A luta continua
Por: Sthefani Dias • 22/10/2018 • Dissertação • 951 Palavras (4 Páginas) • 172 Visualizações
O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março. É um dia que celebra as diversas conquistas das mulheres, dentre elas, políticas, econômicas, sociais etc., porém, mesmo com toda essa evolução, as mulheres ainda sofrem (e muito) para conquistar seu espaço.
O voto era um direito exclusivo dos homens ricos até início do século XX. Com as grandes transformações, mulheres ativistas se mobilizaram pelo direito do voto feminino e à participação política. Ficaram, assim, conhecidas como sufragistas. A luta pelo sufrágio universal começou em 1891, quando 31 mulheres constituintes assinaram uma emenda conferindo esse direito, mas foram rejeitadas. Em 1832, Nísia Floresta publicou os "Direitos das mulheres e injustiças dos homens", nos quais exigia igualdade e educação para as mulheres. A escritora defendia, ainda, a emancipação dos escravos, a liberdade ao culto e a participação das mulheres na vida pública. Essa ideia foi ignorada por séculos, até que, em 1932, as brasileiras conquistaram o direito ao voto (decreto nº 21.076 do Código Eleitoral Brasileiro, assinado pelo presidente Getúlio Vargas) e consolidado na Constituição de 1934.
A ditadura militar, entre 1964 e 1985, foi um período de grandes lutas pela redemocratização do Brasil. Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, participou fortemente do Partido Comunista e das greves. Em vida, foi presa mais de 20 vezes por causa de suas convicções políticas. Além de presa, sofreu muitas torturas, mesmo assim, não desistiu. Pode-se citar ainda Zuzu Angel, que enfrentou a ditadura em busca do seu filho desaparecido e morto, Iara Iavelberg, que morreu lutando pelo fim do regime militar e tantas outras mulheres que batalharam (e até morreram) pela pátria. Fica evidente, então, que os homens, a todo momento, queriam silenciá-las, como acontece até os dias atuais. A opressão é uma forma cruel de violência, pois o opressor destrói a autoestima do oprimido.
Hoje em dia, ainda há muito a se falar sobre a violência contra a mulher. No Brasil, são registradas cerca de 50 ligações por dia na Central de Atendimento à Mulher. Esse assunto deve ser discutido em todos os lugares, seja na escola, seja em casa, pois é a realidade de muitas mulheres. Muitas delas, não conseguem pedir ajuda, algumas vezes, por medo, outras por vergonha, outras por ser dependente financeira do agressor (já que muitas são privadas de trabalhar fora de casa) ou, até mesmo, por não ter amparo de alguém.
A Universidade Federal do Ceará divulgou um estudo feito com 100 mulheres que denunciaram seus companheiros por agressão (Delegacia da Mulher do Ceará). Nesse estudo, observou-se que 72% das mulheres desenvolveram depressão e 78% delas possuía ansiedade e insônia. O número de tentativas de suicídio foi relatado por 39% das entrevistadas. Isso é algo a se preocupar, já que traz sequelas profundas a mulher, não só físicas, como psicológicas.
Ainda falando sobre agressão, em 1983, Maria da Penha sofreu uma tentativa de homicídio por seu marido, que atirou em suas costas, deixando-a tetraplégica. Em 1998, foi apresentada a lei e depois de alguns anos, a lei passou a ser vigorada, fazendo parte do Art. 226 da Constituição Federal. A "Lei Maria da Penha" separa a violência em cinco categorias: moral, psicológica, sexual, patrimonial e física.
Em primeiro lugar, a violência moral acontece quando há calúnia, difamação ou injúria contra uma mulher. Em segundo lugar, a violência psicológica é qualquer ação que cause dano emocional e diminuição da autoestima. Além disso, a violência
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