A Linguística, o Texto e o Ensino de Lingua
Por: Elisiane Fernandes dos Santos • 3/3/2021 • Resenha • 579 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
A linguística, o texto e o ensino de língua
O minicurso ministrado pelo professor Azeredo trata da ciência da linguagem, do texto e do ensino, sendo que a linguagem aborda a maneira como nos expressamos e o texto nada mais é que o objeto pelo qual se ensina as novas gerações ao entendimento do uso da língua.
O professor mostra a evolução da língua, de sua forma verbalizada para o modelo escrito e durante um bom período era objeto de ensino padrão. No século XIX, já havia uma tendência voltada a aplicação da escrita no ambiente escolar, como por exemplo com os jesuítas que estudavam a língua com que os indígenas se comunicavam para aprende-la e ensinar em sua forma escrita. No século XX, a evolução exponencial da ciência trouxe o entendimento que a fala é manifestação natural de toda a espécie humana, independentemente do domínio da escrita.
Atualmente, segundo o professor, discute-se uma política inclusiva de modo a entender e aproximar as diversidades dos vários povos imigrantes e da sociedade atual originária da miscigenação. A reflexão utilizada será em aprimorar a competência linguística dos estudantes tanto quanto a língua escrita quanto a falada afim de contribuir na reestruturação da capacidade interpretativa da sociedade para, consequentemente, desenvolver habilidades referentes ao vocabulário. O objeto principal é a escrita, tendo em vista que, como criação humana, consegue-se compartilhar informações e disseminar conhecimentos a nível global.
Outrossim, a língua possui como característica primordial a finalidade de atender necessidades, sendo que um exemplo comum é chegar em uma repartição e observar que há um aviso na porta com os dizeres “Fui lanchar”, ou seja, você entendeu a mensagem e ela cumpriu seu propósito. Desta forma, Azeredo faz analogias como a língua e o espelho, em que a escrita é o espelho dos nossos pensamentos, a língua como jogo, vencedor e perdedor como por exemplo um júri onde a melhor argumentação pode fazer a diferença entre ser condenado ou ser absolvido.
Ademais, o professor desenvolve o conceito de texto, ao trata-lo como um ato comunicativo que se desenvolve por meio de frases, enunciados. Ressalta que o simples ato de fazer um cumprimento ou reverência é enunciativo a um texto já que a interação humana demonstra um proposito intrínseco de se comunicar. Essa conduta por si só pode ser equiparada a um texto.
Por fim, ressalta que devemos nos despegar da ideia que texto seria apenas uma reunião de partes e palavras que se concatenam de maneira organizada e coesa. O texto vai além. São eventos sociais que se caracterizam por indivíduos que tem por objetivo se fazer entender por pessoas que podem ter uma finalidade fora do evento, podendo haver uma finalidade oral e escrita, como por exemplo consulta médica em que o paciente recebe um atestado. Esses enunciados tem sentido firmando graças a esse contexto comunicativo podendo ser imediato, se projetando em ambientes específicos que definem papéis comunicativos em que há uma simetria entre os interlocutores e o poder de cada um de modo a exercer a interação. Diferente disso seriam situação comunicativas que se desenrolam sem a presença dos interlocutores quando o conteúdo a ser compartilhado não se expressa face a face, estando em espaços e tempos diferentes, nesse caso é preciso recursos para que haja essa interação para que cumpram um objetivo. Destarte, os papéis sociais são determinantes uma compreensão e interpretação por parte do interlocutor-receptor.
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