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Abordagens das orações coordenadas

Por:   •  25/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  326 Visualizações

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2. 1 Coordenação de Orações nas Gramáticas Tradicionais

As gramáticas tradicionais, a exemplo da Gramática do Português Contemporâneo de Cunha e Cintra e a Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo Bechara, fixam a diferença entre coordenação e subordinação na noção de dependência ou independência, tanto sintática quanto semântica. Cunha e Cintra (2007, p. 607-610) inserem a definição do período composto concomitante à sua definição em uma situação de subordinação ou coordenação. Os autores afirmam que o período composto por coordenação tem orações independentes e não funcionam como termos de outra oração e também não se referem a outras orações; uma oração pode “relacionar-se com outra coordenada, mas em sua integridade”, ou seja, uma enriquece com o seu sentido, ou adiciona mais informações à “totalidade” da outra oração. Segundo Cunha e Cintra as orações coordenadas podem aparecer justapostas sem nenhum conectivo ou ligadas por uma conjunção a qual chamam “conjunção coordenativa”, nomeando estas como sindéticas e aquelas como assindéticas.

Bechara (1992, p. 199) define período como “o conjunto oracional cuja enunciação termina por silêncio ou pausa mais apreciável, indicada normalmente na escrita por ponto” e o período composto como sendo “aquele que encerra mais de uma oração”, valendo-se de aparatos semânticos, uma vez que define o sentido que tem a oração para que se tenha um período. Logo após, divide as orações independentes em coordenadas e intercaladas: as coordenadas são orações que estão em “série sintaticamente equivalente ligadas por conjunção coordenativa ou mera justaposição” e as intercaladas são as orações que não são sequenciadas no período.

2.2 Coordenação de Orações em abordagens de AL

Perini (2010, pp. 157-158), ao abordar as orações coordenadas, menciona que uma “estrutura coordenada” tem duas ou mais orações colocadas uma ao lado da outra de modo independente e uma de suas características é a de que elas podem ser mudadas no período, sem que se afete o seu sentido. Enquanto processo de junção gramatical, para Perini, a coordenação ocorre ainda em algumas classes (à exemplo de SNs: João e Maria – onde o e é o conector, ou ainda em SAdjs: Meu pai é pobre mas esforçado – onde mas é o conector). O mesmo autor considera a palavra que une duas orações em uma coordenação como um coordenador (conjunção coordenativa para a GT).

Castilho (2014, pp. 346-355) trata as orações coordenadas como estruturas independentes, podendo ser reversíveis, e as divide em sentenças complexas justapostas, na qual uma se coloca – como o próprio nome diz – junto da outra sem “nexo conjuncional” e sentenças complexas coordenadas na qual uma se coordena à outra por meio de tais nexos, mas como uma não depende da outra, Castilho afirma que é inadequado considerar uma delas como uma oração principal. Para ele também, as duas orações podem mudar de lugar no enunciado “sem alterar sua interpretação semântica”.

Azeredo (2008, p.294) prefere utilizar o conceito de parataxe para definir a coordenação entre duas orações no período pois, para ele, “a coordenação une partes do texto – palavras, sintagmas ou orações – formal e funcionalmente equivalentes”

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