Revolução Americana e Independência das Américas
Por: secrets0120 • 8/8/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.678 Palavras (7 Páginas) • 218 Visualizações
Revolução Americana: A primeira reação americana contra a metrópole
Na segunda metade do século XVIII, o Parlamento britânico tomou uma série de medidas coercitivas que intensificavam o controle sobre o comércio. Essas medidas visavam aumentar a arrecadação fiscal da metrópole.
Havia diversas leis que incluíam proibições, taxações e perda do monopólio das colônias. Entre elas estão a Lei do Açúcar (1764), a Lei do Selo (1765) e a Lei do Chá (1773). O golpe final da metrópole ocorreu após a criação das Leis Intoleráveis (1774), que era um conjunto de medidas altamente repressivas que visavam reprimir as reações dos colonos às outras leis.
As colônias se reuniram, em 1774, no Congresso Continental da Filadélfia pedindo o fim das medidas restritivas a seu desenvolvimento. Com isso, a metrópole reagiu aumentando ainda mais a repressão, que foi seguido por uma série de conflitos armados que contribuíram para a adesão de alguns setores conservadores das colônias do sul às reivindicações e para o retorno da autonomia. Começando então, a guerra pela independência das 13 colônias.
O Segundo Congresso da Filadélfia, no qual se iniciou a redação da Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América, finalizada em 4 de julho de 1776. A Declaração de Independência das colônias mais tarde formaria os Estados Unidos da América.
A Revolução Americana de 1776 foi a primeira rebelião do mundo colonial a ser bem-sucedida. O processo emancipador foi pautado em diversos ideais iluministas, como liberdade, justiça e combate à opressão.
Independências Na América Espanhola
No final do século XVIII, a Espanha apresentava economia agrária, uma sociedade que era rigidamente hierarquizada, administração ineficiente e um conservadorismo que dificultava a implementação de mudanças.
O reinado de Carlos IV (1788-1808) pautava-se pelo absolutismo e por uma frágil política econômica. As colônias na América deveriam pagar tributo, fornecer metais preciosos e comprar as onerosas manufaturas metropolitanas.
À medida que os interesses econômicos da elite criolla iam sendo cada vez mais contidos pela administração colonial, as diferenças entre colônia e metrópole se intensificavam, fazendo com que os criollos desejassem ainda mais romper com a estrutura vigente.
O contingente indígena tinha um peso significativo. No Peru, por exemplo, em uma população de 1 115 207 habitantes (em 1795), 58% eram indígenas; 20% mestiços; 10%, negros livres e escravos; e 12%, brancos. A elite – europeus e descendentes – temia as massas nativas e suas revoltas.
Uma dessas temidas revoltas foi a rebelião de Tupac Amaru, em 1780, no Peru, um movimento indígena que teve a participação de africanos e afrodescendentes interessados no fim da escravidão.
A invasão da Espanha por tropas de Napoleão Bonaparte, em 1808, acelerou o processo emancipacionista. Reunida nos cabildos, a elite criolla jurou fidelidade ao rei deposto. As juntas governativas instaladas no poder, em teoria, continuavam subordinadas à Espanha, mas com autonomia crescente. Com a derrota de Napoleão, em 1813, o rei Fernando VII voltou ao trono. Sem considerar as mudanças que haviam ocorrido, procurou manter a mesma política mercantilista e arbitrária em relação às colônias.
A Nova Espanha (atual México) era a mais rica das colônias espanholas. Com uma população de pouco mais de 6 milhões de habitantes, que era responsável por um terço da população total do império ultramarino. Os indígenas, mestiços, africanos, afrodescendentes, europeus e seus descendentes pobres viviam em condições precárias. Eles eram excluídos por lei dos cargos públicos e eclesiásticos, submetidos à opressão e eram vítimas da fome e de epidemias, constituíam um grupo de descontentes.
No início do século XIX, um grupo de criollos não conformistas passou a conspirar contra a metrópole. O padre Miguel Hidalgo, inspirado pelos ideais iluministas, ele tinha como objetivo melhorar a vida de indígenas e mestiços.
No dia 16 de setembro de 1810, Hidalgo proferiu seu “Grito de Dolores”. Invocando a proteção de Virgem de Guadalupe – padroeira do México -, convocou indígenas e mestiços a se juntarem a ele num levante cujos objetivos eram eliminar o domínio espanhol, defender a religião, abolir a escravatura e promover a devolução das terras às comunidades indígenas.
Os rebeldes formaram um exército com cerca de 80 mil homens, que saquearam aldeias e povoados, executaram espanhóis e chegaram a ameaçar a Cidade do México. Entretanto, os realistas começaram uma violenta contraofensiva, e Hidalgo foi preso e fuzilado. A rebelião não estava vencida e, sob o comando do padre José Maria Morelos, o movimento revolucionário renasceu. Pouco tempo depois, Morelos foi capturado, levado para a Cidade do México, julgado e condenado à morte. Apesar disso, a emancipação política do México foi retomada pelas forças conservadoras. Agustín de Iturbide, um militar que se destacou nas lutas contra Hidalgo e Morelos, considerou o processo de independência irreversível e negociou com o líder rebelde Vicente Guerrero.
Como nenhum monarca europeu monarca foi designado para governar o México, Augustín de Iturbide foi designado imperador do México. Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Honduras e Costa Rica aderiram ao Império Mexicano, que durou mais de um ano (1822-1823). Agustín de Iturbide foi deposto pelo general Antonio López de Santa Anna, que proclamou a república. Em 1823, a antiga capitania da Guatemala separou-se do México, formando a federação independente das Províncias Unidas da América Central, a qual mais tarde se fragmentou formando vários novos países.
América Andina
Simón Bolivar era o grande articulador e executor do movimento emancipatório. Após engajar-se nas lutas pela independência, apoiou Francisco Mirando quando este proclamou a Primeira República Venezuelana, em 1810 que acabou fracassando. Após uma nova tentativa de fundar a Segunda Republica Venezuelana, em 1812, no qual também foi sucumbido diante da reação espanhola. Ele refugiou-se na Jamaica e, depois viajou ao Haiti, onde recebeu o apoio do presidente Alexander Prétion. Em 1816, Bolívar retornou à Venezuela, iniciando uma campanha de emancipação das colônias que resultou na independência da Colômbia, da Venezuela e do Equador. Resumidamente, as independências na América Espanhola foram obra da elite criolla. Indígenas, afrodescendentes e mestiços que foram incorporados ao processo pelas partes em conflito de acordo com seus interesses e necessidades.
Haiti
Durante
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