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Fundamentos Fonéticos E Fonologicos

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Por:   •  5/6/2014  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  272 Visualizações

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Fundamentos Fonéticos e Fonologicos da língua portuguesa

Articuladores ativos e passivos

Os articuladores ativos movimentam-se em direção ao articulador passivo e é isso que faz a diferenciação de sons. A língua, o lábio inferior, o véu palatino e as cordas vocais constituem o quadro dos articuladores ativos.

Os passivos são: o lábio superior, os dentes superiores e o céu a boca (alvéolos , palato duro, palato mole e úvula). São chamados passivos, porque não se movimentam, apenas recebem movimentação dos articuladores ativos.

Lugar de Articulação Articulador Ativo Articulador Passivo

Bilabial Lábio Inferior Lábio Superior

Dental Dente inferior Dente Superior

Alveopalatal Língua Céu da Boca

Palatal Dorso da Língua Céu da Boca

Lábio Dental Lábio Inferior Dentes Superiores

Velar Posterior da Língua Palato Mole

Produção dos seguimentos consonantais e as vogais da nossa língua

Consoantes surdas (ou desvozeadas): São as consoantes pronunciadas sem que as cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as seguintes consoantes em português: f, k, p, c, s, t, x, ch.

Consoantes sonoras (ou vozeadas): São as consoantes pronunciadas com a vibração das cordas vocais. São sonoras as seguintes consoantes em português: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.

Existem duas formas de se pronunciar o «r» em português, isto é, como vibrante velar (som formado na região do véu palatino, compatível, portanto, com a "vocal gutural" referida pelo consulente), [R], ou como vibrante alveolar, [ɾ], não sendo feita qualquer referência à vibrante múltipla alveolar.

Vibrante:

O articulador ativo bate várias e rápidas vezes no articulador passivo (ponta da língua bate várias vezes nos alvéolos): carro e rana (rã) (italiano).

Tepe: (vibrante simples)

Batida rápida e única do articulador ativo no articulador passivo: fora, fraca.

Retroflexa : A variante retroflexa caracteriza-se pela elevação da sublâmina da língua em direção à região alveolar, enquanto a ponta da língua se curva para trás : Mar ,carta.

Do ponto de vista articulatório, as vogais são diferenciadas das consoantes pela obstrução da passagem de ar. quando o ar é obstruído de alguma maneira, produzem-se as consoantes, e quando a passagem é livre, produzem-se as vogais.

Propriedades das vogais a i

Altura Baixa Alta

Posição Central Anterior

Lábios Posição Neutra Não arredondados

Nasalidade/oralidade Vogal oral Vogal oral

Tonicidade Vogal tônica/pretônica/postônica medial /postônica final Vogal tônica/pretônica/postônica medial /postônica final

Variações linguísticas: O modo de falar do brasileiro

Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.

1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;

2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;

3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.

Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo.

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.

Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.

Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.

Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado. Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.

Simplificação da concordância: as menina/as meninas.

Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.

Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.

Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).

Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.

Desnasalização das vogais postônicas: home/homem. Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.

Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.

Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.

Símbolo Exemplo Transcrição fonética

/a/ “paz” [pays]

/ɛ/ “pés” [pɛys]

/e/ “ fez” [feys]

/i/ “quis” [kiys]

/o/ “arroz” [a’ɦoys]

/u/ “luz” [luys]

Fonética

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