Revoluções Liberais
Casos: Revoluções Liberais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RuanM15 • 3/3/2015 • 1.519 Palavras (7 Páginas) • 519 Visualizações
O Congresso de Viena (1814-1815) propôs a restauração das monarquias absolutistas nos países europeus, unindo forças tradicionais da nobreza e do clero. Porém, tal tendência conservadora prevaleceu na Europa, por apenas alguns anos. A partir de 1850, a Europa absolutista foi cedendo lugar a uma nova Europa predominantemente liberal.
De 1830 a 1848, a Europa enfrentou um complexo conjunto de fatores socioeconômicos negativos: queda de colheitas, situação de miséria do operariado, ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador e repressão à liberdade de expressão. Essa situação de crise e insatisfação social possibilitou a aliança temporária entre setores da pequena e média burguesias com o operariado, cada vez mais consciente da exploração social de que era vítima. Dessa aliança instável nasceram diversos movimentos revolucionários de contestação às estruturas de poder vigentes em grande parte da Europa.
REVOLUÇÕES LIBERAIS DE 1830 - 1848
REVOLUÇÃO DE 1830 – TRECHO I
A reação conservadora resultante do Congresso de Viena e da Santa Aliança, assinada entre Áustria e Rússia com o apoio da Inglaterra, não consegue impedir que os ideais revolucionários continuem a se expandir. Por volta de 1830 ressurge na Europa o processo de revoluções liberais que começa com a Independência dos Estados Unidos em 1776 e tem seu auge na Revolução Francesa em 1789. Além dos princípios liberais as revoluções de 1848 incorporam as lutas do proletariado.
Era do liberalismo – As revoluções eclodem em vários países da Europa tendo como características comuns o nacionalismo, o liberalismo e elementos do socialismo. O nacionalismo faz com que os povos de mesma origem e cultura procurem se unir; o liberalismo se opõe aos princípios da monarquia; e o socialismo direciona para reformas sociais e econômicas profundas contra a desigualdade. Os conservadores tentam consolidar a restauração monárquica, enquanto os liberais querem a expansão econômica, social e política capitalista. “Primavera dos povos” – É como fica conhecido o período dos movimentos revolucionários de independência nacional ocorridos na Europa entre 1848 e 1849, embora nem todos tenham se consolidado. Em várias partes da Europa eclodem revoltas em busca da independência e da identidade nacional.
REVOLUÇÃO DE 1830 – TRECHO II
Onda revolucionária, que começou na França e se estende por quase toda a Europa. O pano de fundo foi comum: propagação do liberalismo e nacionalismo como ideologias; a subprodução agrícola (acarretando alta de preços de gêneros alimentícios) e o subconsumo da indústria (provocando falência de fábricas e o desemprego do proletariado); descontentamento do proletariado urbano, devido ao desemprego, a salários baixos e à alta do custo de vida; descontentamento da burguesia, excluída do poder político e atingida pela crise econômica.
REVOLUÇÃO DE 1848
Onda revolucionária da Europa, com maior presença do movimento operário e um forte nacionalismo (Primavera das Nações ou dos povos), seguida por contra-revoluções. Tiveram sua eclosão em função de regimes governamentais autocráticos, de crises econômicas, de falta de representação política das classes médias e do nacionalismo despertado nas minorias da Europa central e oriental, que abalaram as monarquias da Europa, onde tinham fracassado as tentativas de reformas políticas e econômicas.
REVOLUÇÃO DE 1848 NA ITÁLIA
A Itália, em 1848, estava dividida em vários Estados, todos eles com governo tipicamente despótico. A crítica a este regime era conduzida pelas sociedades secretas, principalmente a Carbonária. Ao mesmo tempo, reformas liberais visavam à unificação dos Estados italianos. Para tanto, seria preciso expulsar os austríacos, que desde o Congresso de Viena adquiriram supremacia sobre a Itália.
Em janeiro deu-se uma revolta no Reino das Duas Sicílias. O rei Fernando II foi obrigado a conceder uma Constituição, o mesmo ocorrendo na Toscana e no Estado papal.
No reino de Lombardia iniciou-se séria oposição aos austríacos. O rei de Piemonte, Carlos Alberto, tomou a liderança da revolta, declarando guerra aos austríacos. Os exércitos austríacos obtiveram duas vitórias (Custozza e Novara), forçando Carlos Alberto a abdicar em nome de seu filho Victor-Emanuel II. A repressão implantada pelos austríacos foi violenta em toda a península. A tentativa liberal e nacionalista dos italianos tinha sido frustrada.
REVOLUÇÃO DE 1848 NA FRANÇA
Resulta da crise econômica, desemprego e falta de liberdade civil. Os operários se revoltam contra as condições de vida. A burguesia se vê obrigada a atender ao movimento revolucionário adotando o sufrágio universal, a democracia e os direitos trabalhistas.
Segunda República – A insurreição de trabalhadores, estudantes e da Guarda Nacional força a abdicação de Luís Felipe, o “rei burguês”, e a nova proclamação da República, em fevereiro de 1848. Forma-se um governo provisório, composto de liberais e socialistas. Os trabalhadores começam nova insurreição em Paris, reprimida pelo Exército com mais de 10 mil mortos.
Império de Napoleão III – Em novembro é proclamada a Constituição republicana e realizada a primeira eleição presidencial direta na França, vencida por Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão. Em dezembro de 1851, com o apoio da Guarda Nacional, burguesia e massas de desempregados, Bonaparte dá um golpe de Estado, dissolve a Câmara e suspende as liberdades civis e políticas. Proclama-se Napoleão III e instaura um império hereditário.
REVOLUÇÃO DE 1848 NA ALEMANHA
As reivindicações revolucionárias francesas se propagam pela Alemanha. Trabalhadores levantam barricadas em Berlim e a burguesia toma posição contra o poder constituído. O povo nas ruas exige a formação de uma milícia popular, liberdade de imprensa e integração da Prússia à Alemanha. Em março de 1849 é aprovada a Constituição imperial alemã: o imperador hereditário passa a compartilhar o governo com o Parlamento (Reichstag). Logo em seguida ocorre a reação conservadora com a retirada dos deputados prussianos e austríacos da Assembleia Constituinte. Esta é dissolvida e novas insurreições populares são reprimidas pelo Exército.
PRINCÍPIOS DO LIBERALISMO DO SÉCULO XIX
- Defesa da propriedade privada;
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