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Ruanda uma Perspectiva Falhada

Por:   •  27/8/2015  •  Dissertação  •  10.947 Palavras (44 Páginas)  •  142 Visualizações

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Introdução

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 Curso irresistível da história da sociedade, mudou a face do mundo, Impérios poderosos desmoronaram-se, regimes consagrados pelos séculos desfizeram-se, surgem ideias progressistas ou reaccionárias, ultrapassadas ou de vanguarda, justas ou falsas mas provocam o choque de interesses individuais ou de classes.

Classes essas que têm como fonte de luta nas contradições antagónicas entre exploradores e explorados. A própria situação das classes exploradas na sociedade e os vexames que os opressores lhes infligiam impelem-nos para a luta revolucionária.

Como foi o caso da França, onde as pressões que se haviam acumulado na sociedade explodiram no fim do século XVIII de um modo tão violento que destruíram os alicerces da Europa, essa explosão foi a revolução francesa e o detonador a guerra de independência da América, inspirada pelo ideal revolucionário de que todos os homens são iguais.

Perante este exemplo, tendo a «Liberdade, Igualdade e Fraternidade» como recompensa, varias mudanças foram acontecendo no quadro político francês, onde o que a princípio, pretendera ser uma guerra de libertação contra a tirania de Monarcas despóticos, não tardou a transformar-se numa guerra de conquista, desencadeada pela França, sob a égide de um homem.

Nesta guerra se revelaram chefes militares, cujo talento bélico, energia e génio militar os fez sobressair nas fileiras como é o caso do jovem tenente Napoleão Bonaparte (1769-1821) que aos 16 anos de idade já era subtenente de artilharia (1785).

As suas vitórias tornaram-no popular, popularidade de que se serviu para ascender ao poder supremo, não como simples rei, mas como Imperador em 1799.

A Era Napoleónica teve início em 1799 com o Golpe 18 de Brumário e caindo este império na data de 1815 com a Batalha de Waterloo na qual Napoleão é derrotado pelas tropas inglesas.

O Período Napoleónico pode fragmentar-se em três partes: o Consulado, o Império e o Governo dos Cem Anos.

Durante o consulado foram criadas novas Instituições, e houve uma recuperação económica, jurídica e administrativa.

No Período Imperial, a França tornou-se um Império e Napoleão consagrou-se imperador, vindo, mais tarde, a realizar uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para o seu país, estabeleceu o Bloqueio continental na tentativa de enfraquecer a Inglaterra seu fiel inimigo.

Napoleão acaba por ser derrotado pelos aliados, mas numa fracção de tempo regressa a Paris reconquista o poder iniciando o Governo dos Cem Dias. Esse governo efémero é definitivamente derrubado na batalha de Waterloo e Napoleão é exilado para a ilha de Santa Helena onde termina os seus dias.

No estudo reflexivo deste tema, pretendo alcançar os seguintes objectivos:

  1. Conhecer como Napoleão Bonaparte de simples soldado, ascendeu a categoria máxima de Imperador.

  1. Saber que mudanças foram implementadas na França durante a era Napoleónica.
  2. Descrever o que foi o Golpe de 18 Brumário

Face ao tema e com o pressuposto de desenvolver em prol de mais um estudo sobre a história da revolução Francesa a partir de 1799, levantei as seguintes questões em torno do mesmo problema:

  1.  Porque Napoleão Bonaparte auto coroou-se Imperador?

  1. Que razões estiveram na base para que mesmo com a sua perícia e destreza como militar, após várias conquistas não foi capaz de manter-se vitaliciamente no poder como Imperador supremo da França?

  1. O que pretendia Napoleão quando decretou o chamado Bloqueio Continental?

Na expectativa de adquirir explicações sobre as questões colocadas na problemática, vamos apurar as seguintes hipóteses:

  1. Ao contrário do que era habitual anteriormente, os reis e outros altos cargos serem coroados pelo papa, Napoleão auto corou-se porque a Igreja já era submissa ao Estado, não precisando assim do Papa.

 

  1. O império de Napoleão era demasiado grandioso para poder ser dominado por um só homem, dotado ou não de perícia militar e como quase sempre mostrava-se implacável, nos últimos tempos Napoleão acabou por ser encarado fora de França, como um egoísta e destruidor.

  1. Na busca de outras maneiras para derrotar ou enfraquecer os ingleses o Império Francês decretou o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão determinava que todos países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo as exportações do país e causando uma crise industrial.

Ao cogitara pela primeira vez os meus questionamentos sobre Napoleão, deparei-me com varias dificuldades, a existência de uma bibliografia enorme e poucos livros e documentos encontrados e por fim a própria polémica suscitada por Napoleão Bonaparte, figura odiada por uns e adorada por outros[1]

Mesmo tendo uma extensa bibliografia, restringia-a ao máximo, optando por literatura reconhecidas, como Napoleão uma Vida politica de Steven Englund ou a obra de Godechot, Europa e América no Tempo de Napoleão; no qual pudesse ter uma visão básica sobre o período. Quanto as fontes, apesar de inicialmente parecerem de certa forma limitadas em número, mostraram ser muito satisfatórias tal como o indispensável Mémorial de Saint-Helene, de Las Cases[2], outras duas obras que são dignas de notas, pois foram verdadeiros achados para o assunto em questão: Napoleão, de Thierry Lentz e a Batalha de Waterloo (A ultima jogada de Napoleão) de Andrew Roberts.

Alem da conclusão, dividiu-se o trabalho em três capítulos, no primeiro capítulo, fiz uma breve abordagem da França anterior a revolução, os principais descontentes, crises, desigualdades, intervenientes nas diversas etapas e os pressupostos para o aparecimento do jovem que viria a ser o primeiro Imperador francês até ao golpe do “18 Brumário” após 10 anos de instabilidades políticas. Uma fase caracterizada, principalmente pela superposição de duas imagens – a do heróico general e o do salvador da Pátria.

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