ATPS De Lingua Inglesa I

Introdução

Os povos que habitavam a região da Grã-Bretanha, entre eles os saxões, anglos, jutos e frísios, falavam diversos idiomas, e da fusão de tais idiomas nascera o inglês arcaico. De fato, tanto a palavra English como a palavra England tem origem na língua falada pelos anglos. A última veio do termo The anglo land que em português significa terra dos anglos. Esse mesmo inglês tido como arcaico, vai sofrer influências diretas do latim durante a invasão romana ocorrida na região durante o séc. V, também se mesclará ao francês da Normandia no séc. XI com a conquista Normanda. A partir de 1550, quando a Inglaterra (England) se torna um império ultramarino, a língua inglesa começa a ganhar destaque nas transações comerciais e passa a se espalhar tanto pelo continente europeu quanto em outros pontos do mundo. A língua inglesa pertence ao grupo das línguas anglo-frisões como também, do ramo ocidental das línguas germânicas, que é uma subfamília das línguas indo-europeias .

Áureos tempos do apogeu da Rainha Vitória, quando o império inglês se expandia das ilhas Fiji ao Canadá, passando ainda pela Nigéria, África do Sul, Índia, Austrália, Quênia entre outras terras. De fato, durante toda a extensão do séc. XIX era comum referir-se ao império inglês, como aquele onde o sol nunca se põe. Foi através das caravelas de grandes navegadores, piratas, corsários e comerciantes que a língua inglesa fora ganhando os continentes. Após a independência da colônia inglesa no tido Novo Mundo, os Estados Unidos da América (EUA) se lançam ao mundo capitalista, conquistando mercados e povos com seu American way of life, colocando o inglês como a língua dos mercados, dos negócios, da política mundial e dos tratados internacionais. Assomados a isso, durante o período histórico conhecido como Guerra Fria (1949 – 1989) os EUA se utilizaram da cultura pop, como propaganda de sua cultura, fazendo com que a língua inglesa fosse espalhada pelo globo.

Segundo o que é estabelecido pelo antropólogo Clifford Geertz, a cultura é o conjunto de estruturas de significado que são construídas através das relações sociais entre os indivíduos. Por sua vez, a cultura desempenha um papel fundamental na constituição das identidades sociais e nacionais. O processo conhecido por aculturação, isto é, a submissão de um indivíduo a outra cultura, relaciona-se diretamente ao fato de um povo assimilar os valores, história ou língua de outro povo. Durante todo o processo de Colonização esse processo de aculturação está presente, principalmente pelo fato, conforme aponta Weber que “uma língua comum compartilhada é o que predominadamente se considera a base normal da nacionalidade.” , portanto, fazer com que os povos conquistados assimilassem os idiomas de seus dominadores, permitia uma comunicação e uma identificação direta a cultura que estava sendo imposta. A língua funcionava como forma de dominação e através da mesma os povos conquistados eram subjugados a suas metrópoles.

Com o fim das colônias, alguns traços se mantiveram, como por exemplo, a língua. A construção de novas consciências nacionais necessitou da língua falada e escrita comum entre seus indivíduos. Sendo assim, a língua inglesa permaneceu sendo ensinada e falada nas antigas colônias inglesas, algumas vezes concorrendo com outros dialetos e idiomas.