Transição Do Período Vargas (1930-1945): Nova Percepção Do Interesse Nacional
Artigos Científicos: Transição Do Período Vargas (1930-1945): Nova Percepção Do Interesse Nacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariliaviana • 22/10/2014 • 415 Palavras (2 Páginas) • 408 Visualizações
A política exterior brasileira no início dos anos 30 foi vista como uma “diplomacia econômica”. O governo provisório brasileiro não teve dificuldades em ser reconhecido no cenário internacional, e as relações com os Estados Unidos não foram afetadas, mesmo a não renovação do contrato da missão naval norte-americana, por decisão brasileira.
A quebra da bolsa de Nova York afetou negativamente as exportações brasileiras da época, e por conta disso foram enfatizadas as relações comerciais, e assim, a título de regulamentação destas, firmou tratados nos quais constava a cláusula da nação mais favorecida.
Vale destacar, também, o “jogo duplo” que o Brasil fez com os Estados Unidos e a Alemanha, no período que antecede a Segunda Guerra Mundial. Houve uma crescente participação alemã no comércio exterior brasileiro, simultaneamente com o declínio da presença norte americana e inglesa nas compras e vendas do país. A finalidade do Brasil era barganhar.
Esta política da “equidistância pragmática”, termo adotado pelo historiador Gerson Moura, fora abandonada no final de 1930, com opção brasileira em favor dos EUA, para marcar esta aproximação o Brasil deu adesão ao Pacto Briand-Kellog. No contexto continental, o país adotou uma atitude de prestígio do pan-americanismo.
O ministério das Relações Exteriores sofreu uma reforma administrativa, deixando a ineficiente e tarda burocracia por um sistema de ativa e vigilante defesa dos nossos interesses, o qual perdura até hoje. O que se alterou foi o ímpeto governamental, o desejo de rever e uniformizar os tratados, com a finalidade de regularizar as relações comerciais.
Ainda nos anos 30, cabe destacar o papel brasileiro na questão de Letícia, onde o Brasil se envolveu a fim de proteger os territórios de Apapóris-Tabatinga, e a Guerra do Chaco, onde preferiu se manter neutro de início, e na hora certa exerceu seu papel como mediador do conflito, juntamente com outros países americanos.
O advento do Estado Novo iniciou-se em 1937 e em razão da sua identidade ideológica foi bem acolhido em Berlim e Roma. Em Washington houve apreensão, no início, mas o Brasil não indicava atitudes que posteriormente poderiam levar a um alinhamento às potências do Eixo. Osvaldo Aranha assumiu a pasta de Relações Exteriores, onde ficou de 1938 a 1944, e era favor do incremento às relações com os Estados Unidos.
Sobre o Estado Novo e seus reflexos diplomáticos quanto a Alemanha, esta crise diplomática não afetou as relações comerciais. Sobre a Itália, o governo mantinha diplomacia paralela e outra com a Aliança Integralista Brasileira. Já os Estados Unidos quiseram evitar maior interação do Brasil com a Alemanha nazista.
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