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Fichamento Literatura Comparada, Tânia Carvalhal

Por:   •  21/4/2015  •  Resenha  •  2.915 Palavras (12 Páginas)  •  5.898 Visualizações

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CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura Comparada – 4ª ed. São Paulo: Ática, 2006

CAPÍTULO 1 – LITERATURA COMPARADA: OS PRIMÓRDIOS

Literatura Comparada

Na babel do comparativismo

p. 05 – Designa uma nova forma de investigação literária que confronta duas ou mais literaturas.

p. 06 – Não existe apenas uma orientação a ser seguida e não pode ser entendida como sinônimo de comparação.

Literatura comparada e literatura geral

p. 11 – Indiferente aos locais onde se expandiu, preservou a denominação divulgada pelos franceses, mesmo que imprecisa e ambígua (p. 09 – França: o termo “literatura” designava um conjunto de obras)

As propostas clássicas

p. 13 – No contexto de Baldensperger e Hazard, passa a ser vista como um ramo da história literária.

Comparação

Na babel do comparativismo

p. 06 – Não é um método específico, mas um procedimento mental que favorece a generalização ou a diferenciação.

p. 06 – É um procedimento que faz parte da estrutura de pensamento do homem e da organização da cultura. (Comparar é um ato do saber humano)

p. 07 – Como recurso analítico e interpretativo, possibilita à literatura comparada uma exploração adequada de seus campos de trabalho.

p. 07 – Mesmo nos estudos comparados, é um meio, não um fim.

As propostas clássicas

p. 13 – Os estudos comparados passam a seguir duas orientações básicas: 1) A validade de uma comparação literária depende da existência de um contato real e comprovado entre autores e obras ou entre autores e países; 2) Determina a definitiva vinculação dos estudos literários com a perspectiva histórica.

Historiografia

Breve história

p. 08 – O surgimento da literatura comparada está vinculado ao pensamento cosmopolita característico do século XIX, mas o adjetivo “comparado” (do latim comparativus) já era empregado na Idade Média.

p. 10 – O desenvolvimento do comparativismo literário na França foi favorecido pela ruptura com as concepções estáticas e com os juízos formulados em nome do historicismo dominante.

As propostas clássicas

p. 13 – É nos primeiros decênios do século XX que a literatura comparada torna-se disciplina reconhecida.

Literatura Geral

Literatura comparada e literatura geral

p. 12 – Alguns consideram como um campo amplo e que abarca o dos estudos comparados.

p. 12 – É associada à denominação de “literatura mundial”, ou Weltliteratur, termo primeiramente usado por Goethe para ilustrar sua concepção de uma literatura de “fundo comum”

p. 12 – Ainda segundo Goethe, pode ser vista como a possiblidade de interação das literaturas entre si, corrigindo-se umas às outras.

Escolas literárias

As grandes escolas

p. 14 – “Escola francesa”, segundo os grandes manuais, designa um grupo de estudos onde predominam as relações casuais entre autores/obras.

p. 15 – Comparativistas norte-americanos: aceitam os estudos comparados dentro da fronteira de uma única literatura (o que não é aceito pela doutrina francesa). Tem René Wellek como seu porta-voz.

p. 15/16 – Comparativistas soviéticos: Compreendem a literatura como produto da sociedade, preocupando-se em distinguir analogias tipológicas e importações culturais (influências). Orientou-se inicialmente para os estudos de temas, motivos e personagens literários que circulam na literatura, mas atualmente volta-se para estudos de casos fronteiriços e de relações literárias. Destaca-se entre os comparativistas soviéticos o tcheco Dioniz Durisin.


CAPÍTULO 2 – AS CONTRIBUIÇÕES DIDÁTICAS

Paul Van Tieghem

Os manuais franceses

p. 17 – O  autor define o objeto da literatura comparada como o estudo das diversas literaturas es suas relações recíprocas.

p. 17 – Considera a literatura comparada como mais analítica e responsável por estudos binários.

p. 17 – A literatura geral corresponderia a uma visão mais sintética, podendo abarcar o estudo de várias literaturas.

p. 18 – Confere à literatura comparada um caráter complementar, subsidiária da historiografia literária e da literatura geral, limitando a ação do comparativista à pesquisa de fatos comuns entre duas literaturas parecidas.

p. 22 – Exclui do âmbito da literatura comparada os contos populares e as lendas devido ao anonimato de seus produtos.

Jean-Marie Carré

Os manuais franceses

p. 18 – Vê a literatura comparada como um ramo da história literária, como um estudo das relações espirituais entre relações que de fato existiram.

p. 19 – Segundo o autor, a literatura comparada não considera as obras no seu valor original, mas dedica-se às transformações que cada nação e cada autor impõe.

Tasso da Silveira

O manual brasileiro

p. 20 – Em literatura comparada procedem-se comparações de caráter especial e com finalidade positiva de verificar a filiação de uma obra/autor/momento literário/literaturas a obras/autores/momentos literários/literaturas de outros países.

p. 20 – traça o perfil do comparativista como alguém que detém não só o conhecimento amplo de várias línguas como o das respectivas literaturas, acrescidos de conhecimentos sobre diversos tipos de relações (política, social, filosófica, religiosa, científica, artística e literária), além das traduções e dos dados sobre a recepção da obra pelo público.

p. 20 – A formação do comparativista se dá principalmente em termos de bagagem do que técnicas. Sua tarefa é procurar indícios e não é incumbe à ele a tarefa de analisar a obra literárias em sua estrutura. Seu dever é apenas estabelecer filiações.

João Ribeiro

Os pioneiros

p. 22 – Entendia a literatura comparada como “crítica histórica” e aliava os interesses linguísticos aos literários.

p. 22 – A noção de língua como sistema que o faz considerar a existência de uma literatura orgânica (conto e lendas, literatura que não é regulada por normas) que flui paralela à literatura oficial (impressa)

p. 23 – Seguia a orientação germânica, em que se explora a literatura popular, e já advogava a tese da inter-relação entre literatura escrita e literatura oral.

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