A Criança surda – Linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista
Por: maria-anaide • 3/6/2018 • Trabalho acadêmico • 795 Palavras (4 Páginas) • 799 Visualizações
Atualmente, os métodos de ensino dividem-se em três principais abordagens, que essas expõe diversas formas de levar a aprendizagem ao aluno surdo. As quais são elas: Oralismo, Comunicação Total, Bilinguismo e Inclusão.
O Oralismo
O Oralismo tem como objetivo fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade consiste em fazer com que a criança receba a linguagem oral através da leitura orofacial e amplificação sonora, enquanto se expressa através da fala. Gestos, Língua de Sinais e alfabeto digital são expressamente proibidos.
Goldfeld diz que:
O Oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e desenvolver uma personalidade como a de um ouvinte. Ou seja, o objetivo do Oralismo é fazer uma reabilitação da criança surda em direção à normalidade. (GOLDFELD, 2002, p. 34).
Desse modo, para o Oralismo a surdez é considerada uma deficiência, a qual precisa ser minimizada através de estimulações que levem a criança surda à normalidade. Então, para que a educação oral seja eficaz é necessária a participação e o esforço total do indivíduo surdo, da família e da escola no trabalho de reabilitação.
A Comunicação total
A comunicação total foi considerada como filosofia que incorpora as formas de comunicação auditivas, manuais e orais apropriadas para assegurar uma comunicação efetiva com as pessoas surdas, essa filosofia defende o uso de recursos espaços-visuais como facilitadores da comunicação. Fornece, portanto, uma comunicação fácil, livre, de dois caminhos entre a criança surda e o seu ambiente mais próximo à ideia consiste na utilização de alguma maneira que transmita vocabulário, linguagem e conceitos de ideias entre o falante e a criança surda. A comunicação total acredita que apenas o aprendizado da língua oral não propicie um pleno desenvolvimento à criança surda. E uma das filosofias mais importante visa valorizar a família da criança surda, acreditando que cabe à família o papel de compartilhar seus valores e significados, formando junto com a criança, pela comunicação, sua subjetividade.
Bilinguismo
Trata-se de uma abordagem que está se configurando no âmbito nacional e internacionalmente. Assim como na Suécia, no Uruguai, na Venezuela, na Inglaterra e na França, no Brasil, embora ainda não tenha sido efetivamente implantada, a Língua de Sinais – oficializada em decreto Lei - decreto 5.626/2005 – o qual descreve ações para tornar a Libras uma íngua divulgada e compreendida.
Esta filosofia parte do princípio de que o surdo deve adquirir como sua primeira língua, a língua de sinais com a comunidade surda. Isto facilitaria o desenvolvimento de conceitos e sua relação com o mundo. Aponta o uso autônomo e não simultâneo da Língua de Sinais que deve ser oferecida à criança surda o mais precocemente possível. A língua portuguesa é ensinada como segunda língua, na modalidade escrita e, quando possível, na modalidade oral. Contrapõe-se às propostas da Comunicação Total uma vez que não privilegia a estrutura da língua oral sobre a Língua de Sinais.
Dessa forma, o Bilinguismo preocupa-se com a autonomia
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