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Uma Reflexão crítica sobre a experiência do tempo na sociedade contemporânea

Por:   •  24/2/2018  •  Resenha  •  901 Palavras (4 Páginas)  •  722 Visualizações

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

UNIVERSIDADE  FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH

Licenciatura em História- EAD

UNIRIO/CEDERJ

AD1 – PRIMEIRA AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA – 2018.1

DISCIPLINA TEORIA DA HISTORIA

Nome: Carlos Gabriel Rodrigues Lopes

Matrícula: 11216090032

Pólo: Miguel pereira


Uma reflexão crítica sobre a experiência do tempo na sociedade contemporânea

A forma como percebemos o tempo e todas as suas atribuições, nos permite vivenciar significados específicos, a várias dimensões de sua existência. A iminência do indivíduo livre e ao mesmo tempo aprisionado aos seus deveres para com a sociedade e as alterações que ela faz na noção do tempo. Como identificamos essas alterações no mundo contemporâneo.

O vídeo Tempo sem experiência Olgária matos trata dos temas que têm preocupado a todos: a falta do tempo, ao longo do tempo, o que fazemos ou fizemos com o nosso tempo, onde não existe o escândalo e sim o sensacionalismo, onde o novo do lugar a novidades, onde os valores não existem ou foram deturpados. Como lidamos com o passar da areia na ampulheta? Onde estão as cicatrizes do tempo que passou?
Olgária matos fala que passamos relacionar tradição com atraso,  com a forma como lidamos com o tempo nesta contemporaneidade e suas conseqüências. O modo como enxergamos e vivemos a experiência do tempo foi profundamente alterado, no decorrer da história, em especial devido ao progresso científico e tecnológico. Essa é uma reflexão sobre o tempo sem experiência da contemporaneidade. Como a atual aceleração da sociedade cria a sensação de que não há tempo para nada. Na realidade, são os próprios mecanismos sociais e econômicos que necessitam dessa situação. As diferenças entre tédio e monotonia podem caracterizar diferentes formas de se relacionar com o tempo.

  Já em Os prazeres da motocicleta de Hartmut Rosa “o impulso da modernidade para acelerar a vida tem outro lado. A dinamização não é apenas, e nem sempre, vivenciada como a promessa de liberdade e autonomia, mas muitas vezes sinaliza o oposto: a incessante necessidade de acelerar e apressar as coisas, inovar, adaptar e mudar; a agitação da vida moderna e a intransponível falta de tempo”.

No texto, Rosa descreve sobre primeiro, a motocicleta, e sobre o como objeto do desejo de liberdade, poderosa e sedutora por proporcionar a “experiência sensual de dominar a vida em alta velocidade, por ser capaz e de ter o poder, controlar e dirigir o próprio movimento, e a promessa - enquanto pilota uma dessas maquinas de poder- de dominar espaço e tempo, conquistar o mundo enquanto se deixa para trás ‘tudo que é sólido’, lento, preso pela terra, pesado ou opressivo”. (pag. 1 )

Há dois processos de modernização. Um é marcado por velocidade e aceleração descrito por Hartmut Rosa e o outro, que é um projeto político e cultural, de como vivemos em sociedade e com a sociedade nos muda debatida pela Olgária matos voltado para a autonomia e autodeterminação. O desenvolvimento de novas tecnologias e o avanço da ciência vem aumentando a possibilidade de uma aceleração cada vez mais rápida no nosso modo de viver (onde nem todos se adéquam, mas até ai como diz Olgária matos sempre existiu em todos os tempos) que por sua vez ajudou a criar recursos para a liberdade política e individual. Mas o problema nessa modernidade atual e acelerada acabou por perder nosso potencial de autonomia ficando cada vez mais propenso ao ócio a meu ver Hartmut Rosa abomina esse desperdício de energia e pensamento precisamos nos manter competitivos, para manter a engenharia do crescimento funcionando. Mas em vez de moldarmos a comunidade que esperamos, acabamos por nos tornar engrenagem da maquina da sociedade sempre uma tarefa após a outra, “sem tempo de ver apenas o tempo passar”.

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