Fichamento "A Poética de Horácio"
Por: Leonardo Giamarusti • 8/3/2017 • Ensaio • 823 Palavras (4 Páginas) • 821 Visualizações
Bibliografia: BRUNA, Jaime. A Poética Clássica: Aristóteles, Horácio, Longino. A poética clássica: Aristóteles, Horácio, Longino (1992). Tradução: Jaime Bruna. ed 17. São Paulo. In: Cultrix, 2014.
Disciplina: Gêneros Literários – professor Carlos Augusto.
FICHAMENTO DE A ARTE POÉTICA, HORÁCIO.
In: A poética clássica.
Leonardo Giamarusti – ILEEL. UFU.
A obra “A poética clássica” (2014), complexo textual de Aristóteles e Horácio, de fato, foi um marco para a historicidade dos estudos literários, devido, sobretudo, às explanações de vários conceitos importantes para a literatura, como a poiésis, mímeses, a tipificação do poeta e o introito para classificação textual dos gêneros literários: lírico, épico e dramático (tragédia, comédia e tragicomédia). No que se refere ao capítulo produzido por Horácio, assiste-se uma argumentação sólida a qual sugere um passo-a-passo do fazer poético e uma tênue distinção dentre alguns gêneros literários.
Nesse sentido, no entanto, para Horácio, antes de o poeta iniciar os seus escritos, ele deve tomar alguns cuidados: “Ponderem longamente o que seus ombros se recusem a carregar, o que aguentem. A quem domina o assunto escolhido não faltará eloquência[...]” (HORÁCIO, 2014, p. 56). No trecho em questão, o autor aponta que o escritor há de possuir certa cautela com a própria extensão da obra, ou a ritmicidade, de modo a não se extrapolar os limites da tradição, a fim de que o todo não se torne fatídico ou pedante. Vale dizer, ainda, que todo gênero literário possui um ritmo apropriado: que varia desde jâmbicos, trágicos ou “dísticos de versos desiguais” (ibidem, p. 57).
Em primeiro plano sobre a construção da poiesis, encontram-se os neologismos. Para o autor, palavras ou expressões nunca antes usadas, dentro dos textos literários, promovem um aspecto mais refinado à obra.
Como próximo tópico, Horácio começa a trabalhar o fazer o poético nos gêneros literários de forma mais densa. O primeiro é o dramático, a comédia. Na página 58, destacam-se os “ingredientes” básicos para um bom texto cômico:
I – “Não basta serem belos, têm de ser emocionantes, de conduzirem os sentimentos do ouvinte aonde quiserem” (ibidem, p. 58);
II – O ator, se quiser provocar algum sentimento alheio, deve ele senti-lo primeiro, como uma mimese de seu próprio interior;
III – O semblante deve ser um reflexo da alma.
A seguir, o próximo gênero discutido trata-se do épico, a epopeia. Basicamente, o autor de um poema épico “deve-se ou seguir a tradição” (ibidem, p.58). Além disso, cabe ao poeta “observar os hábitos de cada idade, dar a caracteres e anos mudáveis o aspecto que lhes convém” (ibidem, p. 60), para que o todo seja produzido coerente ao contexto do espectador, a fim de que a encenação seja “aplaudida em pé” (ibidem, p. 59). Em conseguinte, Horácio explana sobre a tragédia, a qual “não fica bem em versos chochos” (ibidem, p. 61).
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