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A Escrita E A História Da Humanidade

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Por:   •  14/10/2014  •  608 Palavras (3 Páginas)  •  418 Visualizações

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Um novo jeito de pensamento foi moldado com o surgimento da escrita e aperfeiçoado com o surgimento da imprensa. Isso porque a escrita permite uma interrupção entre o tempo de emissão e o de recepção da mensagem, permitindo desta forma outro modelo de comunicação que, não podemos esquecer, está sujeito à interpretações equivocadas, perdas e erros por separar o discurso das circunstancias originais de sua produção. “A atribuição de sentido passa a ocupar um lugar central no processo de comunicação”, pois os processos de significação do autor e do leitor podem ser tão diferentes quanto possíveis. (LÉVY, 1993, p. 89).

Pretendendo preservar o sentido do texto permite-se na linguagem a inserção de elementos formais gramaticais – regras, pontuação, concordância – além dos contextuais e de uma ampla e profunda reflexão sobre o tempo sugerido.

Partindo desse novo método de articulação da linguagem ressalta-se a ambição teórica assim como a pretensão à universalidade, ou seja, revelam-se as teorias verdadeiras, as explicações corretas assim como os saberes autônomos independentes do contexto em que foram elaborados e utilizados. O que se considera para a absorção do conhecimento é a “verdade” crítica e objetiva independente daquela pregada pelos sujeitos que comunicam. Outro fator relevante nesse processo é a memória que, se separa do sujeito e torna-se objetiva, morta e impessoal. Isso contribui para a disponibilização do saber que, a partir de então, fica estocado e pode ser consultado, interpretado e comparado uma vez que, o destinatário do texto é um individuo isolado, desconhecido e que lê silenciosamente.

As chamadas referencias fixas, ou seja, os calendários, as datas, os arquivos, etc., gestaram um tempo linear partindo de uma dinâmica de acumulação e de uma busca fervorosa de aperfeiçoamento do processo. Levando em consideração tal lógica de racionalidade a realidade revela-se ao individuo de uma forma fria e sem sentido. Para reverter esse processo de compreensão é preciso fazer um paralelo entre os esquemas de ordenação racional e as teorias formais simplificando o todo para haja manipulação e domínio da realidade. Esquece-se, mesmo que temporariamente, as complexidades do real e adota-se as entidades abstratas.

Não podemos negar que este método requer cautela. Como consequências trás um empobrecimento do real e o aprendizado torna-se instrumental permitindo que o individuo use-o para manipular aquilo que está à sua volta e estabeleça o seu domínio sobre o real.

Os referencias da escola atual foram embasados nessa racionalidade. Estes referenciais respaldam-se no princípio da formação científica que consideram a existência de um conhecimento verdadeiro que deve, rigorosamente, ser ensinado ao aluno pelo professor que, neste contexto, assume o mérito de detentor e controlador de tal conhecimento.

Segundo D’Ambrósio (1990), nessa perspectiva, o conhecimento parte da relação sujeito e objeto e é linear, o que torna necessário a definição de pré-requisitos, habilidades básicas, conteúdos mínimos, seriação, etapas pelas quais os alunos têm que passar e, quanto mais conteúdos o professor transmitir mais saber será dominado pelos alunos. Este autor também diz que, partindo dessa premissa “a aprendizagem é vista como processo estritamente individual, dependendo apenas da força

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