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Rococó - Origem, Características E Obras

Artigos Científicos: Rococó - Origem, Características E Obras. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  19/11/2013  •  5.380 Palavras (22 Páginas)  •  7.368 Visualizações

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE ENGENHARIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Juliana Santa Bárbara

Projeto Paisagístico

Área de Lazer de um Hotel

Governador Valadares

Outubro/2013

FABIANE SENA

JÉSSICA CARDOSO

JULIANA SANTA BÁRBARA

Projeto Paisagístico

Área de Lazer de um Hotel

Projeto elaborado para compor a aprovação na disciplina de Paisagismo I do curso de Arquitetura e Urbanismo, apresentado à Faculdade de Engenharia da Universidade Vale do Rio Doce.

Governador Valadares

Outubro/2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 CONCEITO E ORIGEM

3 CARACTERÍSTICAS

4 PINTURA

5 ESCULTURA

6 ARQUITETURA

6.1 Arquitetura Militar

6.2 Arquitetura Religiosa

6.3 Arquitetura Civil

7 CONCLUSÃO

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. INTRODUÇÃO

O trabalho que se segue busca caracterizar o Rococó, estilo artístico originalmente francês que sucede o barroco e antecede o arcadismo, exprimido na arquitetura, pintura e esculturas. Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis e no retrato da vida na corte, por exemplo.

O Rococó é conhecido como o “estilo da luz”, essa nomenclatura se associa ao século XVIII, século de paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das Luzes começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó.

2 CONCEITO E ORIGEM (1730 A 1800)

Rococó é um estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco, porém mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores. Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura expandiu-se para todas as artes. O estilo foi difundido principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal.

No Brasil o estilo revelou-se tardiamente, no início do século XIX, na escultura de madeira e de pedra-sabão, na pintura mural e na arquitetura, e teve como principais artistas José Pereira Arouca, Francisco Xavier de Brito, Manuel da Costa Ataíde e António Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

A palavra rococó vem de duas palavras francesas: "rocaille", que significa rocha ou gruta, e "coquille", "embrechado", que quer dizer conchas e fragmentos de vidro utilizado originariamente na decoração de grutas artificiais.

O rococó é visto por muitos como uma variação "profana" do barroco e surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. O amor e o romance eram considerados assuntos mais importantes que a história e religião. A arte Rococó refletia valores de uma sociedade fútil que buscava nas obras de artes algo que lhes desse prazer e as levassem a esquecer de seus problemas reais.

Diferenças entre o Rococó e o Barroco

O Rococó é um estilo artístico que nasceu na França no ano de 1700, espalhando-se pela Europa no século XVIII. É considerada uma espécie de continuação um pouco modificada da arte barroca. Todavia, diferencia-se do Barroco principalmente pela leveza e delicadeza com que se exprime, oferecendo menos exuberância e vigor.

Ao contrário do Barroco, que se prendia fortemente à figura religiosa, a temática do Rococó mostra preferencialmente uma vida de divertimento, que levou uma parte da crítica a classificá-lo de pintura fútil.

No caso da França, a vida da corte era objeto comum da arte rococó, tratada de maneira crítica ou não.

Trata-se de um termo primitivamente associado às artes decorativas e que acabou sendo usado também para designar a arquitetura, a pintura e a escultura do período.

Tal como acontecera com o Barroco, o Rococó também ganha características locais nos diferentes lugares em que se manifesta.

3. CARACTERÍSTICAS

O Rococó é conhecido como o “estilo da luz” devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII, século da luz.

Contrastando com a dramaticidade pesada e a religiosidade do barroco, existe uma alegria na decoração carregada, na teatralidade, na refinada artificialidade dos detalhes.

Busca-se pelo exagero, comemorar a alegria de viver, refletido nas obras sacras em que o amor de Deus pelo homem assume agora a forma de uma infinidade de anjinhos rechonchudos.

