Tópicos sobre "a cidade esquecida"
Por: Maria Eduarda • 3/12/2018 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 189 Visualizações
Comentários sobre o livro “A cidade esquecida”
- Recorte temporal: década de 70; período em que os militares estavam no poder
- Prefeitos de Teresina: Raimundo Wall Ferraz (1975-1979) e Dirceu Mendes Arcoverde (1975-1978).
- O processo modernizador de Teresina na década de 70
- A desfavelização de Teresina
- Como a elite via os mais pobres e a tentativa das mesmas de extinguir essa população (assim como também seus costumes e cotidiano) dos centros de Teresina
- A segregação social em Teresina e as dificuldades enfrentadas pelas pelos migrantes
- Os relatos de diversos grupos sociais sobre as transformações ocorridas em Teresina
- As propagandas exaltando a modernização de Teresina objetivavam atingir investidores e industriais, porém, atingiu em maioria pessoas pobres da zona rural de Teresina, Maranhão, Ceará e interiores do Piauí, pessoas estas que, tentadas a propaganda desenvolvimentista pregada pelos jornais e pelo Poder Público, buscaram em Teresina melhores condições de vida.
- Apesar da cidade de Teresina ser descrita como lugar de realização de desejos e de boa convivência para a formação da estrutura familiar, motivo pelo qual migraram diversas pessoas que buscavam uma vida mais amena, muitos dos interioranos que para Teresina se mudaram conseguiram uma estabilidade social e esbanjavam um certo status ao voltar para a sua terra natal, no entanto, diversas dessas pessoas também não conseguiram aqui se estabelecer, voltando para suas cidades, porém, marcados pela experiencia da cidade urbanizada.
- O êxodo rural como motivo para o crescimento populacional: 1. a busca por atendimento básico de saúde, já que em Teresina estava centralizado o maior número de hospitais e clínicas. 2. a busca pelo sistema educacional, sendo a capital dos Estados a melhor oportunidade de encontrar esse serviço em condições boas, pois, nos interiores a educação era precária, indo, na maioria das vezes, só até o ensino fundamental com o ensino básico de leitura, escrita e cálculo. 2.1. a implantação da Faculdade de Medicina, a Faculdade de Filosofia (FAFI), a Faculdade de Direito (FODI) e a Faculdade de Odontologia (FOPI) , e, mais tarde, a junção dessas faculdades a Universidade Federal do Piauí (UFPI). 2.2. melhores escolas da rede privada de Teresina que atendia os setores mais abastados da sociedade teresinense: Colégio São Francisco de Sales (Diocesano), Colégio Sagrado Coração de Jesus (Colégio das Irmãs) e Colégio Dom Barreto.
- As possibilidades de emprego encontradas em Teresina: os cargos de maior prestígio eram destinadas a elite teresinense, sendo a escolaridade um critério fundamental para a ascensão social. Para os mais pobres destinavam-se trabalhos com menores condições como, por exemplo, trabalhos terceirizados, “bicos”, ou subempregos; para as mulheres os empregos como lavadeiras, empregadas domésticas, manicures, cabeleireiras, cozinheiras, etc. E, para os homens, empregos nas construções civis.
- O Piauí, na década de 50, ocupando um dos estados mais pobres do Brasil / Teresina, mesmo com sua infraestrutura, ocupando o centro administrativo do Estado.
- O fechamento de várias fábricas na década de 50 por conta da concorrência com os produtos vindos do Sudeste que contavam com maior aporte tecnológico e mais utilizados, contribuindo para a decadência econômica de Teresina.
- Mesmo com a política econômica desenvolvimentista do governo de Juscelino K., nem todas as regiões foram atingidas como, por exemplo, o Nordeste, que não contou com muitos recursos, continuando com os mesmos problemas deficitários na economia e na infraestrutura.
- A criação da SUDENE, órgão publico que objetiva o estudo e a criação de políticas desenvolvimentistas para o Nordeste, sendo função desse também desse órgão supervisionar e controlar todos os projetos para esta região. Porém, o Estado do Piauí foi excluído, sendo mais beneficiados os Estados de Pernambuco, Bahia e Ceará. Dos quatro projetos lançados para o desenvolvimento do Nordeste, apenas de um o Piauí foi beneficiado, sendo este projeto a criação da barragem Boa Esperança, obra inacabada mas que supriu algumas das necessidades, como, por exemplo, a energia elétrica de qualidade para os centros urbanos do Estado.
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