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ESTRATÉGIA DE LEITURA DE TEXTO NÃO VERBAL

Por:   •  28/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.714 Palavras (19 Páginas)  •  732 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

TRABALHO EM GRUPO - TG

ED – ESTRATÉGIA DE LEITURA DE TEXTO NÃO VERBAL.

POLO DE MATRÍCULA: TAQUARITINGA-SP

2016

Trabalho elaborado por solicitação da coordenação de tutoria do curso

De Letras da Universidade Paulista, como requisito para a obtenção da

nota parcial da disciplina Estudos Disciplinares III.

Considere a relação entre “conteúdo e expressão” em um texto não verbal, em termos do percurso do olhar.

 

  1. Introdução:

        Buscando tomar a noção de texto em sentido amplo, a semiótica greimasiana, que recebeu

esse nome após ser fundada por Algirdas Julien Greimas, traz uma produtividade da teoria semiótica francesa também conhecida como teoria da significação.

A semiótica greimasiana traz uma abordagem nos planos de leitura de textos verbais e não verbais no que tange o seu conteúdo e expressão, sobretudo aqueles propostos pela semiótica plástica ou visual e suas relações semi-simbólicas. O que A.J.Greimas procurava era descrever e explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz, ou seja, o seu plano de conteúdo, utilizando-se de percursos do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto, denominado percurso gerativo de sentido. Trata-se de um modelo teórico-metodológico que vai preencher a produção e a interpretação do conteúdo de um texto.

A partir das contribuições da semiótica plástica ou visual, é possível analisar textos com função de estética (o poema, a dança, a pintura, etc.) onde o plano de expressão vai além do plano de conteúdo, criando novas relações com o conteúdo e seu significado. Essa analise cria então as relações semi-simbólicas.

        O escopo da semiótica greimasiana é o estudo da produção e interpretação de textos verbais e não verbais, examinando o seu conteúdo através do percurso gerativo, passando em seguida pela abstração da expressão e sua relação com a significação.

  1. O plano de conteúdo e o percurso gerativo de sentido:

        A linguística estrutural de Louis Hjelmslev (1968) evidencia a dicotomia expressão e conteúdo. Segundo ele, o sentido ocorre pelo encontro desses dois níveis que são analisados pela mesma metalinguagem descritiva. De acordo com o autor “uma expressão não é expressão senão porque ela é expressão de um conteúdo, e um conteúdo não é conteúdo senão por que é o conteúdo de uma expressão.” (HJELMSLEV, 1968, p. 667).

Dentro do plano de conteúdo, o exame é feito por meio do percurso gerativo de sentido, que comporta três níveis: o fundamental (mais simples e abstrato), o narrativo (nível intermediário) e o discursivo (mais complexo e concreto).

            No nível fundamental, o mais profundo, encontramos conceitos organizados em uma oposição do tipo a versus b, conceitos opostos e que, ao mesmo tempo, ficam explícitos como morte vs vida, sombra vs luz. Dentro desse nível, essas oposições podem ser representadas no quadrado semiótico (GREIMAS; COURTÉS, 1979, p. 29-30), da seguinte maneira:

                                        A                 B[pic 1][pic 2][pic 3]

[pic 4][pic 5]

        Não-B                   Não-A

            As informações dispostas dentro do quadrado semiótico organizada permite visualizar os termos de negação e asserção, estabelecendo uma percursividade. Desta forma “constitui, assim, no nível profundo, a forma primeira das estruturas que, num nível superficial, se desdobrarão em arquitetura narrativa” (BERTRAND, 2003, p.179).

            Passamos agora para o nível narrativo, sendo este o mais complexo e mais desenvolvido no percurso gerativo de sentido. Neste nível, temos a evidencia de um fazer do homem sobre o mundo. Os conjuntos de ações sofridas, a execução pelo sujeito narrativo, traz consigo um programa narrativo (PN) que nos permite entender as ações do sujeito dentro do texto. O (PN) por sua vez, segue as etapas abaixo:

(PN)                                                        (PN)                      

Actante             Manipulação                  Actante         Destinatário-Manipulador  [pic 6][pic 7][pic 8][pic 9][pic 10][pic 11][pic 12][pic 13][pic 14]

                           Tentação                                            Destinatário-Sujeito  (Competência)                                          

                           Sedução                                             Destinatário-Sujeito   (Performance)

                            Intimação                                          Destinatário-Julgador (Sanção) =>

                            Provocaço                                         Cognitiva /Pragmatica                                                                                                                

           No esquema acima, podemos definir as etapas do (PN) conforme segue:

O actante é manipulado, através de sedução, tentação, intimidação ou provocação, por um destinador-manipulador.

O actante, que é o destinatário-sujeito da manipulação, acredita ter o poder de executar uma performance;

O destinatário-sujeito executa uma performance;

Um destinador-julgador sanciona a performance do destinatário-sujeito em dois níveis: o cognitivo, reconhecendo que a performance foi executada, e o pragmático, concedendo-lhe uma espécie de premiação ou punição.

...

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