Na arquitetura, o estilo é marcado pela sensibilidade, vista na distribuição dos ambientes interiores, buscando valorizar um modo de vida individual e caprichoso. A decoração dos espaços interiores é revestida de abundante e delicada ornamentação.

Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. As paredes ficam mais claras, com tons pastel e o branco. Guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes.

As salas e os salões têm, de preferência, a forma oval e as paredes são cobertas com pinturas de cores claras e suaves, espelhos e ornamentos com motivos florais feitos com estuque. Em oposição ao interior rico em elementos decorativos, a fachada dos edifícios reflete um barroco sem exageros ou o estilo clássico dos renascentistas italianos. A arte desenvolvida dentro do estilo rococó pode ser caracterizada como requintada, convencional e aristocrática. Expressavam-se somente sentimentos agradáveis.

Podem-se definir como principais características do Rococó: Uso de cores luminosas e suaves, tons pastéis, contrapondo com as cores fortes do Barroco; Presença de leveza, elegância e alegria; Utilização de linhas leves, sutis e delicadas, como também linhas curvas; Usa-se bastante a natureza como tema: pássaros, flores delicadas, plantas, rochas, cascatas de águas, conchas, vegetação; Uso de temas relacionados à vida cotidiana e relações humanas; Representação da vida profana da aristocracia; Arte sem influência de temas religiosos (exceção do Brasil); Busca refletir o que é refinado, agradável, sensual e exótico; cenas eróticas e pastorais; Função decorativa da arte; Caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas de gala, em que os pintores representavam os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais; Uso de formas curvas em abundância e elementos decorativos, como conchas, laços e flores; Leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberância.

4. ESCULTURA

Surge em 1715 na França nos finais do reinado de Luís XIV. É uma Arte subordinada à ornamentação da arquitetura ou à produção de objetos de caráter funcional. Abandonando as linhas do Barroco os escultores do Rococó criam seus estilos, sendo suas esculturas menores e apresentando formas sofisticadas leves e elegantes, acentuam as linhas curvas e contracurvas, tornaram-nas, todavia, mais delicadas e fluídas organizadas em estilizados esses (s), em expressivos cês (C) ou ainda em contra curvados duplos. Devido ao grande desenvolvimento decorativo a escultura ganha importância.

O Rococó essencialmente na sua estetica é caprichoso, elegante e refinado, pelas cores suaves, linhas delicadas, sinuosas e informais. Ele procura retratar as pessoas mais im¬portantes da época que são escupidas em mármore. Embora usem o mármore, para retratar as pessoas preferem o gesso e a madeira, que aceitam cores suaves.

Os materiais mais utilizados foram a pedra e o bronze (para as grandes obras escultóricas de exterior); também o bronze, o ouro e a prata (para a escultura de pequena dimensão e objetos ornamentais); a madeira, a argila, o estuque e o gesso e uma novidade – a porcelana – a que os franceses deram o nome de biscuit, material muito usado na produção de pequenas esculturas. As peças de porcelana assumiam formas ainda mais caprichosas e sinuosas, respondendo cada vez mais a objetivos decorativos e ornamentais. É nessa época que surge a indústria da escultura de porcelana na Europa, material trazido do Extremo Oriente.

Os escultores rococós alemães, franceses, italianos, espanhóis criaram modelos para serem fabricados de estatuetas reproduzidos em temas campestres, da sociedade e miológicos. Dentre escultores decorativos estão, François Boucher e Étienne Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estátuas de Vênus, banhistas, ninfas e cupidos para a Manufatura Real de Porcelana de Sévres. A silueta humana é retratada de forma alongada, leve e graciosa nos gestos e posiçoes sensuais.

Tendo funçao decorativa a escultura dos espaços integra-se a arquitetura e cobre toda superficie, assim acontece surgindo geralmente no interior das igrejas e de palácios; os motivos são escolhidos em função da decoração e são caracterizadas pela presença de anjos, folhas, flores em sua arquitetura.

