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A Pratica Componente Curricular

Por:   •  22/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.868 Palavras (12 Páginas)  •  1.229 Visualizações

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CURSO DE LETRAS: PORTUGUÊS

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) 2016/2

As diretrizes para elaboração do livro didático adotado nas diversas escolas brasileiras têm sido amplamente discutidas em Universidades, ONGs, Conselhos de Educação, enfim, em diversos órgãos que funcionam como alicerces teóricos para que esse material didático chegue ao aluno e consiga complementar seus conhecimentos de forma contextualizada e produtiva.

Com base nesse primeiro pensamento, reflita enquanto atual ou futuro professor de Língua Portuguesa sobre a função real do livro didático na sala de aula e estabeleça relação entre a citação dos PCNs e o excerto retirado do livro didático “Por Uma Vida Melhor” apresentados a seguir. Tente ainda municiar-se com referenciais das gramáticas prescritivas e descritivas para enriquecer sua linha argumentativa.

Resenha das obras pesquisadas.

A Prática da Linguística em Sala de Aula

Para poder entender as mudanças ocorridas na gramática da Língua Portuguesa no Brasil inicia-se fazendo a distinção entre a gramática prescritiva ou normativa e a gramatica descritiva. O termo “Gramática” é usado em sentidos distintos, referindo-se quer ao manual onde as regras de regulação e uso da língua estão especificadas, quer ao saber que os falantes têm acerca da sua língua materna.

As gramáticas prescritivas ou normativas são manuais que prescrevem as regras linguísticas (fonológicas, morfológicas, semânticas e sintáticas) da variedade-padrão de uma língua. Têm como principal objetivo ensinar a falar e a escrever corretamente, sendo que são consideradas corretas as formas linguísticas da variedade de prestígio de uma língua, a norma-padrão.

A gramática descritiva, que têm o objetivo de descrever o funcionamento de uma língua; nela é feita uma descrição da estrutura usada pelos falantes de uma língua, independentemente de estas serem ou não consideradas corretas pela norma-padrão.

O ensino da Língua Portuguesa, ao longo de seu contexto histórico, caracterizou-se, sobretudo, pela dispersão das regras gramaticais, em acordo com a essência da Gramática Prescritiva. A sugestão atual orienta para um trabalho pedagógico centrado na abordagem dos diferentes gêneros de texto, sugerindo que a gramática seja contemplada, tomando como citação o texto. Afinal, toda a comunicação se realiza por meio de um texto. O conhecimento da norma culta é importante, sim. Mas, não se pode ter preconceito em relação a pessoas que, por um motivo ou outro, não tem domínio do padrão. Respeitar a diversidade, que enriquece o nosso idioma, é reconhecer que a língua é muito mais que um padrão.

Em sala de aula, é uma importante contribuição especialmente para professores do ensino fundamental e para quem que se interessa pelas questões que guiam a educação linguística. Identificar as principais características sociolinguísticas da sociedade brasileira e suas implicações para a educação. Facilitando a conscientização sobre variação linguística. Ajuda a refletir sobre a variação linguística no repertório dos professores e dos alunos de Ensino Fundamental.

É importante levar o aluno a aprofundar sua conscientização sobre a variação linguística e a educação em língua materna. Organizar as informações sobre a variação linguística no Brasil. Introduzindo em sala de aula os conceitos de competência linguística e comunicativa, e suas implicações para a educação. Organizar as informações sobre regras de variação na fonologia e morfossintaxe.

É necessário usar uma linguagem fácil, voltada para o professor que atua em sala de aula, ao longo de sua obra, lendo textos e realizando atividades junto aos alunos. Algumas questões são importantes serem levantadas, como as questões que normalmente são levantadas, em qualquer lugar do Brasil: O professor deve corrigir ou não seu aluno quando ele fala errado? O aluno fala ou não fala errado? Se o professor considera que ele fala errado ou a gramática diz que ele fala errado, o professor ignora ou não corrige para não causar nenhum “trauma”? Sem dúvida, essas são questões que perturbam qualquer professor, principalmente de vinte anos pra cá.

Outra preocupação: Quem é que constitui uma comunidade de fala de língua portuguesa e como essa comunidade se compõe ao longo do processo sócio histórico? Em várias obras observa-se a explicação que ela não se compõe aleatoriamente. As características que ela venha a ter na sua variação distinta e o fato de termos algumas mostras que têm prestígio e algumas que não têm prestígio são decorrentes do processo sócio histórico da própria dominação de poder no Brasil, como acontece em qualquer outra nação.

O que determina a grande variação da Língua Portuguesa do Brasil. E seguindo um professor que foi muito influente na formação de linguistas, Serafim da Silva Neto, deu ênfase ao contínuo rural e urbano no Brasil. Este trabalho revisado, mostrou que a classificação apresentada pelo IBGE a respeito do que seja rural e urbano necessita de correções, pois, a par de características sócio demográficas, há características socioculturais e sociolinguísticas.

A respeito da diversidade linguística e da pluralidade cultural no Brasil: Ao ler um texto, encontra-se algumas palavras que não fazem parte do repertório linguístico do leitor. Ele não as conhece porque algumas delas são palavras e expressões características da cultura rural da região Centro-Oeste, onde o autor foi criado. Outras, além de pertencerem ao léxico regional, também são antiquadas, isto é, já não são usadas com frequência, tendo sido conservadas na cultura de grupos sociais mais isolados, como é o caso das comunidades rurais.

Esses são os três ambientes onde uma criança começa a desenvolver o seu processo de sociabilização: a família, os amigos e a escola. Pode-se chamar esse ambiente, usando uma terminologia que vem da tradição sociológica, de domínios sociais. Um domínio social é um espaço físico onde as pessoas interagem, assumindo certos papéis sociais. Os papéis sociais são um conjunto de obrigações e de direitos definidos por normas socioculturais, construídos no próprio processo da interação humana.

Quando observado um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verifica-se características linguísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são as Inter geracionais (geração mais velha geração mais nova) e as de gênero (homem/ mulher). É, sem dúvida, no domínio do lar e da família onde sente-se mais à vontade para conversar.

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