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“A função da literatura na escola: mediação e formação leitora”

Por:   •  23/12/2021  •  Dissertação  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA[pic 1]

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL –CESB

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS ESPANHOL

PROFº: DANIELLE CARVALHO

ALUNO: CLEMILTON SILVA LOPES

PERÍODO: 5º

RESENHA

BACABAL, MA

2021

“A função da literatura na escola: mediação e formação leitora”

A maneira como o professor atua pode haver uma interferência no processo de compreensão e modo de uso do livro, sendo assim a justificativa da necessidade desta forma de interferência ser intencional e resultado de reflexões sobre a prática, posteriormente podendo notar que seu desempenho será enriquecedor para formação dos leitores.

É importante frisar os estudos de Vigotski sobre a Teoria Histórico-Cultural, na qual acredita-se na crença de que o sujeito terá a possibilidade de se desenvolver mais amplamente como um cidadão a partir da interação com seu meio social e os objetos sociais que reconhece e aprende a utilizar, o homem é um ser de natureza social e tudo o que tem de humano, resulta de sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade” (LEONTIEV, 2004). Resultante do fato de que o homem, apesar de se enquadrar na categoria “ser humano”, não nasce humanizado condição esta que passa  por fatores como, aquisição da cultura, relações sociais e afetivas em diversas esferas. Ou seja, é num movimento de interação e mediação com as mais variadas formas de ambientes que o indivíduo poderá encontrar no decorrer de sua existência, objetos e com outros seres humanos que ele será humanizado. A partir desta perspectiva torna-se possível vislumbrar que a leitura mais precisamente a literária é forma de humanizar.

De acordo com Vigotski (1996, p.350) “o desenvolvimento da linguagem como meio de comunicação e meio de compreensão da linguagem dos que a rodeiam, representa a linha central do desenvolvimento da criança”  um fator que é determinante para a distinção entre homens e animais. Essa teoria afirma que tal processo ocorre de modo que o indivíduo atinja suas funções psicológicas superiores. Ou seja, é considerável a importância de provocar ou estimular o sujeito para que este avance e alcance de forma mais eficiente as diferentes etapas e áreas do desenvolvimento. Desse modo, ao refletirmos o papel da escola em formar cidadãos críticos e autônomos, nos encontramos e ocupamos um espaço, de provocadores deste desenvolvimento, em que a nós foi reservado pela própria função de formadores. Não se pode delimitar de quantas formas poderemos provocar o desenvolvimento, porém algumas são fundamentais e de modo algum podem ser ignoradas.

A leitura da literatura é capaz de humanizar e possibilitar o desenvolvimento do fator

linguagem o qual permitirá de forma mais efetiva um maior nível do pensamento

reflexivo e estruturado em pilares como a criticidade e a percepção para além do

evidente. Portanto a literatura na sua forma mais elaborada do campo da leitura, teria a

função de humanizar, já que em sua essência expande a capacidade do homem viver em

sociedade consciente de seu papel social como sujeito ético e moral.

Isto posto consideramos a importância da leitura literária para formação não

apenas do leitor, mas do cidadão crítico, além disso temos como relevante os fatores que

levem ao desenvolvimento da linguagem e vivências que propiciem experiências de

sensibilidade. Sendo assim, é possível haver uma espécie de defesa de que o fator contato inicial com a literatura não exige o domínio do código escrito.

A experiência pré-escolar, geralmente, põe na bagagem infantil narrativas orais clássicas e populares – versos, trava-línguas, advinhas e muitas outras manifestações ricas em ludismo sonoro e semântico.

Portanto, composições poéticas e ficção infantil, quando integradas ao programa dos anos iniciais da escolaridade, dão continuidade a uma experiência lingüística já iniciada, cuja importância reside em que a relação estabelecida, por meio dela, entre falante e língua, privilegia o lúdico e o afetivo. Trata-se, portanto, de uma experiência com a

expressividade da língua. A Literatura infantil, não seria uma ação posterior à aprendizagem do ato de leitura, mas a própria e específica ação de apropriação desse ato cultural”. Daí a necessidade em inserir a literatura no cotidiano da criança desde a mais tenra idade, compreendesse então a importância do mediador de leitura, neste caso o professor.
O trabalho com a literatura infantil apresenta-se como necessário, pois a criança aprende aquilo que lhe está acessível, uma vez que sua condição biológica limita a sua atuação social. Podemos pensar que, portanto, os livros devem ser levados à criança, mostrados e lidos, assim como suas histórias devem ser contadas e dramatizadas, teatralizadas, pois, através dessa prática, a criança entrará em contato com o objeto cultural livro, assim como com os seus conteúdos, formas, textos e contextos, potencializando o seu processo de aprendizagem e, simultaneamente, o seu desenvolvimento. A literatura em âmbito escolar tem sido utilizada como mecanismos nada atraentes para o aluno gostar de ler, porque a escola com sua organização e o professor com sua metodologia, têm colocado o aluno cada vez mais distante dessas práticas, não havendo nenhum incentivo à leitura. O grande desafio é promover estratégias de escolarização mais adequada para a literatura e para leitura. (SOARES, 2001 p.31). Desse modo pretendemos aqui apresentar a contação de histórias acompanhada do uso de algumas estratégias como mais uma proposta contribuinte aos esforços principalmente dos professores, sendo eles um dos mais influentes mediadores, para a formação de leitores literários.

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