O artista abre mão da simetria tornando suas obras mais ornamentadas, floridas e alegres, seus mobiliários elegantes e ornamentados com pequenas esculturas leves e delicadas dispostas assimetricamente. O móvel era a preocupação máxima da época. Luxuosos delicados e funcionais entalhados decorados com mármore, elementos dourados e prateados, Arranjos, variedade cromática - devido ao emprego de madeiras raras -, acompanhada pelo requinte das linhas.

Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".

5. PINTURA

A pintura do rococó sofreu uma grande transformação em relação à pintura do barroco que tinha características teatrais, heroicas e dramáticas, realistas e populares, com o rococó passam a ter outras características como fantasia e erotismo, aristocratismo e mundanidade e a graciosidade decorativa. As grandes transformações aconteceram principalmente na pintura religiosa, onde nas pinturas era comum encontrar acontecimentos sagrados narrados de forma dramática como martírios cruéis, calvários sangrentos e outros, no rococó os temas retratados são mundanos e galantes, no novo estilo as pinturas se voltam quase que exclusivamente na retratação das graças da mulher, cenas de salão e interiores luxuosos, festas e reuniões em parques e jardins, nus femininos e outros.

As técnicas usadas para se fazer às pinturas também sofrem mudanças, as pinceladas impulsivas e pastosas, os violentos contrastes de claro com escuro e as cores intensas para representar o drama no barroco passam a ter características nas pinturas de pinceladas rápidas, leves e curtas, desenhos para decoração, tonalidades claras e com luz, os pintores começam a fazer a representação dos tecidos finos como seda, tafetás, veludos e outros, as cores vivas dão lugar a tons pastéis, as pinturas passam a ter noção de perspectiva nos tetos de igrejas. No rococó as cores que predominam nas pinturas são rosa, azul, verde, lilás, cores que expressam delicadeza, cores muito usadas em edificações de igrejas e palácios que agora se integra a pintura. No novo estilo a elegância se sobrepõe ao realismo. As texturas se aperfeiçoam e os brilhos começam a serem melhores trabalhados.

Foi durante o estilo rococó que surgiu uma particularidade, começa a aparecer retratistas femininos, outra particularidade da época é a generalização da técnica do pastel, parecido com um giz de cera o pastel tem diferenciação por ser pastoso e aderente esse é aplicado em papel rugoso ou em superfícies ásperas, o pastel foi muito utilizado nessa época, com utilização dele os pintores tinham a facilidade de expressar efeitos de delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele feminina, sedozidade, brilho e luzes dos cabelos. A maioria dos pintores do período do rococó foram também pastelistas.

A Pintura no rococó não ficou ligada somente ao fenômeno doméstico, a pintura encontra espaço também na decoração de edifícios públicos e igrejas, a pintura entrava nos ambientes como uma composição importante, fundamental em uma “obra de arte total”, interagia a arquitetura com o mobiliário e os acessórios usados na decoração como as pratarias, destacando a função do espaço. Na França e na Inglaterra esse estilo assumiu uma forma profana, em outros lugares da Europa como o sul da Alemanha deixou edificações religiosas maravilhosas, o mesmo aconteceu no Brasil, onde os pintores da região de Minas Gerais que tinham como líder o Mestre Ataíde criaram através de um rococó tardio e ingênuo a primeira escola de pintura nacional.

O mestre Manoel da Costa Ataíde é nome na pintura do rococó no Brasil, ele fez trabalhos como os forros da nave da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto, das capelas-mores de Santo Antônio de Itaverava e de Santa Barbara, e o forro da igreja nossa Senhora do Rosário em Mariana, onde ele mostra o domínio de pintura em perspectiva área, típica do rococó mineiro no século XVIII. Os riscos pintura e douramento do altar-mor, pinturas do arco-cruzeiro, tribunas e portas, douramento de seis altares, púlpitos, pintura e douramento do oratório da sacristia e moldura dos espelhos na Igreja nossa Senhora do Carmo, são citações de trabalhos de pintura feitas pelo Mestre Ataíde.

A Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto possui esculturas e riscos de Aleijadinho e a pintura do forro feita por Ataíde que criou no teto da igreja a ilusão de penetrar no céu, no centro colocou a imagem de Nossa Senhora com mãos postas, lua sob os pés, coroada de estrelas retratando o que diz no livro de apocalipse, coroação de Nossa Senhora dos anjos ou da Porciuncula conhecida também como Santa Maria dos Anjos (região onde nasceu Assis, fundador da ordem de São Francisco). Também há imagens no forro da igreja anjos músicos, o rei Davi, doutores da igreja como São Jerônimo, Santo Agostinho, São Gregório, Santo Ambrósio pintados nos quatro cantos das paredes das capelas mor.

Apesar de seu valor como obra de arte autônoma, a pintura do rococó era concebida muitas vezes como parte integrante de uma concepção global de decoração de interiores. Quando se analisa o estilo percebe nas pinturas que existe uma alegria na decoração carregada na teatralidade com riqueza de artificialidade de detalhes.

Pintor Rococó em Minas: Mestre Athayde (1762-1830)

O pintor Manoel Costa Ataíde nasceu em Mariana, Minas Gerais no ano de 1762, ficou conhecido pelo seu trabalho como artista destacando-se por trabalhar com pinturas ilusionistas de perspectiva, que dá a impressão a quem vê de estar dentro dos espaços celestes.  

6. ARQUITETURA

6.1 Arquitetura Religiosa

As igrejas do estilo rococó apresentam características como aparências alegres, viva com cores claras é um estilo que se dedica mais a decoração, nas igrejas feitas nesse estilo pode-se notar que apresentam menos ouro no interior e mais no seu exterior e apresentam muitas pinturas. Os santos das igrejas são de partes encaixadas, como elas eram levadas ao local através de viagens de navio essa era a melhor opção para não quebrarem e não racharem, estes eram feitos com cabelos naturais na Europa, pois as mulheres doavam seus cabelos para as igrejas quando os cortavam. Na Europa as igrejas retratavam mais o próprio país do que propriamente Jesus e a bíblia, isso aconteceu porque o estilo veio da França e lá predominância de castelos é maior do que igrejas.

As igrejas do estilo rococó têm decorações carregadas, as cúpulas são menores do que as igrejas do estilo barroco, as paredes são mais claras, com tons de pastel e branco, guarnições são douradas com ramo, flores e anjos que contornam as janelas ovais, isso era responsável por quebrar a rigidez das paredes das igrejas.

No Brasil são encontradas diversas edificações religiosas do estilo rococó.

Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Recife

É uma Igreja que segue o estilo rococó construída entre os anos de 1687 a 1767, como demorou anos para ser construída a basílica passou de um estilo a outro de acordo com historiadores, nela pode encontrar traços do barroco primitivo ao barroco – rococó. A igreja tem uma decoração em seu interior em talha dourada, característica principal do estilo rococó. O corpo principal dessa igreja é de dois pavimentos cada um tem três aberturas de arco feitos em ornamentos de cantaria, no andar superior entre as janelas foram feitos dois nichos onde se encontram estátuas, os nichos foram interligados na parte de cima a óculos que são fechados com grades, estes são também ornados em sua volta.

A igreja Nossa Senhora do Carmo possui duas torres nas laterais, mas somente uma teve sua construção concluída, essa tem aproximadamente cinquenta metros de altura, essa torre é dividida em quatro pisos, na base tem um arco pleno e acima portas com arcos de forma achatado em qual o valor da frecha é inferior à metade do raio, um óculos mais simples e com balaústre, já a janela superior é a sineira também foi feita em arco pleno. Nas torres é importante ressaltar que elas são coroadas com uma cúpula que tem diversas cornijas com ornamentos, óculos, pináculos e cruz.

A fachada da igreja tem uma forma triangular de vértices truncados com lados curvos, onde tem o brasão da ordem, um pináculo e uma cruz que compõem a fachada frontal da igreja.

