Campo / Domínio discursivo; Gênero discursivo e gênero textual; Intertextualidade intergêneros; Heterogeneidade tipológica no mesmo gênero
Por: Fernanda Barros • 12/10/2019 • Trabalho acadêmico • 656 Palavras (3 Páginas) • 303 Visualizações
Campo / Domínio discursivo; Gênero discursivo e gênero textual; Intertextualidade intergêneros; Heterogeneidade tipológica no mesmo gênero
O domínio discursivo segundo Marcuschi (2008, p.155), “constituem muito mais uma esfera da atividade humana no sentido bakhtiniano do termo do que um princípio de classificação de textos e indicam instâncias discursivas.” Não está ligada a apenas um gênero, mas dá origem a vários deles já que são institucionalmente marcados. Constituem um conjunto de práticas discursivas onde se identifica gêneros textuais que podem ser específicos ou próprios como interações comunicativas institucionais e estabelecedoras de relações de poder.
Segundo Bakhtin (1997) a linguagem decorre através de enunciados, cada enunciado é individual, mas cada esfera da utilização da língua elabora seus enunciados de forma relativamente estável e isso é denominado gênero do discurso. “Os enunciados e o tipo a que pertencem, ou seja, os gêneros do discurso são as correias de transmissão que levam da história da sociedade à história da língua.” (1997, p.285) Menciona ainda a classificação dos gêneros em primários e secundários. Os primários estão relacionados com a oralidade e o dialogo presentes na linguagem familiar, nas reuniões sociais, no cotidiano, sociopolítico, filosófico, etc, forma comunicativa mais clássica e ligadas as ideologias cotidianas. Já os secundários são os literários, científicos e ideológicos. No decorrer do seu desenvolvimento, a língua escrita é marcada por ambos os gêneros tanto os primários quanto os secundários.
Os gêneros textuais são dinâmicos sem estruturas rígidas, formadas por ações sociais culturais e cognitivas. Para Marcuschi (2008), esses gêneros textuais são encontrados em textos nossa vida cotidiana em jornais, revistas, artigos de opinião, charges, e-mail e tantos outros textos, apresentando finalidade distinta e definida. Eles existem em grandes quantidades pois são variáveis, mesmo porque a necessidade linguística não pode ser limitada.
Os gêneros textuais sofrem transmutação visto que gêneros como a carta e o diário como práticas sociais e comunicativas sofreram mutações para o e-mail e blog respectivamente, por intermédio da evolução tecnológica.( KOCH; ELIAS 2008),
O gênero textual não se confunde com tipo textual de acordo com Koch (2008), os tipos textuais são narrativos, descritivos, argumentativos, injuntivos ou expositivos. Porém a mescla de um tipo textual em um gênero é chamada de heterogeneidade tipológica.
Para Marcuschi (2008), isso não traz dificuldades interpretativas visto que o predomínio da função sobre a forma na determinação interpretativa do gênero o que leva a evidenciar a dinâmica e flexibilidade dos gêneros.
Ainda conforme Koch (2008), quando um gênero assume a forma de outro gênero, tendo em vista o propósito de comunicação recebe o nome de hibridização. O texto possui a forma porem não possui a função do outro.
Segundo (KOCH;ELIAS 2008), a intertextualidade é a constituição de um texto recorrido a outro texto, porém há situações em que a fonte do texto não é revelada, pressupondo que o interlocutor já tenha conhecimento da sua origem.
Desta forma, para que o leitor identifique numa produção escrita, a junção ou a presença
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