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História Concisa Da Escrita

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Por:   •  25/5/2014  •  1.550 Palavras (7 Páginas)  •  480 Visualizações

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A escrita cuneiforme, inventada pelos sumérios, é o mais antigo sistema de escrita que conhecemos atualmente por meio de documentos. O termo “cuneiforme”, que significa em forma de “cunha”, caracteriza seu aspecto exterior anguloso. Nos milênios IV e III antes de nossa era, essa escrita se propagou em toda a Ásia anterior, onde se tornou o meio de expressão de línguas diversas, servindo de notação à língua dos sumérios que viviam na Mesopotâmia. Era uma língua de tipo aglutinante que compreendia muitos elementos monossilábicos, que podiam se aglomerar ou igualmente server de sufixo e de afixo. Várias palavras eram homófonas, isto é, pronunciadas da mesma maneira mas com sentidos diferentes.

No quarto milênio, a evolução da escrita suméria correspondeu à necessidade de notar a língua sem multiplicar o número de sinais correspondentes às palavras. A utilização de traços suplementares reforçando a ideia expressa por um sinal forceu um meio. Outros procedimentos adotados foram a justaposição de dois sinais que exprimiam uma nova ideia e também o sistema de determinativos, sinais não pronunciados eram postos diante das palavras indicando a categoria a que eles pertencem completando assim sua significação.

Por fim, a existência de palávras homófonas viabilizou a escrita de palavras novas pela justaposição de sinais dos quais só se conhece o valor fonético. Essa dupla evolução mostra o processo geral da fase de transição entre o sistema analítico e o sitema fonético.

No terceiro milênio a escrita suméria foi adotada pelos acádicos, que à época viviam na Mesopotâmia, para notar sua própria língua, que era uma língua semítica. Os sinais permanceram mais ou menos como eram, mas a complicação do sistema tornou-se extrema, pois os mesmos sinais guardaram ao mesmo tempo seu valor ideográfico e seu valor fonético nas duas línguas.

Apesar de suas dificuldades, a escrita sumero-acádica assim constituída teve uma grande difusão em todo o mundo oriental antigo, por ter sido veiculada pela civilização e pelas conquistas das dinastias babilônicas e assírias.

O segundo milênio foi a idade de ouro para a literatura em língua acádica e da escrita sumero-acádica cuneiforme, tornando-se a escrita da diplomacia intercional. Mas a conquista persa levou essa escrita a perder hegemomia. Apesar disso, seu uso se manteve na Babilônia até o século I de nossa era.

Os caracteres sumero-acádicos, por vezes ligeiramente modificados, também foram adotados por vários povos da Ásia anterior antiga para escrever suas línguas, entre eles, o elamita. Na segunda metade do terceiro milênio os elemitas abandoram a escrita indígena para adaptar à sua lingua os caracteres sumero-acádicos. Na sequência, essa escrita cuneiforme neo-elamita se simplificou muito, evoluindo para o silabismo.

No centro da Ásia menor, tabuletas encontradas datadas do século XV a.C. também trazem textos em língua não-indo-europeia, notada com sinais sumero-acádicos. Mas outras tabuletas posteriores escritas em língua hitita e com os mesmos caracteres foram encontradas. Portanto os caracteres cuneiformes revestiram também uma língua próxima ao grego e ao latim.

A escrita egípcia foi um dos mais importantes sistemas de escrita do mundo antigo. Sua sua forma mais característica e mais antiga, é chamada escrita hieroglífica. Os hieróglios eram sinais gravados que os egípcios consideram ser a fala dos deuses. Assim como a escrita sumero-acádica, essa era uma escrita de palavras mas que conservou mais o uso de sinais simbólicos falantes e vivos. Contudo, a língua que ela notava, aparetada ao grupo semítico, favoreceu, pelo comprimento relativo de suas palavras, sua decomposição em elementos fonéticos. Seu emprego, em contraste com a difusão dos caracteres cuneiformes, ficou limitado à língua e às regiões egípcias. A partir da terceira dinastia, a escrita hieroglífica alcançou sua perfeição e desde então praticamente não viarou até o fim de sua utilização no século III d.C.

Os hieróglifos geralmente são gravados em pedra. Mas há caracteres, chamados hieróglifos lineares, pintados a tinha em sarcófagos de madeira ou em papiro, cujo traçado foi simplificado. Os sinais são dispostos tanto de alto a baixo como horizontalmente, bem como tanto da esquerda para a direita como da direita para a esquerda. As figuras normalmente estão viradas para o começo da linha.

Os egípcios também fizeram amplo uso de determinativos postos depois das palavras, eles se destinavam a definir o sentido das palavras escritas foneticamente. Essa notação fonética também foi alcançada pela justaposição de sinais dos quais só se conhece o valor fonético. Por intermédio de palavras de uma sílaba, a escrita egípcia chegou também à notação das consoantes isoladas.

Ao lado da escrita hieroglífica, os egípcios empregaram também desde a primeira dinastia, uma escrita de desenho mais livre e mais rápido para seus usos cotidianos, a escrita hierática (do grego hieratikos, “sagrado”), assim chamada porque ela veio a ser sobretudo a escrita dos sacerdotes em uma época mais recente, na qual acabou por ceder lugar à escrita demótica.Ela era traçada em folhas de papiro, com haste de junco flexível, a nanquim, orientada da direita para esquerda. Os sinais hieráticos derivam diretamente dos hieróglifos, por simplificação de desenho e pela acentuação de alguns detalhes característicos. Seu uso se perpetuou até o sécudo III d.C.

Por sua vez, a escrita demótica (do grego demos “o povo”) se constituiu no primeiro milênio a.C., a partir da escrita hierática. Seu sistema é o mesmo usado pela escrita hieroglífica, mas sua grafia simplificada para se obter rapidez e suas ligaduras juntando entre si os sinais tornam sua leitura mais difícil. Mesmo que o alfabeto grego também tenha sido usado para notar a língua egípcia, o demótico se manteve até o fim do século V.

Simultaneamente à escrita sumero-acádica, outra escrita foi utilizada no império hitita da Ásia império e da Síria do Norte, do

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