No interior da igreja nos mais altos destacam-se doze altares secundários a capela mor, posterior a altar se encontra uma enorme imagem de Nossa Senhora do Carmo com anjos e santos ao seu redor, o local da imagem foi trabalhado com talha dourada, se fazendo uma moldura. Os altares de Nossa Senhora da Candelária, santa Tereza, São Crispim e São Crispiniano também foram atribuídos aos seus altares uma belíssima decoração.

A igreja Nossa Senhora do Carmo já passou por diversas intervenções entre os séculos XIX e XX, isso acabou retirando ou obstruindo muitos dos aspectos originais da edificação, sendo que a maior foi nas pinturas de talhas, mas recente ela passou por restauração revelando sua beleza e em 2001 foi feita a sua inauguração.

Igreja São Francisco de Assis, Ouro Preto

Mais que uma igreja é uma maravilha arquitetônica, a Igreja São Francisco de Assis de Ouro Preto é um dos grandes tesouros artísticos deixados pelo artista brasileiro: Antônio Francisco Lisboa, chamado o Aleijadinho. Em plena maturidade artística Aleijadinho realizou este conjunto de maravilhas esculturais, arquitetônicas, talha e ornamentação. O exterior da igreja foi todo trabalhado com detalhes de pedra sabão, sendo a mais rebuscada em relação às igrejas daquele século. Está presente no alto da entrada principal da igreja a imagem da nossa senhora da conceição e um medalhão onde mostra São Francisco de Assis recebendo as chagas de cristo. Por aprecentar uma forma curviliena na entrada principal e no corpo da igreja esta é caracterizada como estilo rococó, onde suas torres apresentao formatos cilindrico e recuadas.

Em relação ao interior a igreja apresenta elementos mais detalhados, onde as paredes e os tetos são trabalhados com folheados a ouro e os tetos são constituidos de madeira esculpida. Nos altares laterais foram empregados o uso de arranjos, flores e espinhos, foram pintados de branco e ouro, que é bem típico do estilo rococó. A igreja e compriendida por uma capela-mor que é coberta com abobada feita de madeira possuindo quatro medalhões dos santos São Conrado, Santo Ivo, Santo Antonio e São Boaventura que possuem formatos ovais e ficam posicionados nos cantos.

Ao chegar ao final da capela-mor, é possível visualizar a sacristia, onde esta contém um lavabo esculpido em pedra sabão, onde era muito usado pelo padre para que ele fizesse a purificação de suas mãos antes de realizar as missas.

Já no teto da igreja podemos encontar uma pintura feita pelo Pintor Mestre Ataíde onde está presente o desenho de Nossa Senhora dos Anjos, onde através dessa pintura temos a sensação que estamos indo em direção ao céu, onde isto é intensificado com a presença das colunas que tem o objetivo de sair do terreno material para o terreno divino, na pintura estão presentes também anjos que tocam estrumentos e dançam com o intuito de celebrar, fazendo assim um culto a divinidade. A arte da pintura trasmite um ilusão gerada através da imprenssão que se tem que a nave se abre indo ao encontro do céu, pois isto acontece pela presença da pespectiva no desenho. A maior parte dos materiais empregados na pintura de Nossa senhora dos anjos foram trazidos de Portugal, onde entre eles estão presentes o branco de chumbo, o vermelhão e pigmentos da terra, o pigmento amarelo ouro, o azul da Prússia, o preto de carvão vegetal, o verde-gris, o resinato de cobre e as lacas vermelhas.

Planta Baixa da Igreja São Francisco de Assis

Elementos Construtivos da Igreja São Francisco de Assis

Igreja Santa Efigênia, Ouro Preto

Localizada no topo de uma colina na cidade de Ouro Preto a Igreja de Santa Efigênia foi construída pelos fiéis no ano de 1733, esta apresenta uma belíssima vista para a cidade devido sua alta altitude, mas esta por sua vez fica afastada e situada na parte mais antiga do velho bairro do Padre Faria. A igreja de Santa Efigênia ficou conhecida também por outro nome como o de Rosário do Alto da Cruz do Padre Faria. Ela recebeu este nome porque serviu como refúgio para os negros escravos, onde a irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos só aceitavam para participar das missas os brancos. Pelo fato de muita confusão no ano de 1740 os brancos optaram por frequentar a capela do Padre Faria, onde os brancos não aceitavam que os negros pudessem frequentar a missa.

