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Arcadismo

Por:   •  8/4/2015  •  Resenha  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  191 Visualizações

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Arcadismo (1756-1825)

O Arcadismo surge como movimento literário, que se propunha a combater os exageros do rebuscamento barroco. Influenciado pela fundação da Arcádia Romana (1690), na Itália é criada a Arcádia Lusitana (1756), em Lisboa, por iniciativa de Antônio Dinis da Cruz e Silva. A estética arcádica preconiza a restauração dos ideais clássicos de arte e de vida, mediante a revalorização da poesia lírica de Camões e da poesia pastoril quinhentista. Sua ruptura se dá em1825 com a publicação do poema Camões, de Garrett, dando assim início ao Romantismo.

Características:

• Arte ligada ao Iluminismo. Oposição ao absolutismo despótico e ao poder da Igreja;

• Linguagem simples, natural, clara, direta, ordem direta das palavras, vocabulário simples, uso moderado de figuras de estilo;

• Afirmação da racionalidade. Razão = Verdade = Simplicidade e clareza;

• Imitação dos clássicos gregos;

• Imitação da natureza campestre: Bucolismo e Pastoralismo;

• Ausência de subjetividade;

• Amor galante. O amor é entendido como um conjunto de fórmulas convencionais.

Destacam se: Antônio Dinis da Cruz e Silva; Pedro Antônio de Correia Garção; Domingos dos Reis Quita; Domingos Caldas Barbosa; Padre José Agostinho de Macedo; Nicolau Tolentino; Filinto Elísio (Padre Francisco Manuel do Nascimento); José Anastácio da Cunha; Marquesa de Alorna; Bocage foi principal representante do Arcadismo português.

Romantismo (1825-1865)

O Romantismo originou-se na Escócia e na Alemanha, foi introduzido em Portugal por Garrett em 1825, com o poema Camões (uma espécie de biografia sentimental de Camões e seus amores). Seu término ocorre por volta de1865, quando se instala a reforma realista. Características:

• Liberdade política, de expressão e de pensamentos;

• Liberdade religiosa para combater o fanatismo;

• Buscava a solução dos problemas sociais;

• Individualismo e subjetivismo;

• Gosto pelo mistério;

• Imaginação e sonho;

• Insatisfação com a realidade;

• Culto à natureza;

• Sentimento religioso;

• Gosto pelo exótico;

• Nacionalismo;

• Valorização do passado;

• Desejo de reforma e engajamento político;

• Uso das figuras de linguagem: hipérboles, antíteses e metáforas.

Divide-se em três momentos:

O primeiro momento, buscava- se apagar os modelos clássicos que ainda permeavam no meio sócio econômico. Os escritores dessa época, eram românticos em espírito, em ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos.

• Sobrevivência de características neoclássicas;

• Nacionalismo;

• Historicismo e medievalismo.

Principais autores são Almeida Garrett; Alexandre Herculano; Antônio Feliciano Castilho.

Segundo momento (ultrarromantismo), diverge do anterior, desfeitos os laços arcádicos que prendiam os escritores do tempo, inicia-se um período que corresponde ao pleno domínio da estética romântica.

• Mal do século (negativismo, morbidez e sentimentalismo exagerado);

• Excessos do subjetivismo e do emocionalismo românticos;

• Irracionalismo;

• Escapismo, fantasia;

• Pessimismo.

Principais autores são Soares de Passos e Camilo Castelo Branco.

Terceiro momento livre dos exageros ultrarromânticos, apresenta espontaneidade lírica e musical. Essa fase antecipa características do Realismo, que substituirá o Romantismo. O subjetivismo e o emocionalismo cederão lugar para uma literatura de tom exaltado, baseada nos grandes debates sociais e políticos da época.

• Diluição das características românticas;

• Pré-realismo.

Principais autores são João de Deus, Júlio Dinis, Tomás Ribeiro, Bulhão Pato, Faustino Xavier de Novais e Manuel Pinheiro Chagas.

Realismo (1865 – 1890)

O Realismo teve início em Portugal em 1865, foi um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na época. Seu marco inicial foi Questão Coimbrã, quando se defrontam, de um lado, os jovens estudantes de Coimbra, atentos às novas ideias que vinham da França, Inglaterra e Alemanha e, de outro, os velhos românticos de Lisboa. E termina por volta de 1890, quando Eugênio de Castro publica Oaristos, desencadeando o aparecimento da estética simbolista. Características:

• Foco nas questões sociais e na realidade;

• Foco na vida cotidiana e na denúncia de falsos valores;

• Objetividade: exame da realidade exterior ao indivíduo, realidade sem o intermédio da imaginação e do sentimentalismo;

• Racionalismo: a inteligência como único meio para a compreensão da realidade objetiva;

• Universalismo, impessoalismo: busca da verdade universal, impessoal, captada pelos sentidos e pela inteligência, e só aceita quando passível de ser testada, examinada, experimentada;

• Arte compromissada, engajada: crítica, análise e denúncia da sociedade;

• Contemporaneísmo: arte voltada para o seu próprio tempo, para os problemas de sua época;

• Antiburguesismo, anticlericalismo, antitradicionalismo, antimonarquismo;

• Preocupação formal: busca de clareza,

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