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Fichamento da Matéria: Estudos Diacrônicos da Língua Portuguesa

Por:   •  11/6/2018  •  Resenha  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” [pic 1]

Faculdade de Ciências e Letras de Assis-SP

Fichamento da Matéria

“Estudos Diacrônicos da Língua Portuguesa”

CÂMARA JUNIOR, Joaquim Matoso, 1904-1970. Historia e estrutura da língua portuguesa, 2° ed., Rio de Janeiro, Padrão, 1979.

Maria Luiza Silva Fialho,

2° ano Letras, período noturno.

Docente Responsável: Carlos Eduardo Mendes de Morais

Assis|SP.

2016

Segundo o texto de Câmara Jr. a palavra “língua” tem um sentido frouxo e impressionista, pois o homem comum a emprega sem nenhuma reflexão e sem capacidade de explicar oque o faz. Já o linguista encontra nesse termo um grave tropeço, pois sua variedade é imensa e mesmo assim não é palpável sua forma de diferenciação. Nessas condições a língua fica sendo com unidade “uma estrutura ideal, que apresenta em si traços básicos comuns a todas as suas variedades. É a invariante abstrata e virtual sobreposta a um mosaico de variantes concretas e atuais”.

O autor pensa que nas sociedades denominadas civilizações o conceito de língua se desenvolve melhor, porem ao que chama de língua comum ou língua oral utilizado pelas classes consideradas socialmente superiores, há um cerimonial mais ou menos estrito. Cria-se uma norma rígida que reduz a variabilidade e passa a constituir a correção. A norma da língua comum apenas reduziu a variabilidade e não propriamente a suprimiu.

A ressalva anterior é importante para qualquer língua, principalmente aquelas que são muito próximas porem com distanciação cultural e até territorial, como o caso do inglês americano e o britânico e o português brasileiro e o de Portugal. Nesses casos, o valor impressionistico que se dá a palavra língua não resolve o problema, pois acaba por deduzir que são uma só língua supondo-as uniformes. O linguista é mais cauteloso e objetivo e, portanto define que só pela hierarquia das diferencias que o problema da invariabilidade pode ser resolvido. Câmara esclarece ainda nesse trecho:

“Para uma língua comum que abrange mais de um país, a unidade básica se justifica em falar uma língua única, mas o mesmo tempo impõe-se as considerações das diferenças dentro da unidade fundamental. É preciso por outro lado fugir ao vezo de ver numa subnorma a norma propriamente dita e na base disso estabelecer um conceito único de correção. A discrição tem de partir da unidade dos traços fundamentais e nela se apoiar primordialmente. As diferenças entram secundariamente e se escalam em importância na estrutura geral linguística.” (CÂMARA JR, 1979, pág. 9)

O autor aborda que em ambos os países, Brasil e Portugal, se tem feito o estudo e a classificação dos dialetos com pouca exação técnica, pois a geografia linguista começou a se empregar a pouco tempo em Portugal e no Brasil as pesquisas ainda estavam em fase de desenvolvimento, tendo apenas um ensaio publicado confinado ao estado da Bahia. No Brasil a classificação dialetal mais coerente é a de Antenor Nascentes, por ela o Brasil se divide em duas grandes áreas dialetais, a do norte a do sul, cuja linha de separação Nascentes acredita estar no litoral, entre os estados de Espirito Santo e Bahia, até se prolongar ao estado de Mato Grosso. No norte haverá duas grandes subdivisões: amazônica e nordestina. E no sul quatro grandes subdivisões: baiana, fluminense, mineira e sulina.

Câmara Jr. passa a abordar um pouco da historia da origem do português, lembrando que a mesma é uma língua neolatina e, portanto, deriva do latim, passando pelo celta, galês e o grego. O latim já muito distanciado da sua origem e regionalmente diversificado passou a evoluir na boca das populações conquistadas, passa por outro estado de língua que é chamado de romanço, nome que englobava todas as variações do latim no período da idade média.

A língua portuguesa nasce e se desenvolve, torna-se uma língua literária stricto sensu em face do castelhano e do catalão, nela se compõe uma rica poesia lírica, pela tendência que vinha da França. O português passa a se dividir em período arcaico e moderno, durante o moderno o português se destaca pelo numero de palavras e derivações tomadas de empréstimo do latim literário da antiguidade e passa a se organizar em suas primeiras gramaticas.

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