Em 1747 foi implantada a decoração interna da igreja, onde iniciou pelos dois altares da nave que fica perto do arco-cruzeiro. O responsável pelo risco dos altares e pela administração da obra foi o entalhador Francisco Branco, e junto a ele trabalharam Francisco Xavier de Brito e Manuel Gomes da Rocha que ficaram responsáveis pelas obras de talha no que diz respeito às estatuas.

Em relação à capela-mor no ano de 1754 teve início os trabalhos no forro onde Felipe Vieira executou a obra e foi nomeado anos depois por ser um dos mais importantes arrematantes da obra de talha junto com o Jeronimo Félix Teixeira. Estes também trabalharam na fatura de uma grande quantidade de castiçais de madeira para os altares da capela mor.

Entre o ano de 1777 e 1780 foram realizadas as obras na fachada do templo, onde nesta mesma obra fizeram a escadaria fronteira.

Segundo os historiadores a igreja só ficou pronta no ano de 1785, onde esta data ficou marcada no pedestal da cruz que fica localiza em cima da fachada. De acordo com o historiador Germain Bazin na planta da igreja de Santa Efigênia foram empregadas formas mais elegantes e funcionais. Por possuir corredores laterais suspensos dentro da nave foi classificada como uma construção em que estava trazendo aspectos de evolução para a arquitetura religiosa mineira. Não se tem nenhum documento onde relata, mas extraoficialmente a autoria da planta é creditada a Manuel Francisco Lisboa que foi o pai de Aleijadinho.

Logo na chegada da igreja nota-se uma ampla escadaria com quarenta e dois degraus de pedras, a igreja foi implantada sobre uma plataforma e tem um anexo ao lado esquerdo do portão onde se localiza o cemitério da irmandade. O frontispício é dividido em três corpos, sendo central avançado e esquadrejado por cunhais com capiteis jônicos. Os corpos laterais das torres tem forma de prisma, com os cantos arredondados, isso gera um resultado intrigante entre o canto curvo convexo na encosta da base da torre com o corpo central. Possui portada principal em verga reta e portal modulado encimado por frontão triangular quebrado que faz corpo com um nicho circular terminado por duas volutas e um concheado. O interior do nicho conta ainda em sua parte superior com uma belíssima imagem de Nossa Senhora do Rosário.

Durante o século XIX foi realizado algumas reformas de restauração, onde fizeram a repintura da talha da capela mor, e pintaram com tinta a óleo branca as paredes, a tarja os púlpitos, tapavento e o teto da igreja.

7.2 Arquitetura Militar

Foram deixados varias marcas em diversos aspectos pela herança portuguesa principalmente com relação à arquitetura militar do Brasil colonial.

Para dar segurança a coroa portuguesa em terras brasileiras foi de suma importância às construções de fortificações e estocadas, pois essas edificações militares no litoral Brasileiro associa-se a necessidade de proteger e assegurar contra invasão de holandeses ou franceses. O principal objetivo da arquitetura militar era de proteção e defesa do território brasileiro, dando apoio e servindo como base para os soldados e para armamento bélico.

No Brasil colonial a atividade arquitetônica começou a partir de 1530, quando houve uma grande alavancada com a criação das capitanias hereditárias e fundação das primeiras vilas.

A partir da ligação entre Brasil e Portugal passa haver desenvolvimento no que diz respeito a tipos de materiais para execução das construções. Para proteger as terras da invasão dos inimigos que vinham do mar foram enviados arquitetos portugueses e engenheiros militares para projetarem e construírem fortificações.

