A Literatura Comparada: Fichamento
Por: Vander Lúcia Lessa • 14/12/2017 • Trabalho acadêmico • 2.969 Palavras (12 Páginas) • 478 Visualizações
P. 31/60-61
A "LITERATURA COMPARADA"*
Benedetto Croce
"O que é literatura comparada?" A resposta a tal pergunta deve começar por descartar,mediatamente,a definição que, primeira e mais facilmente:-se apresenta: a literatura comparada é a fOJ:made pesquisa que se servedo método comparativo. O método comparativo, sem dúvida, porquesimples método de pesquisa, não pode bastar para traçar umcampo de estudo.
(...) a literatura compétrada busca as idéias outemas literários e acompanha os acontecimentos, as alterações, asagregações, os desenvolvimentos e as influências recíprocas entreas diferentes literaturas.
"que a literatura comparada deve seguir o desenvolvimento das idéiase das formas e a sempre nova transformação de matérias idênticasou similares nas diversas literaturas da Antigüidade e dos temposmodernos e deve descobrir as influências de uma literatura sobrea outra nos seus recíprocos relacionamentos - explica-se no próprionome"
Estaaridez, esta sensação de vazioprovém do fato de serem elaspesquisasde mera erudição; qlle, por sisós, não levam a explicar uffia6braliterária e não fazem penetrar no vivo da criação artística. Seu objeto não é a gênese estéticada obra literária, mas ou a históriaexterior da obra já formada (acontecimentos, traduções, imitações,etc.) ou o fragmento do material diverso que ajudou aconstruí-la (tradição literária). Os livros que se detêm estritamentenesta ordem de pesquisas tomam, necessariamente, a forma decatálogo ou de bibliografia, muitas vezes, oculta das melhoresmaneiras, pela agilidade ou brilho do escritor. Falta (e não podefaltar) o estudo do momento de criação, que é o que verdadeiramenteimporta à história literária e artística. (p.61-62)
Insisto neste ponto: que a literatura comparada, no significado acima, não traz à luz nem mesmo o material daobra literária, porque estuda somente a tradição literária (p. 62)
Portanto, a história literáriacomparada, neste terceiro significado, é aquela que considera to",:
dos os antecedentes da obra literária, próximos e longínquos, práticose ideais, filosóficos e literários, deixados soba forma depalavras ou de formas plásticas e figurativas: undsoweiter. (p. 63)
Em outros termos, nãovejo que outra diferença exista neste terceiro significado, entre"história literária" pura e "história literária comparada": salvose com o pleonasmo "c.QJ!lpªrªclª" se queira exprimir a exigênciade uma história literária, que seja verdadeiramenteplena e tenha consciência de toda a extensão de sua função.
Deixando de lado o primeiro significado (que realmente nãodiz respeito à questão), vemo-nos diante de doislllodos diversosde compreender a história literária comparac1a:'um meramente
literário-erudito e o verdadeiramente histórico e explicativo, quecontém em si o momento erudito, mas tomado em sua totalidade,e não em um ou mais fragmentos, como na outra tendência.Naturalmente, ambos os modos são justificados; mas, em um novotipo de ensino ou nas páginas de uma nova revista, seria desejável que o segundo prevalecesse (p. 63-64)
... não há dúvida de que a pesquisa erudita de laboratório...
Os estudiosos do Novo Mundo quererão, de vez em quando,dar-nos possibilidade de sair dos gabinetes empoeirados, ondea literatura perde o seu frescor, e conduzir-nos a respirar, em sua
companhia, as doces brisas da vida. (p.64)
LITERATURA COMPARADA:A PALAVRA E A COISA*
Fernand Baldensperger(p. 65)
NÃO LIDO
CRÍTICA LITERÁRIA, HISTÓRIALITERÁRIA, LITERATURA COMPARADA*
Paul Van Tieghem(p. 45/89)
A este primeiro contatosucede a etapa da crítica literária, ora dogmática, polêmicaou filosófica com Brunetiere ou Paul Souday, ora impressionistacom Anatole France ou Jules Lemaí'tre, sempre subjetiva e nãopropriamente histórica, mesmo na pluma de um ÉmileFaguet.
Em seguida vem ahistória literária, que reintegra a obra e o autorno tempo e no espaço, e explica sobre ela e sobre ele tudoo que pode ser explicado. (p. 91)
E A MORTE DO AUTOR, COMO FICA? (BARTHES)
Esta história literária, à qual chegamos agora, se apresentacom formas bem diversas. A primeira curiosidade que a leiturainspira, já o vimos, nos leva a nos informarmos sobre a pessoae a vida do autor. Por conseguinte, a primeira forma tomada pelahistória literária foi abiográfica.
Estudará sucessivamente as origensda obra, seja na carreira do próprio autor, seja fora dele:
seus antecedentes, suas fontes, as influências que o ajudaram anascer etc; sua gênese, isto é, as etapas sucessivas de sua formação,desde a primeira concepção, às vezes, longínqua, até o momentode sua publicação; seu conteúdo: fatos, idéias, sentimentosetc.; sua arte: composição, estilo, versificação; sua fortuna:sucesso junto ao público, recepção da crítica, reedições, influência,às vezes tardia.A primeira e a última dessas questões ultrapassam o livroconsiderado, e constituem por si sós um estudo especial. Acabamosde falar das influências sob as quais este ou aquele livro foiescrito, de seus antecedentes; depois, das influências que exerceu,de sua descendência.(P. 92)
Com efeito, raramente uma produçãodo espírito é isolada. (...) .Ele (O AUTOR) terá tido precursores; e terá sucessores.A história literária deve situá-Io no gênero, na forma de "arte, na tradição à qual pertence, e apreciar a originalidade doautor, medindo o que ele herdou e o que criou.
De qualquer modo, o jogo de influências sofridas ou exercidasé um elemento essencial da história literária.
Em compensação, se, percorrendo a literatura francesa, atentarmospara seus contatos com outras literaturas, veremos de imediatosua quantidade e importância. A história literária, tal co-immoitaaçdõeesscreeevmemproéss,titmemos.deEtlraatnaãro (p. 93)
Mas para saber oque pertence a Moliere em L:étourdi, Don Juan ou L'Avare, cumpreconhecer o que ele encontrou em Beltramo, em Tirso de Molinaou Cicognini, em Plauto,
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