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LITERATURA COMPARADA

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Por:   •  5/2/2015  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  908 Visualizações

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QUESTÕES PROPOSTAS

1. Com base nos textos da bibliografia básica tente dar uma definição do que é Literatura Comparada.

Contrariamente ao que se pensa em geral a Literatura Comparada não deve ser apreendida tão somente como um ato de comparação. A Literatura Comparada é uma forma específica de interrogar os textos literários na sua interação com outros textos, literários ou não, e outras formas de expressão cultural e artística.

2. Explique a estratégia interdisciplinar da Literatura Comparada.

As relações interdisciplinares avançaram com o reforço teórico. Com este avanço acentuou-se a flexibilidade da Literatura Comparada como forma de investigação que se situa “entre” os objetos que analisa. Os estudos interdisciplinares em Literatura Comparada instigam a uma ampliação do campo de pesquisas à aquisição de competências, contribuindo para a explicação de questões literárias que exijam perspectivas amplas.

3. Explique a evolução da Literatura Comparada desde o século XIX no mundo e no Brasil.

A Literatura Comparada teve surgimento no século XIX na Europa. Embora já estivesse presente na idade média, a França foi o ponto de partida para os estudos comparativos se implantando com maior rapidez neste país, assumindo a expressão com a qual se tornou conhecida no mundo. Em 1816, os autores Noel e Laplace

publicaram uma série de coletânea de diversas literaturas com o nome “Curso de Literatura Comparada”. Ainda que o título nos passe a idéia de confronto entre as literaturas, a antologia era apenas uma coletânea de trechos recomendados. No decorrer dos anos, o estudo foi se expandindo por outros países. Na Alemanha, o pioneiro foi Carrière, que na ocupação da poesia tinha o desejo de integrar a Literatura Comparada à História da Civilização. Já na Inglaterra foi iniciada por Hutcheson Macaulay Posnett a anterioridade do uso da expressão em um livro teórico “Comparative Literatura”. Na Itália, De Sanctis lecionará literatura comparada com Nápoles a partir de 1863. Enquanto os Estados Unidos esperaram a virada do século para começarem os estudos comparativos. Em Portugal, depois do precursor Teófilo Braga, o estudo “Literatura Comparada e Crítica de Fontes” de Fidelino de Figueiredo, inserido em seu livro A Crítica Literária Como Ciência (1912), como primeiro trabalho na abordagem da metodologia. No Brasil a Literatura Comparada foi introduzida por Antonio Candido de Melo e Souza que foi o criador da disciplina de Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Universidade de São Paulo. Antonio Candido defendia que as produções literárias brasileiras bem como a atividade crítica exprimiram ordenadamente a postura dialética

de apreensão do real. Essa atitude que foi identificada e determinada por Antonio Candido, tem dirigido muitos dos estudos comparatistas desenvolvidos no Brasil. Pode-se perceber que houve uma evolução quanto ao seu conceito. Se antigamente ela tinha o objetivo de comparar, atualmente ela serve para relacionar os textos literários. Em início, a Literatura Comparada fazia comparações e diferenciava “literaturas maiores” e “literaturas menores”, sendo as primeiras as que, por uma força maior de quantidade e qualidade, funcionariam como verdadeiros modelos ou “fontes” para as segundas, que se limitariam assim a um papel secundário, “pobre” a partir de influências derivadas dos modelos. Essa comparação conformava-se como uma relação de uma hierarquia. A idéia inicial era que cada literatura de um determinado lugar era mais evoluída que a outra. Havia uma idéia de inferioridade e superioridade, além da hipótese de uma cultura ser mais adiantada que a outra e a idéia de que o autor devia outro autor quando baseava em um texto de criação de outro. A prática da Literatura Comparada pressupõe subversões, não necessariamente guerras, lutas, mas pontos de vista diferentes, maneiras ideológicas, políticas, culturais em desarmonia. Na transculturação quando se tem duas culturas, primeiramente a forte e dominante sobrepõe a mais

frágil. Atualmente a Literatura Comparada se tornou tão importante que a presença

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