Foram utilizadas pedras de lioz (mármore português) que se trata de uma pedra calcaria na execução das fortificações. Eram na maioria portugueses os engenheiros militares, outros italianos contratados por Portugal. No século XVII Francisco Frias de Mesquita veio ao Brasil nos anos de 1603 a 1635 construindo varias fortalezas.

Veio através dos engenheiros militares a arquitetura pombalina, classificada como proto-clássica abandonando o excesso de ornamentos do barroco e havendo uma racionalização do processo construtivo. Os fortes eram construídos com técnicas já conhecidas, com polígonos irregulares, pátios internos propiciando um pátio interno onde armazenava a pólvora e os equipamentos. Os baluartes dispostos em formas de pontas dando maior visão ao que acontecia dentro do forte.

Conclui-se que a arquitetura das fortificações do Brasil Colonial assimilou-se a tratados paladianos e a vestígios do Barroco. A arquitetura militar refere-se aos fortes e fortalezas destinadas à defesa das cidades. Como a maioria dos ataques estrangeiros aconteciam pelo mar, os fortes localizavam-se ao longo do litoral brasileiro. Essa arquitetura caracterizava-se pelo uso de materiais resistentes, como pedras e apresentava uma forma de construção mais elaborada. Tanto materiais como as pedras quanto a mão de obra especializada costumavam vir de Portugal para o Brasil.

Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Paranaguá Forte Ilha do MEL (portão de armas)

Detalhe da testada (Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Paranaguá Forte Ilha do MEL)

Fortaleza de Santa Cruz do Rio de Janeiro

Fortaleza de São José da Ponta Grossa – SC

7.3 Arquitetura Civil

Hotel de Soubise – Paris (1736 – 1739)

O estilo rococó apareceu na França por volta de 1700 e um excelente exemplo deste estilo é o Hotel de Soubise em Paris. Seu interior foi desenhado por Germain Boffrand em 1737 e é um dos melhores exemplos preservados de estilo rococó.

O Hôtel de Soubise foi construído para o príncipe e a princesa de Soubise no local de uma casa senhorial fortificada, que tinha sido anteriormente uma propriedade dos Templários.

Eles constituíram os novos apartamentos do Príncipe, no piso térreo e o da princesa, ambos caracterizados por salões ovais olhando para o jardim.

O Hotel de Soubise hoje abriga o Museu de História Francês e uma parte do Arquivo Nacional da França . ("Hotel" em francês está relacionado com o termo italiano "palazzo" e ser traduzido como "palácio da cidade.").

No hotel, sobretudo o Salão da Princesa, criou-se, com estuque, frisos que emolduram quadros e espelhos, guirlandas que se entrelaçam em sucessivas linhas curvas, enfim, um ambiente tão decorado que o olhar do observador é atraído sucessivamente para os mais diversos detalhes.

Vista do interior Elevação de parede que mostra

traços decorativos semelhantes na escultura

em madeira e trabalhos em estuque nas paredes

Salão da Princesa

A exuberância do rococó foi reservada para o interior do Hotel de Soubise, um exemplo é o Salão da Princesa. O ornamento dourado nos painéis de parede e nas molduras em torno dos espelhos apresentam motivos de escudo.

Normalmente, interiores rococós são terminados em branco ou em tons claros de azul em pó, rosa, celadon, ou amarelo com escultura e trabalhos em estuque, acentuado em dourado, folha de prata, ou em contraste branco.

A introdução da pintura ocorre frequentemente em painéis como os que flutuam entre os arcos no Salon de la Princesse. Os espelhos têm o efeito de contrariar os limites geográficos da sala. Ao contrário do conceito barroco de uma "continuidade" do espaço em que os limites ou fronteiras da sala ou espaço são delimitados, permite-se que o espaço possa fluir indefinidamente além. Esta ideia de estender o espaço através de espelhos tem suas origens no barroco e no classicismo francês, mas com efeitos diferentes. Aqui, a sala continua a ser um centro íntimo, protegido pela camada de segurança em torno do espaço óptico.

