Sistema de Aviamentos com base no texto: Os Seringaes, de Mario Guedes
Por: Marlison Pimenta • 29/5/2018 • Resenha • 333 Palavras (2 Páginas) • 636 Visualizações
Aluno: Marlison Bento Pimenta
Resumo sobre o Sistema de Aviamentos com base no texto: Os Seringaes, de Mario Guedes
O texto de Mario Guedes, Os Seringais, descreve minunciosamente como era a vida nos seringais na Amazônia, desde a forma como produziam a borracha e vendiam o produto, até a forma como se relacionavam entre si. É possível também a identificação de determinados dados como os seringueiros eram, em sua maioria, analfabetos, a predominância esmagadora do sexo masculino. O sistema econômico que foi utilizado nesse período e que permeava as relações de patrão e trabalhador (seringueiro) foi chamado de sistema de aviamento, logo os seringueiros eram denominados de “aviados”, pois eram os recebedores dos mantimentos vendidos a créditos pelas casas de aviamentos. Todos os produtos, desde produtos de alimentação, a utensílios de trabalhos como machados e afins eram fornecidos por essas casas, que por sua vez superfaturavam os produtos, logo os seringueiros que compravam a crédito nunca se livravam das suas dívidas. A agricultura era proibida, o seringueiro não podia dispensar tempo em outra atividade que não fosse o corte da seringa. Era obrigado a comprar do barracão.
Antes mesmo de produzir a borracha, o patrão lhe fornecia todo o material logístico necessários à produção da borracha e à sobrevivência do seringueiro. Portanto, já começava a trabalhar endividado. Nessas condições, era quase impossível o seringueiro se libertar do patrão. Era baseado no endividamento prévio e contínuo do seringueiro com o patrão, a começar pelo fornecimento das passagens.
A economia da Amazônia atendia aos interesses do capital monopolista internacional como fornecedora da borracha, matéria-prima de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo em sua fase monopolista. Essa economia foi caracterizada como sistema de aviamento, que consistia na manutenção da dependência do seringueiro ao patrão seringalista através do endividamento. E segundo o texto, Mario Guedes mostra que em suma, a Amazônia era a terra do crédito. O seringueiro devia ao patrão, que por sua vez devia casa aviadora e a casa aviadora devia aos fornecedores estrangeiros.
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