Juventude

Cadê a juventude que estava aqui?

Desde o surgimento do conceito de adolescência, após a revolução industrial, o jovem é tido como um símbolo de esperança, uma espécie de personificação do espírito de mudança, rebeldia, revolução e progresso. Característica evidenciadas nos acontecimentos de 92, com os “Caras Pintadas”; nas diretas já de 1985; ou mesmo no movimento hippie da década de 70. Hoje porém, com a invasão do “mundo online”, os jovens passam cada vez mais tempo conectados à internet e desconectados do mundo real, em um verdadeiro desperdício de vitalidade, ameaçando assim, os valores, as relações, e consequentemente, o desenvolvimento da nação.

Com o mundo globalizado, o jovem é cada vez mais coagido pelos veículos de comunicação, com constantes propagandas que os induz ao consumo de toneladas de aparelhos tecnológicos, provocando uma verdadeira epidemia de inutilidade, comodismo, perca de tempo, além da interferência negativa em sua interação social.

Vale ressaltar que essa ruptura de valores e costumes, anteriormente agregados à juventude, tende a comprometer não só o futuro da nação, como também de seu próprio futuro, direta ou indiretamente. Atualmente, passam-se horas conectadas com coisas triviais e sem nenhum tipo de exercício ao corpo ou a mente, acarretando em um sedentarismo generalizado entre os jovens.

Além disso, a famosa “geração Y” se cansou dos livros e do espírito de conhecer, explorar e se rebelar, assimilando pacificamente as políticas de adaptação ao meio capitalista e deixando o comodismo e os prazeres pesarem mais que sua insatisfação e sua vontade de fazer valer seus direitos.

Por fim, podemos perceber a influência negativa do mundo globalizado sobre o desenvolvimento de nossa juventude atual, transformando nossos jovens em seres alienados e sem percepção do que ocorre ao seu redor. Para não perdermos totalmente nossa juventude, cabe ao governo, a sociedade e aos próprios jovens, uma reeducação virtual, o desenvolvimento de um pensamento crítico e atento, para assim criarmos um mundo com indivíduos pensantes e atuantes.