ensino da história escolar, possibilita um novo olhar sobre o passado e sobre a História e confere ao aluno um lugar de protagonismo na construção da empatia histórica.

Uma vez que memória e História

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