Fichamento De "Analfabetismo Funcional: Reflexões Sobre O Desenvolvimento Educacional No Brasil"

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MATOS, Euzene Mendonça Barbosa; MATOS, Benedito de Sousa; ALVES, Francisco Regis Vieira. Analfabetismo funcional: reflexões sobre o desenvolvimento educacional no Brasil. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação – REASE, São Paulo, v. 7, nº 6, 2021.

CITAÇÕES DIRETAS

“O analfabetismo funcional é um problema constante no Brasil, e nos leva a refletir sobre as causas e consequências não superadas pelas políticas educacionais adotadas ao longo das últimas décadas.” (p. 576).

“Os desafios contemporâneos da educação brasileira são identificados através de um número expressivo de alunos que conclui o ensino fundamental e pode ser considerado analfabetos funcional.” (p. 577).

[...] o analfabetismo funcional está presente quando esses alunos, mesmo após nove anos de escolarização, apresentam dificuldades em buscar e encontrar informações, compreender, avalia-las e organizá-las de modo a apreender, resolver problemas, tomar decisões, não só no contexto escolar como em casas, em todo lugar. (p. 577).

[...] existe uma multiplicidade de problemas relacionados ao ensino inicial da leitura e escrita, as dificuldades decorrentes, em especial, da ausência de uma ‘didática construtivista’, que oportunamente, vêm abrindo espaço para a tentativa, por parte de boa representatividade de pesquisadores, em apresentar ‘novas propostas de alfabetização baseadas em antigos métodos’ [...] (p. 582).

Se por um lado, é importante um ambiente bem estruturado e saudável para se obter melhores resultados no processo ensino aprendizagem. Por outro lado, estudar e trabalhar num ambiente em condições deficientes pode interferir negativamente na produtividade dos profissionais e na desmotivação dos alunos. [...] (p. 583).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo em evidência trata do analfabetismo funcional num sentido voltado para o Ensino Fundamental II, já que considera os efeitos desse fenômeno ao final dessa fase do ensino. Além disso, o artigo considera também os efeitos que o analfabetismo funcional tem na vida do indivíduo quando não é resolvido e suprido na segunda fase do ensino fundamental, influenciando inclusive o modo como a vida social desse indivíduo é organizada ao longo de sua existência. É importante deixar claro o analfabetismo funcional causa grandes problemas para o desenvolvimento educacional do estudante, especialmente no Brasil, onde é possível observar um grande déficit em relação ao aprendizado, leitura e escrita dos jovens, com ênfase para aqueles advindos da periferia/escolas públicas com pouca qualidade de ensino.

Para justificar essa preocupação sobre o futuro dos jovens que são propensos a desenvolver o analfabetismo funcional, os autores deixam claro que esse fenômeno é algo constante no Brasil, fazendo parte da realidade brasileira, refletindo nos resultados educacionais. Nisso, uma proposta inicial dos autores é a busca por políticas educacionais apropriadas para lidar com a situação, mesmo sabendo que essas por si só não são suficientes para melhorar o desempenho e aprendizagem dos estudantes, considerando que existe todo um contexto por traz da ideia, já que o desempenho dos estudantes é de responsabilidade também dos professores, do currículo escolar e da estrutura vinculada a unidade educacional.

É perceptível que existe uma gama de estudantes que chegam ao final do ensino fundamental sem compreender aquilo que escreve, pois o analfabetismo funcional diz respeito basicamente a ideia de que os estudantes aprendem apenas o básico da leitura, mas não conseguem compreender ou ainda interpretar aquilo que escrevem ou leem. Deve ser uma prioridade do ensino-aprendizagem na educação básica formar estudantes que consigam estabelecer relações a partir daquilo que escrevem, leem, compreendem e interpretam, dentro da realidade escolar e fora dela, já que o analfabetismo funcional influencia drasticamente o modo como esse estudante lida com sua realidade, especialmente no contexto social, situação que acaba por causar problemas na educação brasileira, se tornando um desafio para todos que se envolvem no contexto educacional.