LEITURA DOS CONTOS DE INGLÊS DE SOUSA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS

PROFLETRAS – UNIFESSPA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: LINGUAGENS E LETRAMENTOS

 

ANTONIA EDNA DA SILVA MORAES

LEITURA DOS CONTOS INGLÊS DE SOUSA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

MARABÁ

2019

ANTONIA EDNA DA SILVA MORAES[pic 3]

LEITURA DOS CONTOS DE INGLÊS DE SOUSA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Projeto apresentado à Disciplina Literatura e Ensino do Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional, PROFLETRAS, como um dos requisitos básicos para aprovação na disciplina.

Docente: Prof. Dr. Gilson Penalva.  

MARABÁ

2019

SUMÁRIO[pic 4]

1        JUSTIFICATIVA...........................................................................................................4

2        OBJETIVOS        6

2.1        Objetivo Geral        6

2.2        Objetivos Específicos        6

3         METODOLOGIA        7

4         CRONOGRAMA        8

REFERÊNCIAS        8

1        JUSTICATIVA

Quando pensamos em literatura nos vem à mente nomes de escritores consagrados pela crítica, como José de Alencar, Machado de Assis Clarice Lispector. Suas obras são lidas por uma pequena parcela da população, a elite. Por vários anos, a literatura foi usufruída por uma minoria das pessoas da sociedade brasileira, aquelas pessoas quem tinham dinheiro para comprar livros.

Hoje, com o avanço tecnológico quase toda pessoa, que gosta de ler, pode baixar sua obra preferida, em formato PDF, em um site na internet, ou comprar por um preço bem acessível nas livrarias virtuais.

Então, não dá mais para relegar a literatura a um espaço secundário nas aulas de Língua Portuguesa. Nossos jovens são nativos digitais, estão em contato com a internet quase 24 horas por dia, está na hora de usarmos esse gosto pela internet e inserirmos nos hábitos de nossos alunos a leitura de textos literários.

Os jovens de hoje têm um novo perfil leitor, eles não se contentam em ler a obra impressa, eles preferem a leitura no computador, no celular, e nós professores, podemos nos tornar mediadores dessa leitura, usados essas mídias como instrumentos de ensino-aprendizagem em nossas aulas.

Dentro do processo de incentivar os alunos a lerem literatura, surge a necessidade de experimentar novos desafios, esquecer um pouco os clássicos e trazer para nossos alunos obras regionais, obras que mostrarão aos nossos alunos um pouco da sua cultura, e com a mediação experiente do professor, os alunos podem se aventurar na leitura de outros textos, não tão conhecidos pelos grandes críticos, mas tão importantes quantos os grandes clássicos tão conhecidos nossos.

Ao pensar nessa proposta, de trabalhar com os alunos escritores regionais queremos colocar em evidência obras que ficaram por anos marginalizadas por não ser adequada aos nossos alunos, pois não foi escrita de acordo com a concepção do colonizador. Durante um bom tempo a nossa literatura foi baseada na visão do colonizador e não do colonizado.

Segundo Santiago (2000, p. 14) “A América transforma-se em cópia, simulacro que se quer mais e mais semelhante ao original, quando sua originalidade não se encontraria na cópia do modelo original, mas em sua origem, apagada completamente pelos conquistadores.” Está mais do que na hora de nós professores resgatarmos essa literatura que é marginalizada e muitas vezes não se trabalha na escola porque não é um clássico, aquele baseado na história contada do ponto de vista do colonizador, devemos dar voz a esses escritores que escrevem sobre o nativo da região, mostrando sua realidade e sua cultura.

Com o intuito de trazer para as aulas de Língua Portuguesa a leitura de contos regionais, pensamos em trabalhar o com escritor Inglês de Sousa, paraense, dando assim oportunidade aos nossos alunos de conhecer um escritor de seu estado e histórias que relatam a sua cultura. Os contos de Inglês de Sousa eram lidos para as provas do vestibular da UFPA, quando o vestibular era elaborado pela instituição. Assim, hoje, esse escritor não é trabalhado no Ensino Fundamental II.

Para que esse projeto se efetive, trabalharemos com a sequência básica de Cosson (2014), ela está dividida em: motivação, introdução, leitura e interpretação.

As oficinas acontecerão nos meses de maio e junho aulas, nas aulas de Língua Portuguesa, no final das oficinas os alunos farão uma resenha crítica em formato audiovisual, que chamamos de booktube e criará um canal no Youtube para publicar seus vídeos.

Como nossos alunos estão em contato com as mídias digitais, buscamos com esse projeto atrelar a leitura literária com a produção de vídeo, pois foi uma estratégia que pensamos que motivará esses alunos a praticarem leitura literária de maneira prazerosa, como diz Todorov (2000, p. 33)

[...] lê essas obras não para melhor dominar um método de ensino, tampouco para retirar informações sobre as sociedades a partir das quais foram criadas, mas para nelas encontrar um sentido que lhe permita compreender melhor o homem e o mundo, para nelas descobrir uma beleza que enriqueça sua existência.

Nas aulas tradicionais de leitura, percebe-se um certo desinteresse dos alunos, a leitura não tem significado para eles, com essas oficinas queremos a leitura literária torne-se um hábito prazeroso, que eles encontrem no texto literário a beleza que só a literatura com a sua linguagem consegue nos propiciar. Espera-se que as oficinas promovam nos alunos interesse pela leitura do texto literário, especialmente, de autores regionais, e que aos poucos tornem-se leitores autônomos e reflexivos.