Resenha: Estado Unidos: Formação da nação
Por: AdrianoSF • 16/2/2017 • Resenha • 396 Palavras (2 Páginas) • 2.163 Visualizações
O presente trabalho se trata de analisar o capitulo I do livro Estado Unidos: Formação da nação, do historiador Leandro Karnal.··.
O capítulo tem início com algumas indagações propostas pelo autor – todas relacionadas à diferença econômico/social entre Brasil e EUA-, tais indagações aparecem com o objetivo de fazer o leitor refletir sobre a diferença entre colônia de exploração e de povoamento.
Karnal tenta em seu trabalho alertar aos erros que se comete ao justificar as colônias de explosão como piores em relação às colônias de povoamento. O Autor atenta ainda para que se perceba a romantização das colônias de povoamento, como se não houvesse conflito dentro de seus territórios.
Nas colônias de povoamento houve muitos conflitos, o que culminou com a independência das colônias antes do que aconteceria na América latina. Decorrido cem anos de colonização a América ibérica tinha maior desenvolvimento urbano, maior comercio, maior população e maior produção artística e cultural. Daí decorre a maior facilidade dos norte-americanos proclamarem independência, como o próprio autor escreve: Os maus casamentos terminam antes dos bons.
Outro elemento popularmente conhecido para justificar o fracasso das colônias de explosão é a associação da qualidade dos colonos que aqui vieram. As colônias de exploração receberiam gente da “pior espécies”, enquanto as colônias de povoamento norte-americana receberia os “lordes ingleses” .
Karnal cita Vianna Moog para elucidar a diferença entre brasileiros e norte-americanos, na tentativa de mostrar o quão defasada é a argumentação de quê ingleses eram mais evoluídos que espanhóis e portugueses, e mostra que essa tese acaba sendo racista. Prosseguindo, o autor usa os fatores geográficos e culturais para fazer a diferenciação entre os povos. A geografia norte-americana facilita o trabalho do colonizador. Outro fator, o cultural, se atrela ao religioso. A colonização protestante permite a acumulação de riqueza o que estimula, na visão do autor, o trabalho dentro da colônia norte-americana. Entretanto, Karnal não concorda por completo com as preposições de Moog, pois, para o historiador, as colônias ibéricas tinham maior organização que as anglo-saxônicas. Aqui houvera maior preocupação por parte dos colonizadores. No século XVII já havia na América Ibérica universidades, bispado, produção literárias e artísticas variadas. Enquanto na costa inglesa na América do Norte eram um amontoado de pequenas aldeias.
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