As Diferentes Formas de Avaliar o Processo de ensino-aprendizagem

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UNIVERSIDADE PAULISTA

PEDAGOGIA 5° e 6° SEMESTRE

ADRIANA DE OLIVEIRA RA: B374FC-8

CARLA DE OLIVEIRA LOPES RA: B2010I -5

GISLENE MENDES DOS SANTOS OLIVEIRA RA: B3915J-3

JOYCE AMANDA WOITOVICZ SILVA RA: B222JB-4

ROZA MARIA DA SILVA REIS RA: B393II -3

AVALIAÇÃO ESCOLAR

ASSIS - SP

2014

Resumo

        Ferramenta essencial em um processo de ensino-aprendizagem, a avaliação revela a real situação de necessidades, dificuldades e facilidades relacionadas a habilidades e competências desejáveis para que o educando atinja os objetivos planejados. Ela deve ser global, evolutiva, provisória, diagnóstica, inclusiva, democrática e dialógica. e exige aprender a aprender dos envolvidos no contexto do ensino.

        Este trabalho busca conhecer e compreender o que é avaliação, quais são as diversas concepções que ela assume e o quão importante ela é no processo ensino/aprendizagem como método que contribui para a construção do conhecimento. Para isso, foi realizada uma entrevista com uma professora da rede municipal de ensino a respeito da prática de avaliação da aprendizagem que vem sendo desenvolvida nas nossas instituições de ensino que nos remete a uma posição de poucos avanços. Não tem sido utilizada como elemento que auxilie no processo ensino aprendizagem, perdendo-se em mensurar e quantificar o saber, deixando de identificar e estimular os potenciais individuais e coletivos.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        

CAPÍTULO I – AVALIAÇÃO: IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS        

1.1  Conceito        

1.3 Diferentes Formas de Avaliar o Processo de ensino-aprendizagem        

1.4 Funções da Avaliação        

CAPÍTULO II – AVALIAÇÃO ESCOLAR        

Considerações Finais        

Referências Bibliográficas        

Anexo: Entrevista        

Introdução

        A avaliação sempre esteve presente nas atividades humanas, uma vez que, se está constantemente estabelecendo comparações entre coisas e atribuindo valores diferentes, obrigando as pessoas a fazerem escolhas constantemente. Dentro da escola, a situação não é diferente, a avaliação é de suma importância, assumindo um lugar de destaque, sendo que além dos alunos, os professores as instituições também são avaliados. Segundo Esteban, 1999, pág. 8 “O processo de avaliação do resultado escolar dos alunos e alunas está profundamente marcado pela necessidade de criação de uma nova cultura sobre avaliação, que ultrapasse os limites da técnica [...]”

        A avaliação deveria representar um trabalho participativo, no qual há o engajamento de toda a comunidade educacional na busca pela aprendizagem, tendo como perspectiva a continuidade dos estudos e um conhecimento de qualidade. Neste caso, a avaliação deve ser compreendida com um processo mediador onde os pressupostos de caráter qualitativo sirvam como subsídio para uma contínua reflexão do trabalho educacional, porém, nem sempre as coisas acontecem dessa forma.

CAPITULO I – AVALIAÇÃO: IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

        A avaliação no campo da educação é uma tarefa didática de suma importância no processo de ensino-aprendizagem, e ela deve acompanhar todo esse processo de forma a orientar a aprendizagem e não classificar e rotular os alunos. Segundo Demo, 2003:  

 

“Nesse sentido, a avaliação começa no primeiro dia do semestre e qualifica-se como um processo de acompanhamento permanente do desempenho do aluno, implicando no professor cuidado extremo pelo direito de aprender bem, e  no aluno a confiança de estar protegido todo dia ou, se não tiver desempenho adequado, de encontrar suporte a que tem direito para se recuperar.”

        Felizmente, esse modelo classificatório ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos alunos e oferecer alternativas para uma evolução mais segura.

1.2 Conceito

        As reflexões acerca da avaliação estão sendo abordadas atualmente em todos os segmentos da escola. Nos últimos anos, busca-se, constantemente, uma redefinição para o seu papel e a sua função social. Busca-se por um avaliação centrada no diálogo, acompanhamento individualizado e, acima de tudo, que leva em consideração a subjetividade do aluno. Segundo Hoffman, 2011, pág. 120:

“Entendo que a avaliação, enquanto relação dialógica, vai conceber o conhecimento como uma apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, uma ação-reflexão-ação que se passa na sala de aula em direção a um saber aprimorado, enriquecido, carregado de significado, de compreensão. Dessa forma a avaliação passa a exigir do professor uma relação epistemológica com o aluno. Uma conexão entendida como uma reflexão aprofundada sobre as formas como se dá a compreensão do educando como o objeto do conhecimento.”

         Diante disso, tem-se tentado trazer para dentro da sala de aula um novo sentido para a aprendizagem e para a avaliação, superando a prática de avaliação autoritária, o conteudismo, a punição, estabelecendo uma nova perspectiva para o processo de avaliação educacional, marcado pela autonomia do educando e pela participação do aluno na sociedade de forma democrática. Partindo desses pressupostos, para que o aluno construa o seu conhecimento, a sua autonomia, é necessário que ele esteja inserido em um ambiente em que haja intervenções pedagógicas, em que o autoritarismo do adulto seja minimizado e onde os indivíduos que se relacionam considerem-se iguais, respeitando-se reciprocamente. Importante ainda dizer que o aluno deve ter oportunidade de participar da elaboração das regras, dos limites, dos critérios de avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas responsabilidades.