Interpretação do poema Artimanhas de um gasto gato
Por: Kallú Anne Siqueira • 28/5/2015 • Trabalho acadêmico • 413 Palavras (2 Páginas) • 1.274 Visualizações
a) Destaque exemplos de neologismo (invenção de palavras) e discorra sobre sua importância no poema.
Gatografia que seria uma escrita do gato. Nós seres humanos nos expressamos através da escrita, e como o gato não escreve ele tem as suas artimanhas para se expressar, como por exemplo, ao arranhar ele se expressa, deixando impresso uma escrita, a sua escrita, uma gatografia.
Hipopota como feminino de hipopótamo, mas como hipopótamo é um nome epiceno seu feminino seria hipopótamo fêmea.
Hopogato sendo uma mistura de gato com hipopótamo, um animal com características do outro.
Arco-irisado que seria uma espécie de impressão deixada pelo gato, que ao pular entre montanhas seu salto faz o desenho de um arco-íris, uma marca impressa.
A importância dos neologismos nesse poema, é que essas palavras se não fossem inventadas, teriam que ser usadas em forma de expressões, ou com explicações, o que faria com que o leitor perdesse o rumo da leitura. Ao formar esses neologismos, a autora consegue expandir o sentido da palavra, indo além do que está escrito.
b) A autora fala da linguagem (do gato, mas também da linguagem do poeta) e, em especial, o papel do ser humano em nomear os seres. Que verbo sintetiza a opinião da autora sobre o ato de nomear?
Fingir, no trecho “fingindo nomear” onde a autora expressa sua opinião sobre o ato humano de nomear todo que existe, sendo que independente de ter um nome ou não, conhecer o nome ou não, aquilo existe, e é isso que importa.
c) Ela questiona sobre o nome gato nos versos “e o nome do gato?/ J. Alfred Prufrock? J. Pinto Fernandes?” Sabendo que J. Pinto Fernandes é um nome que aparece no poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, nomear, escrever, desenhar são ações de que tipo: reais ou ficcionais? Afinal, o que é literatura na concepção dada pela poetisa?
São ações ficcionais, pois não basta nomear, escrever, desenhar se isto não tem um sentido para o próximo, se isso não ultrapassa a barreira de simplesmente estar impresso, deve ser entendido, sentido e interpretado.
A literatura para a autora é feita através de um autor que se comporta como um gato: o autor usa da intertextualidade “roubando” discretamente como uma artimanha felina; deixa impressa a sua marca no leitor com a sua escrita, assim como o gato deixa impressa a sua marca ao arranhar; leva suas palavras por onde passa deixando impressa a sua mensagem, assim como o gato que vai saltando de um lugar ao outro deixando sua marca.
Referencias bibliográficas
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=16113
http://www.portugues.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html
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