Resenha do capitulo 1 de Sem fronteira de Nayan Chanda
Por: Infamous123 • 17/10/2017 • Resenha • 1.128 Palavras (5 Páginas) • 683 Visualizações
Neste trabalho viso analisar a afirmação de Nayan Chanda sobre Colombo quando o mesmo chegou as Américas e se encontrou com seus primos. Para se ter o entendimento da afirmação deve-se primeiro entender a tese apresentada no capitulo 1 de seu livro “Sem fronteiras”. A sua tese é sobre a origem única da humanidade.
“Durante os cerca de 50 mil anos seguintes, eles se moveram, lentamente ocupando o Crescente Fértil, Ásia, Austrália e Europa, finalmente cruzando a ponte terrestre de Beríngia para o continente americano. As águas que subiam de nível no final da Era do Gelo separaram as Américas do continente asiático. Apenas quando Cristóvão Colombo encontrou os aruaques no litoral de San Salvador em 1492, primos humanos da África, havia muito separados, conheceram uns aos outros. Mais sobre isso adiante. Antes, veremos como nossos ancestrais conseguiram transformar os humanos na primeira espécie verdadeiramente globalizada. ” [1]
O trecho acima representa a tese principal do autor em que o “homem moderno” teria sua origem na África, próximo onde hoje se localiza a Etiópia. Ele se utiliza dos estudos do genoma humano que foram feitos por cientistas das mais diversas áreas como Wilson, Cann, Luigi Luca Cavalli-Sforza, entres outros. Também se baseia nos estudos consórcios entre países que desenvolveram um projeto de mapeamento genético como o Projeto Geográfico do National Geographic e o consorcio entre China e Estados Unidos. A partir desses estudos que ao analisarem o material genético (DNA mitocondrial nas mulheres e o cromossomo Y nos homens) de várias pessoas ao redor do mundo obtiveram o resultado que todos os seres humanos são oriundos de uma “mulher que teria vivido há cerca de 200 mil anos, provavelmente na África”[2] e o “Adão Africano”[3], o autor desenvolve e comprova sua tese que o casal de Homo sapiens originas são de origem africana e são os responsáveis, inconscientemente, pelo povoamento do mundo inteiro. Com essa origem estabelecida na África, o autor busca esclarecer como o homo sapiens moderno colonizou o mundo.
“Quando um pequeno grupo deu passo grandioso de cruzar o mar Vermelho e penetrar na costa sul da Arabia, o mundo se abriu. Seguindo manadas de animais até o Oriente Médio ou acompanhando os leitos de crustáceos ao redor da Península Árabe e até a Índia, os humanos foram lançados em uma jornada que resultaria em povoar o planeta inteiro. ”[4]
O autor, neste primeiro capitulo de seu livro, descreve além da origem, como ocorreu e por onde passou a rota de migração do homo sapiens para os mesmos colonizarem desde a África até atravessarem os mares pelo estreito de Beríngia e chegarem nas Américas.
As rotas utilizadas pelo homo sapiens que saíram do continente Africano, especificamente da parte oriental da África e atravessam o Oriente Médio e dividem, uns grupos de migração se estabelecem; uns grupos vão para Europa (1° migração); outros grupos vão para a Ásia central onde alguns se estabelecem, migram novamente para a Europa (2° migração), para Sibéria e posteriormente para a América; grupos seguem no processo de migração chamado “Expresso para Austrália” (é considerada expressa, pois foi a migração mais rápida comparada as outras migrações que ocorreram) que passa pelo Oriente Médio, Índia, China e como destino final a Austrália. Estas rotas ficam mais evidente no mapa acima do livro de Nayan Chanda.
“Meu relatório de genoma me disse que meus ancestrais estavam no grupo maior que desviou para o leste e continuou a viagem através dos atuais Irã e Afeganistão. Nesse momento, meus ancestrais haviam adquirido uma nova e rara linguagem M201. O relatório dizia que o M201 ‘apareceu pela primeira vez no vale do Indo, no norte da Índia, na linhagem M89, e posteriormente se dispersou durante os 10 mil ou 20 mil anos seguintes’. Aparentemente alguns de meus ancestrais seguiram o rumo oeste para a Anatólia e a Europa Central, já que a linhagem M201 é encontrada entres as pessoas daquela região”[5]
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