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A Surdez Libras

Por:   •  1/4/2015  •  Resenha  •  2.134 Palavras (9 Páginas)  •  382 Visualizações

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ[pic 1]

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

DANIEL RADIGONDA

GIOVANNI TERRA PEIXOTO

MARK MATHEUS FARIA

CAIO ALBUQUERQUE

THALYTA AIRES MESQUITA MACHADO

A SURDEZ: Um olhar sobre as diferenças

RESENHA

LONDRINA

2014[pic 2]

DANIEL RADIGONDA

GIOVANNI TERRA PEIXOTO

MARK MATHEUS FARIA

CAIO ALBUQUERQUE

THALYTA AIRES MESQUITA MACHADO

A SURDEZ: Um olhar sobre as diferenças

Resenha apresentada a disciplina de Libras I como requisito parcial de avaliação.

Professor Roberto Alves

LONDRINA

2014[pic 3]

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................03

2 OBJETIVO..............................................................................................................04

3 RESENHA...............................................................................................................04

3.1 Capítulo 7: esse “outro” de que fala a mídia........................................................04

3.2 Capítulo 8: A relação dialógica como pressuposto na aceitação das diferenças: o processo de formação das comunidades surdas ......................................................06

4 CONCLUSÃO.........................................................................................................09

REFERÊNCIAS.........................................................................................................10

  1. INTRODUÇÃO

O autor Carlos Skliar é docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; pesquisador de “necessidades educacionais especiais, a surdez” e fundador do Núcleo de Pesquisas e Estudos para Surdos (NUPES).

No livro A SURDEZ: um olhar sobre as diferenças, Skliar aborda, de maneira bem clara, a questão da surdez, problematizando e questionando a constante rotulação de deficiência.

Skliar demonstra a existência de uma ideologia dominante, criada pela cultura oral, que impõe ao surdo seu modo de vida e acaba definindo o surdo como alguém com desvio de normalidade, falta e deficiência, um estigmatismo que, segundo o autor, contamina a educação desenvolvida para os surdos.

A surdez é apontada pelo nosso autor como uma diferença a ser politicamente reconhecida, uma identidade. Todavia essa ideologia dominante, que o autor chama de “ouvitismo”.

O “ouvitismo” teve como base os textos da medicina, a autoridade dos pais e, até mesmo, dos próprios surdos que acabavam por negar sua condição e que acabou equiparando os surdos aos doentes mentais.

As escolas não têm estrutura para os surdos, sendo assim, Skliar diz que a educação dos surdos não fracassou, o que de fato fracassou foi a representação da ideologia dominante a cerca do que é o sujeito surdo; os direitos linguísticos e de cidadania; as teorias de aprendizagem; a epistemologia dos professores ouvintes na aproximação com seus alunos surdos. O fracasso da educação de surdos, portanto, tem raízes históricas e políticas.

No contraste binário ouvinte/surdo o autor argumenta que a intenção de que as crianças surdas fossem, no futuro, capazes de ser adultos ouvintes, originou doloroso jogo de identidade entre os surdos. Como que ser ouvinte fosse como ser falante, ou ser branco, homem, profissional e letrado. Ser surdo significa ser não falante e, portanto, não é ser humano.

Quando a maioria Ouvinte/minoria surda Skliar diz que há um discurso que define a comunidade surda como uma minoria lingüística e que a língua de sinais é utilizada por um grupo restrito. O que não é verdade, pois, na Inglaterra existem cinquenta mil surdos que falam a língua de sinais britânica, quase a mesma quantidade de pessoas que falam o gaulês. A língua de sinais americana é a terceira língua mais falada nos EUA. E os Índios Urubus-Kaapor do Brasil, são majoritariamente ouvintes, mas utilizam uma língua de sinais para comunicação.

Por fim uma analise sobre a questão da língua oral/língua de sinais, o autor mostra que apenas são canais diferentes de comunicação.

  1. OBJETIVO

Demonstrar a problemática da imposição da cultural ouvinte sobre o surdo e seu modo de vida sem considerar os hábitos e vivências deste e ignorando desta forma sua constituição gestual.

  1. RESENHA

3.1 Capítulo 7: esse “outro” de que fala a mídia

O funcionamento de uma sociedade está embasado nos sentidos dados aos objetos; as práticas sociais determinam o imaginário social de um determinado grupo em uma época dada e, ao mesmo tempo, o sistema de representações determina as práticas sociais.

Neste texto, é analisado as representações e imaginários constituídos sobre os surdos e a surdez a partir da mídia, acreditando serem estas concepções fortes contribuintes na elaboração de políticas e práticas educacionais: políticas e práticas comumente pautadas na naturalização de categorias comuns aos surdos, como improdutividade, incapacidade, limites e possibilidades.

Na prática, poderíamos pensar na inferioridade e incapacidade “natural” de alguns em oposição à suposta superioridade e capacidade de outros.

Por um lado, a singularidade do surdo é respeitada, mas, por outro, se acredita que ele é quem precisa se adaptar ao mundo dos ouvintes, aprendendo a língua utilizada por estes.

Na história da educação dos surdos surgiram várias tendências, apontando concepções distintas e, por vezes, opostas, quanto a melhor forma de educar o surdo e, no ritmo das mudanças, as filosofias educacionais foram refeitas de acordo com os interesses, crenças e valores da época.

A mídia, principal formadora de opiniões em nosso tempo, é também uma das principais responsáveis pela imagem social que temos sobre determinados grupos ou sujeitos. A forma como os surdos são representados na mídia ocorre de forma espiralada, não linear, isto é, como um processo descontínuo, com idas e vindas, avanços e retrocessos. Com isto, as representações vão sendo criadas e legitimadas fazendo, por exemplo, com que a opinião pública ora se sensibilize pelos limites encontrados pelos surdos no mercado de trabalho, ora o superestime considerando-o capaz de realizar todo tipo de atividade, apesar da deficiência. O que menos se percebe é que tanto em um caso como em outro, o preconceito aparece em primeiro plano, seja subestimando a capacidade do surdo, seja superestimando-a.

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