Sobre Getúlio Vargas
Por: Andressa Assis • 3/4/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.254 Palavras (6 Páginas) • 250 Visualizações
INTRODUÇÃO
Getúlio Dornelles Vargas nasceu na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, foi deputado, ministro da Fazenda e presidente de seu estado antes de candidatar-se à presidência da República em 1930. Ele foi derrotado nas eleições, comandou o movimento revolucionário, que acabou vitorioso conduzindo a chefia do governo provisório do país. Após quatro anos, foi eleito presidente constitucional. No ano de 1937, fechou o Congresso e estabeleceu uma ditadura que ficou chamada como Estado Novo, dando sequência à estruturação de um Estado nacionalista e intervencionista. Esse período ditatorial coincidiu com partes de regimes de Hittler, Mussolini, Franco e Salazar.
Foi intitulado “pai dos pobres”, porém após 15 anos foi deposto. Mesmo assim, meses depois foi eleito senador e, ao decretar apoio ao candidato do PSD, general Eurico Dutra, cooperou para a vitória deste na eleição presidencial.
Ao voltar no poder, em 1950, iniciou seu segundo mandato em 1951, com forte oposição da União Democrática Nacional. [1]
DESENVOLVIMENTO
Vargas elaborou, pela primeira vez na História do país, desde sua primeira passagem pelo poder (1930-1945), como também no período do Estado Novo (1937-1945), uma vasta política de direitos sociais e trabalhistas, houve algumas reivindicações das classes populares brasileira. Além do Estado Novo ser marcado por um aparato de propaganda de massas que prestaram um verdadeiro “culto à personalidade” do ditador. O turismo foi uma das formas de encobrir a repressão que a sociedade estava enfrentando, ele era utilizado como uma barreira para que fossem ocultados seus interesses de imagem pelo “paraíso tropical”. Em 1930 o turismo foi utilizado para firmar a imagem de Vargas como pai dos pobres e dos trabalhadores. [2]
Como sabemos, Vargas foi um grande ditador, porém ele foi visto como bom, pois a época em que ele estava na presidencial foi uma época de crescimento econômico, de implantação de políticas industriais que estimularam a ampliação do mercado de trabalho, possibilitando maior inclusão social, tudo isso dentro da vigência de normas democráticas.....
foram agora ressaltados? A primeira constatação é que em 2004 as atenções se concentraram no segundo governo (1951-1954). Foi uma época de crescimento econômico, de implantação de políticas industriais que estimularam a ampliação do mercado de trabalho, o que possibilitou maior inclusão social, tudo isso dentro da vigência de normas democráticas. Nos dias de hoje, é compreensível que esse cenário provoque nostalgia naqueles que voltam o olhar para a década de 1950. Integrar o pleno funcionamento da democracia com a retomada do crescimento econômico e a diminuição das desigualdades sociais é o grande desafio colocado pela atualidade. Nota-se, assim, uma avaliação positiva nas falas veiculadas sobre Vargas, ficando em plano secundário as vozes que denunciam o legado autoritário e a história de repressão política de seu primeiro governo.
http://cpdoc.fgv.br/producao_intelectual/arq/1592.pdf
aspectos positivos e negativos
O ano de 1964 é especialmente interessante como ponto de partida, já que foi então que ocorreu o golpe militar que pôs fim ao sistema político inaugurado em 1946, no qual Vargas exerceu um papel central – prova disso é que mesmo após sua queda em 1945, e sua morte em 1954, elegeu seus candidatos e continuou sendo uma referência política fundamental. Não é de espantar que a deposição em março de 1964 de seu principal herdeiro, o presidente João Goulart, e o afastamento da cena política de um grande número de partidários do PTB e do PSD tenham proporcionado uma conjuntura negativa para o cultivo de sua memória. Os militares que tomaram o poder em 1964 apresentavam-se como aqueles que iriam pôr fim à Era Vargas. Vejamos portanto, como, no mês de agosto, quando era comum a realização de eventos que relembravam a importância de Vargas e o significado de sua morte, ocorreram tais comemorações. Isto é: que elementos foram trazidos a público na passagem dos dez anos da morte de Getúlio Vargas
http://cpdoc.fgv.br/producao_intelectual/arq/1592.pdf
“A queda do império getuliano” foi o título de uma reportagem especial publicada no Jornal do Brasil, um dos principais do país, no domingo 23 de agosto de 1964. O conjunto dos textos que compunham a reportagem expressava certa ambigüidade. Ao mesmo tempo que o título apontava para o fim de uma era, também eram lembrados momentos de glória e a relevância histórica do líder trabalhista. Três grandes matérias procuravam enfocar sob diferentes ângulos sua trajetória. A primeira tratava exclusivamente dos aspectos pessoais, da infância até a formação na Faculdade de Direito e o início da vida profissional como promotor. Ainda que de caráter pouco opinativo, o texto deixava entrever simpatia pelo personagem. Uma segunda matéria consistia em uma cronologia comentada dos principais fatos políticos que contaram com a participação de Vargas, como a Revolução de 1930, o golpe de 1937, a deposição em 1945 e a volta ao poder pelas urnas em 1950. Por fim, a matéria intitulada “Memórias de agosto” fazia uma retrospectiva dos principais fatos que antecederam o suicídio, destacando o depoimento de Café Filho (vice-presidente de Vargas e seu sucessor, cujo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC / FGV – www.cpdoc.fgv.br 4 breve governo se aproximou da UDN), que apenas relembrava episódios vividos naquele período, mas não enunciava qualquer julgamento, afirmando que “um expresidente não deve julgar um ex-presidente”2 . Talvez os ex-presidentes Kubitschek e Goulart não pensassem da mesma forma, mas estavam no exílio e não foram ouvidos.
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