Anteriormente a sociedade ficava entretida em grandes espaços palacianos, mas deslocou-se para um ambiente mais íntimo com os partidos reunidos em residências particulares. Este é o ponto em que foi introduzido o estilo rococó, suavizando as linhas arquitetônicas mais fortes do período barroco.

Ao invés da janela de sacada, usada no barroco, prefere-se agora a porta-janela. Deste modo, entra muito mais luz, e, ao mesmo tempo evita-se que a janela surja como um “buraco” na parede, transformando-a pelo contrário, num harmonioso vão. Mas, acima de tudo, permite a entrada de uma luz rasante, e que permite a eliminação de ângulos mortos, não iluminados: uma coisa que o rococó tem repulsa.

Detalhe do salão oval do príncipe: presença de estuques com acabamento dourado, branco e azul pastel.

Salão oval da princesa: presença de postigo nas porta-janelas

O "salão de beleza" ou sala de estar é transformado em um espaço central para a aristocracia entreter os convidados e se envolver em uma conversa intelectual.

Interior Hotel de Soubise: guarnições douradas de ramos e flores, povoadas de anjinhos, contornam janelas ovais, servindo para quebrar a rigidez das paredes. O mesmo acontecia com a arquitetura palaciana.

Os espelhos decorativos acima das lareiras propositadamente respondem aos detalhes sinuosos esculpidos nas paredes. O dourado também é repetido por toda a sala nas paredes, móveis, lustres, e novamente em molduras de espelho. Em várias paredes, há quadros decorativos sem imagens dentro. O quadro não serve a arte como uma peça subordinada. Em vez disso, o quadro torna-se um objeto estético autônomo. De fato, as características ornamentais como espelhos tornam a arquitetura a ser apreciada como um bom trabalho de arte.

Em segundo lugar, rococó desenvolveu um material de qualidade ímpar , como evidenciado no Salon de la Princesse . Especificamente, o quarto conta com uma paleta predominantemente quente de cores brancas com tons de rosa quentes e azuis em pó. Ao fazê-lo, move-se propositadamente o Rococó longe da frieza cinza das paletas clássicas. A leveza é acentuada por grandes janelas, que chegam até o chão, reflexo dos espelhos, suavidade do piso em parquet, de ouro e prata que se materializa no douramento com brilho e cantos curvos.

No Salon de la Princesse, uma impressão de luz é dada pela utilização de superfícies lisas, de cor clara , superfícies curvas, ocasionalmente e extensas áreas de vidro ( janelas e espelhos). A luz é refletida de várias superfícies: os espelhos refletores, pisos escorregadios, e muitos enfeites de ouro nas paredes e móveis. Assim também, a escuridão adicional é dissolvida curvando os cantos entre paredes e entre as paredes e teto. Combinados, ele cria um efeito que parece que as paredes e o teto são de bloqueio.

Por fim, há aparente incongruência entre o tratamento exterior do Hôtel de Soubise e os quartos interiores em particular, o tratamento exterior do Hotel de Soubise é sobriamente clássico. No exterior encontra-se colunas duplas que foram popularizadas pelo projeto de Perrault para a fachada leste do Louvre. Decoração exterior composta de padrões contidos de sulcos horizontais e os acentos ocasionais de escultura em baixo relevo. No entanto, do lado de fora, não há reconhecimento do estilo rococó, que permeia em interior. O exterior conta com faixas horizontais e verticais (acentos das pilastras), contudo , o salão rococó é virtualmente ausente de todas as linhas retas. Em vez disso, há um uso exclusivo de curvas, arcos, e ornamento ondulado.

Exterior

Estudados individualmente, cada painel pintado também fornece uma extensão ilusionista do espaço físico do espectador. O decorador quebra os limites de arquitetura e projeta outra cobertura de espaço além do salão.

8. CONCLUSÃO

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITE: ArquiBrasil

http://arquibrasil.wordpress.com/

SITE: Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

SITE: Almanaque Brasil

http://www.almanaquebrasil.com.br

SITE: Escritório de Arte

http://www.escritoriodearte.com

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